Fanfics - Justin Bieber

sábado, 31 de dezembro de 2016

Dangerous Life 3° - Capítulo 5 - FBI

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Tive a certeza que Hugh fez o que eu pedi, quando vi a notícia na TV que uma casa tinha sido incendiada misteriosamente. Seria melhor assim. Aquela casa não traria minha mãe de volta. 

- Voltamos para a estaca zero. – bufei vendo Hugh mexer em seu MacBook.

- Acalme-se. Começamos as investigações agora, e aliás, nossa inteligência avançada na Rússia está nos ajudando. – Hugh disse sem tirar os olhos da tela.

- Eu estou calma. – disse o olhando.

- Suas pernas balançando para lá e para cá afirmam isso. – ele disse brincalhão e percebi mesmo que elas não paravam quietas.

- Ok, preciso me ocupar com alguma coisa. – disse me levantando. 

Nós estávamos na sala.

- É o melhor a se fazer. – ele respondeu.

- Vou ver o Jason. – disse e segui para o meu quarto.

Jason estava tirando sua soneca da tarde. Não demorou muito para que ele se acostumasse com o fuso horário daqui. Me sentei na cama devagar para não acordá-lo e fiquei olhando meu bebê dormindo. É tão lindo, parece um anjinho. Me assustei com meu celular tocando no meu bolso, o peguei antes que Jason acordasse. No visor, era a Lilly.

- Fala vadia. – disse ao atender.

- Iai vadia dos olhos azuis. – ela disse e ri. – Como estão as coisas por aí?

- Estão bem, apesar de não ter encontrado nada que nos ajudasse na minha antiga casa. – disse encarando minhas unhas que estão por fazer.

- Não encontrou nada mesmo? Nenhum documento? – perguntou receosa.

- Não Lilly, parece que o Hugo fez uma limpa naquela casa. Não tem documento de nada. – bufei frustrada.

- O filho da puta foi esperto. 

- E muito. Se eu tivesse me tocado nisso antes dele morrer... – lamentei.

- Mas vocês vão conseguir, é a Máfia Russa querida.  – exaltou-se.

- Eu não sei Lilly, não podemos descobrir algo sem nenhuma pista. E agora, voltamos à estava zero. 

- Calma, vocês começaram agora. 

- Tem razão.

- Você não sabe o que aconteceu? – ela perguntou animada.

- Não, eu não sei. – ri. – Fala! 

- Irritei seu maridinho. – ela disse e deu uma boa gargalhada. 

- O que você aprontou, Lilly? – perguntei rindo.

- Ele anda muito puto esses dias. Ryan disse que está descontando em todos no galpão. - Lilly disse.

Já desconfiava mesmo que ele iria descontar nos garotos. Justin sempre faz isso. Quando ele vinha aborrecido para casa, era em mim que ele descontava seu estresse.

- Eu fui ao galpão com a Caitlin e disse que fui eu que dei a ideia de você viajar. Ele virou o capeta em forma de gente. – gargalhou. 

- Você é louca? – perguntei. – Você sabe que Justin não mede suas atitudes. Minha filha, aquela mão pesa. – disse e ela riu.

- Eu não podia perder a chance de vê-lo esfumaçar de raiva né? E além do mais, ele mereceu.

- Você não presta. – dei risada. – Está tudo bem na mansão?

- Aparentemente sim. Só que está uma tristeza sem fim. 

- Nem me fale. Jason já está sentindo falta do Justin. 

- Ele é pai né, claro que vai fazer falta.

- De uma coisa eu não posso negar, Justin pode não ser o melhor homem do mundo, mas ele é o melhor pai. – confessei.

- Nós sabemos disso. Está com muitas saudades dele? 

- Um pouco. – disse e ela riu.

- Mentirosa, confessa logo.

- Não vou confessar nada, podemos conversar sobre outra coisa? – perguntei incomodada.

- Tudo bem. – ela disse.

Fiquei conversando com a Lilly por mais alguns minutos, depois ela teve que desligar. Ia receber o dinheiro nas boates. Ela e Caitlin estavam encarregadas de cuidar de tudo em Los Angeles enquanto eu estivesse no Brasil. 

Uma semana depois...

Hugh encontrou algumas coisas, que podemos chamar de pistas. Mas nada que pudesse dizer realmente o que aconteceu naquela maldita noite com a minha mãe. Montamos um dossiê com todas as notícias do acidente daquele dia. Relatavam a mesma coisa, que a motorista havia perdido o controle do carro durante uma noite chuvosa e colidiu com um caminhão. Disso eu já sabia e era totalmente frustrante. Ainda estávamos no zero. 
Jason não estava conseguindo lidar com a ausência do Justin, apesar de quase todos os dias Justin falar com ele pelo celular. Ele sempre pedia a Jason para eu falar com ele, mas todas as vezes eu encerro a ligação. Eu não vou voltar atrás com a minha decisão, passarei um mês sem nenhum contato com ele, por mais que doa. Por isso me mantenho ocupada o dia todo para não ficar pensando nele.

- O que acha de irmos ao IML? – perguntei à Hugh.

- IML? – ele perguntou confuso.

- É para onde os corpos vão. Lembro que Hugo teve que ir lá reconhecer o corpo da minha mãe. 

- Mas o corpo ficou irreconhecível assim? – Hugh perguntou desconfiado.

- Hugo disse que o carro tinha explodido depois que colidiu com o caminhão. 

- Mas nas notícias não dizem nada de explosão. – Hugh disse olhando o dossiê. 

- Tem certeza? – perguntei.

- Absoluta. Pesquisamos tudo sobre o acidente e nem houve explosão. Sua mãe não morreu carbonizada. – ele disse me olhando.

- Então porque o Hugo foi no IML? Ele disse que tinham ligado para ele ir reconhecer o corpo da minha mãe, eu não tive coragem de ir. Estava muito abalada com a notícia. – disse.

- Isso é muito estranho. Apesar de não ter nada aqui nas notícias, amanhã nós vamos no IML e levantar tudo sobre isso. – Hugh disse.

- Tudo bem. – disse.

Isso está ficando cada vez mais confuso. Mesmo morto, Hugo conseguia ser um filho da puta. 

- Não quer sair um pouco de casa? Talvez passear, você me parece um pouco tensa. – Hugh disse fechando o MacBook.

- É uma ótima ideia. Podemos passear no calçadão. 

- Eu não sei onde é isso, mas vamos. – ele disse e ri.

- Vou arrumar o Jason e já vamos. – disse me levantando e ele assentiu com a cabeça.

Jason já estava acordado e assistia à desenhos na TV, não sei se ele estava entendendo alguma coisa, pois estava em português. 

- Amor, vamos passear? – disse me sentando na cama.

- Naum quelo. – ele disse sem me olhar.

- Porque não? Vamos à um lugar bem legal. Eu compro um sorvete para você, se quiser. – disse tentando convencê-lo.

Ele negou com a cabeça. 

- Vai ficar sozinho em casa? – perguntei e ele concordou com a cabeça.

Estou vendo que ele não acordou de bom humor.

- Tudo bem. – disse me levantando.

Peguei minha bolsa, coloquei minha arma dentro e peguei a chave do carro.

- Eu quelo meu papai. – Jason disse melancólico e o olhei.

- Você fala com ele todos os dias. 

- Mas eu quelo meu papai com eu. – ele disse e meu coração apertou.

- Seu pai não pode ficar com a gente agora.

- Putê? O papai quer xim. – ele emburrou-se.

- Amor, você não quer ir mesmo com a mamãe? Amanhã você vai poder falar para o seu pai o que fez hoje. – disse tentando convencê-lo, novamente.

Jason negou de novo. É mais fácil convencer Justin do que o Jason. Ele é realmente cabeça dura.

- Tá bom. Alguém vai ficar olhando você. – disse e beijei sua testa. – A mamãe te ama, não fique chateado comigo.

Dei às costas e caminhei até a porta. Dei uma última olhada em Jason e ele estava com um bico enorme. Até emburrado continua lindo. Ri fraco e fechei a porta. Avisei a uma das empregadas para ficar de olho no Jason. Eu fui dirigindo, já que o turista tecnicamente era o Hugh. Ele nunca tinha visitado o Brasil. 

Era final de tarde e o trânsito já estava uma porcaria. Encontrei uma vaga e começamos a caminhar pelo calçadão da praia de Copacabana. Muitas pessoas caminhavam, corriam, andavam de Skate e até mesmo andavam sem um destino certo como eu e Hugh.

- Hugh, você não me falou mais sobre a sua mulher. – disse iniciando um assunto.

Não gosto de ficar no silêncio, só quando estou ignorando o Justin. 

- Ela não gostou muito da ideia de vim para cá. – ele riu. – Anda muito estressada ultimamente.

- Porque? – perguntei curiosa.

- Não sei. Estou com suspeita de gravidez. – ele disse animado.

- Sério? – perguntei surpresa. – Que legal! 

- Espero que seja menino, minhas meninas precisam de um irmãozinho para pôr moral. – ele disse e dei risada.

- Elas já tem quantos anos? 

- Uma tem seis e a outra quatro. 

- Crianças são tão adoráveis. Eu pensei que ia me sair uma péssima mãe, mas a verdade é que a gente aprende a ser mãe, não tem como. – confessei.

- Não querendo ser machista, mas acho que vocês já nascem para isso.  – ele disse e assenti com a cabeça. – E você? Quando pensa dar um irmãozinho ou irmãzinha ao Jason? Ele já está bem grandinho. 

- Não sinto que seja o momento certo agora. Não enquanto eu estiver com todos esses problemas para resolver. 

- Fala dos problemas com o Bieber? – perguntou me olhando.

- Também. Não dá certo mais outra criança agora. 

- Ele não quer?

- Sim, ele quer. Até demais. – sorri fraco. – Sou eu que não quero. 

- Entendo. Espero que esses problemas se amenizem, assim vai poder dar outro herdeiro ao Bieber, apesar dele não ir muito com a minha cara. Crianças são a alegria de qualquer lar. – ele disse sincero e sorri para ele.

Continuamos caminhando pelo calçadão, paramos para tomar um sorvete. Hugh estava encantando com o Rio, a cultura é totalmente diferente. Ficou muito surpreso em ver as mulheres quase andando nuas por aqui. Bom, isso é o que mais tem. Não é à toa que é uma das cidades do Brasil mais procuradas pelos gringos, em questão de prostituição. E não é à toa, que as melhores vadias são compradas aqui para trabalharem para nós, em Los Angeles. 

- Não vejo a hora daquele presidente sair. – Hugh disse.

- Quem? Vladimir Putin? – perguntei.

- O próprio. Presidente mais pé no saco. Aquilo é um atraso para a Rússia. – ele disse e dei risada.

O resto do assunto todo foi ele xingando o nosso presidente russo. Nem percebemos quando anoiteceu, o fluxo de pessoas aumentou. Demos a volta e caminhamos para onde estacionei o carro. Abri a bolsa para pegar a chave, assim que fechei, sinto a bolsa ser puxada bruscamente da minha mão. 

- Fala sério. – revirei os olhos.

Puxei minha arma do cós do meu short. O ladrão correu na minha frente, mas o que ele não sabia, mas vai ficar sabendo agora, é que minha mira é ótima. Apontei para ele e consegui acertar em sua perna, ele caiu na mesma hora. Hugh correu com sua arma em mãos até o infeliz. Poucas pessoas que estavam próximos olharam assustados. Ignorei e caminhei até onde Hugh estava com o ladrão. 

- Aqui está. – Hugh me entregou a bolsa.

- Obrigada! – disse guardando minha arma e encarei o ladrão deitado no chão.

O tiro tinha sido na sua perna que estava ensanguentada. 

- Cara, você tem que ser mais educado. Onde já se viu assaltar mulheres? – perguntei encarando o ladrãozinho gemer de dor.

- É tira por acaso? – ele perguntou com a mão na perna.

- Sou mais que isso. – ri e dei as costas. – Ah... – voltei e dei um chute com força em suas bolas.

Ouvi Hugh gemer do meu lado. O ladrão obviamente gemeu muito mais.

- Isso foi para aprender. – dei um sorrisinho.

Saí andando com o Hugh que ria do meu lado.

- Você é bem cruel. – ele disse enquanto entrávamos no carro.

- Você viu como ele foi idiota? Eu poderia ter matado ele. – respondi e ele riu.

- Não ia fazer muita diferença na sua lista de assassinatos. – ele disse e foi minha vez de rir.

- Nem é tão grande assim. – dei de ombros.

Dei partida e passei em uma farmácia, comprei uma barra de chocolate. Talvez acabe com a birra do Jason. Chegamos à mansão quase sete horas da noite, nem preciso dizer do trânsito horrível. Fui direto para meu quarto, uma das empregadas estava tentando um diálogo com o Jason, sem sucesso.

- Pode ir. – disse em português. 

- Com licença. – ela disse e saiu do quarto.

- Olha o que eu trouxe para o meu bebê. – disse mostrando a barra de chocolate.

Jason fez pouco caso e o olhei incrédula.

- O que? Você rejeitando chocolate? – perguntei. – Está doente, Jason? – coloquei minha mão em sua testa checando sua temperatura, estava tudo normal. – Filho, você não pode ficar chateado com a mamãe. – disse o olhando e passando a mão em seus fios cor de mel.

- Quelo falar com meu papai. – ele disse.

- Você já falou com ele hoje, Jason. – disse me levantando.

- Quelo falar de novo. – disse choramingando.

- Amanhã você fala. – coloquei a barra de chocolate em cima da cama e me direcionei para o banheiro.

Jason começou a chorar. Suspirei e comecei a me despir, precisava de um banho. Nem demorei muito no banho porque o choro do Jason estava me irritando. Me enrolei no roupão e peguei meu celular na bolsa.

- Eu vou ligar para o seu pai, ok? Mais pare de chorar agora. – disse sem paciência.

Jason foi se calando e ficou só nos soluços. Bufei e liguei para Justin, entreguei o celular para o Jason e fui para o closet. Não queria ouvir as lamentações de Jason. Não estava sendo fácil para mim, e ele não estava ajudando.

Justin’s POV

Não tive uma semana fácil, porém consegui sobreviver. Me mantive ocupado no trabalho, só chegava em casa para dormir. Não queria ficar em casa lembrando da Mellanie, mas o pior era mesmo na hora de dormir. A nossa cama emanava seu cheiro. Por isso, sempre ia dormir depois que bebia bastante e no dia seguinte, acordava com uma ressaca desgraçada. Mas Jeremy nem se importava e me acordava logo cedo para voltar ao trabalho. 

E como todos os outros, consegui sobreviver mais um dia. Fazia meia hora que tinha chegado em casa e já estava tomando meu companheiro de todas as noites, Uísque. Era uma garrafa todos os dias, só assim para encarar a minha realidade. Meu fígado só não está mais fudido que eu, porque não tem como. Alcancei um charuto na gaveta e o acendi. Pendi minhas costas na minha cadeira de couro do escritório e dei uma boa tragada no charuto. Soltei a fumaça lentamente e dei um gole na minha bebida. Nem sentia mais arder, parecia água.

Fechei meus olhos um pouco, meus ombros pareciam estar carregando chumbo de tão pesados que estavam. Tentei relaxar um pouco na cadeira. Dei mais uma tragada no meu charuto e tomei um breve susto quando ouvi meu celular tocar. Forcei minha visão para achar a droga do celular, estiquei minha mão e o peguei na mesa. Meu coração acelerou quando vi que era uma chamada da Mel, da minha Mel. Será que aconteceu algo grave? Nem racionei direito e atendi a chamada.

- Alô? Amor? – disse desesperado após atender.

Larguei a garrafa e o charuto em cima da mesa. A adrenalina foi liberada rapidamente em meu corpo, meu peito subia e descia.

- Papai? – ouvi a voz embargada de Jason.

- Jason? Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado. – Cadê sua mãe?

O efeito do álcool em meu corpo nem me deixava pensar direito.

- Mamãe tá aqui. – ele respondeu e soluçou. – Papai, vem pa cá. 

- Eu... – suspirei. – Eu não posso, Jason. 

- Putê? – ele perguntou já iniciando um choro.

- Eu não posso ir ver vocês. 

- Eu quelo ir embola. – ele disse chorando.

- Você tem que ficar aí para cuidar da sua mãe. 

- Naum, quelo meu papai. 

Era tão difícil lidar com o Jason. Só assim consigo entender como é meu temperamento. Ele é igual.

- O papai também quer ficar com vocês. – suspirei e senti uma vontade súbita de chorar.

Peguei minha garrafa e tomei um bom gole. 

- O papai vem? – ele perguntou.

- Vou, depois eu vou. – disse.

- Naum demola, tá bom? 

- Tá bom.

- A mamãe naum gosta do Jason. – ele disse.

- Claro que gosta. Você já jantou? 

- Naum.

- Então vai jantar e diz para a mamãe que eu a amo.

- Tá bom, papai.

- Até amanhã campeão. – disse e desliguei a chamada.

Suspirei pesado e tomei um gole generoso. Só muito álcool para poder aguentar tudo isso.

(...)

- Acorda, viado! – senti ser balançado.

Eu vou matar o filho da puta de murro que me acordou. 

- O que é, caralho? – perguntei abrindo os olhos e os coçando.

Já senti minha velha amiga, a ressaca me invadir. Me mexi e parecia que tinham me batido ontem à noite, estava todo arrebentado porque acabei dormindo na cadeira do escritório. Encarei Ryan à minha frente esperando eu acordar literalmente para a vida.

- Porque me acordou? – perguntei aborrecido.

- Adivinha quem vem te fazer uma visita? – ele perguntou e bufei.

- Eu tenho cara de adivinha por acaso? – perguntei rude.

- Eita que a mocinha tá de TPM. – ele ironizou.

- Fala logo, Ryan. – disse sem paciência.

- O FBI. – ele respondeu e o olhei.

- O quê? O FBI? Como assim? – perguntei atordoado, tanto pela forma que tinha sido acordado e pela notícia.

Esses filhos da puta nunca inventaram de vim investigar a minha casa, e agora vem com essa.

- Isso mesmo que você ouviu e temos que ser rápidos em nos livrar de tudo aqui que cause alguma suspeita. – Ryan disse.

Me levantei com uma dor de cabeça filha da puta.

- Cadê os outros? – perguntei já acendendo um cigarro.

Seria meu café da manhã.

- Já estão despachando seus carros. – ele respondeu.

- Quê? Ninguém vai dirigir a Mel. – disse rápido.

- Han? – ele perguntou confuso. – O álcool tá afetando seu cérebro.

- Imbecil, esse é o nome do carro que a Mellanie me deu. – expliquei.

- Então se apressa cuzão. – ele disse.

Era só o que me faltava mesmo, o FBI na minha mansão. O que mais falta acontecer? 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Ps: Acho que batemos record! 

Não podia deixar de finalizar o ano de 2016 sem um capítulo né?

Quero desejar à vocês um ótimo 2017. Que seja um ano maravilhoso para nós, que alcancemos nossos objetivos e que sejamos pessoas melhores.
Jamais haverá ano novo se você continuar a cometer os mesmos erros dos anos velhos. 

Obrigada por continuarem acompanhando o blog, tanto as veteranas quanto às novatas, vocês são especiais para mim.

E QUE VENHA 2017!

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Amo vocês. 💜

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

The Apprentice - Fourteenth chapter

78 comentários | |



O olhei com os olhos arregalados e as batidas do meu coração aceleraram.

- Co-como? – foi a única palavra que consegui pronunciar.

- É isso mesmo que você ouviu. – ele suspirou. – Foi difícil admitir para mim mesmo. 

- Mas... – molhei os lábios, nervosa. – Eu, eu não sei o que dizer. – disse com o peso daquele olhar sob mim.

- Só não diga que não serei correspondido. 

- Isso é muito novo pra mim, eu preciso pensar. – disse e ele afastou-se de mim. – E nós precisamos ir para aula. 

- É. – ele disse por fim dando as costas. 

- Hey! - apressei o passo para alcançá-lo. – Eu disse que só preciso pensar, não precisa ficar chateado comigo. – disse pegando em seu braço.

- Você é a primeira garota que eu sinto algo e tive a coragem de confessar, e tomo logo um pé na bunda. – ele disse frustrado.

- Eu não te dei um pé na bunda. Você me pegou de surpresa. 

- Tudo bem.

- No final da aula nós conversamos. – disse ao chegarmos em frente à minha sala. 

- Ok. – ele respondeu. 

Revirei os olhos e entrei na sala. Eu sei que ele estava chateado comigo. Mas caramba, ele disse que estava se apaixonando por mim. Meu Deus, como isso foi acontecer? O pior é que meus sentimentos por ele não estavam diferentes dos sentimentos dele por mim. Que confusão.

- Oh Kate? – vi uma mão passar pra lá e pra cá na frente do meu rosto. 

Balancei a cabeça e aterrissei na Terra. 

- Ahm... – olhei para o lado e Paul me olhava como se eu fosse de outro mundo. – Me desculpe.

- Em que mundo estava? Faz um tempão que falo com você! – ele disse brincalhão. 

- Nossa, me desculpe mesmo. Estava pensando em algumas coisas e me desliguei total. – sorri fraco. – O que estava falando?

- Nada demais. Só te cumprimentei, está tudo bem?

- Tudo sim e você? – perguntei. 

- Tudo ótimo. Quando vamos tomar um sorvete de novo? – ele perguntou animado. 

- Quem sabe, em breve. – sorri e ele assentiu. 

O professor entrou na sala e encerramos o assunto. Para falar a verdade, não prestei atenção em nenhuma aula se quer. Da primeira à terceira, não consegui me concentrar. As palavras de Justin não saiam da minha cabeça. 

- Kate? – ouvi me chamarem assim que saí da sala após tocar o intervalo. 

Era a Caitlin. 

- Oi prima. – disse e a abracei. 

- Estou muito chateada com a palhaçada que sua mãe está fazendo. – ela disse cruzando os braços. 

- Nem me fale. Mal falei com ela depois que discutimos. 

- Já falei com meu pai sobre isso, até ele que me deixou de castigo disse que foi exagero da sua mãe, poxa, nós somos primas... – ela continuava falando enquanto estávamos caminhando em direção ao refeitório.

Chegou um momento que nem estava mais prestando atenção naquele falatório da Caitlin, ela tagarelava sem parar e mais uma vez me desliguei de tudo e fiquei pensando no Justin. 

Aí meu Deus, eu não podia acreditar que Justin estava gostando de mim! Tipo, gostar pra valer, não um gostar de amigos. Eu deveria saber que o que temos ia acabar assim. Eu também gosto dele, gosto muito, somos amigos desde pequenos. E passei a gostar ainda mais depois que começamos a nos envolver. Ele é um garoto legal, engraçado, me faz feliz, me deixa envergonhada a maior parte do tempo e me entende. Tudo isso como amigo, mas e se...

- OH KATE! – ouvi o berro da Caitlin.

Nem reparei e já estávamos na fila. Pisquei os olhos algumas vezes e algumas pessoas nos olharam pelo berro da minha prima.

- Oi, Caitlin, oi. – disse a olhando.

- O que eu falei? – ela perguntou colocando as mãos na cintura.

- É... Desculpa, eu não estava prestando atenção. – confessei.

- Isso eu percebi né. – ela revirou os olhos. – O que tá pegando? 

- Não é nada. 

- Não acredito que vai esconder algo de mim, não acredito mesmo. – ela disse indignada. 

É, na verdade não era justo. A maior parte da culpa de isso estar acontecendo, é da Caitlin, ela merece saber no que me meteu.

- Tudo bem, eu te conto, vamos logo comprar os lanches. 

- Ótimo. – ela bateu palminhas.

Nossa vez chegou, comprei só um suco de laranja. Caitlin comprou batatinha e um refrigerante.

- Vai contando. – ela disse mastigando e colocou o canudo na boca. 

- O Justin está apaixonado por mim. – soltei tudo de uma vez.

Caitlin arregalou os olhos e cuspiu o refrigerante longe, seguido de uma tosse. Tive que bater nas costas dela.

- O QUE? – ela praticamente gritou.

As pessoas vão começar a achar que a Caitlin não sabe falar baixo. 

- Ele me disse hoje assim que chegamos aqui. 

- Como assim? – ela perguntou surpresa. – Ele te disse assim do nada?

- Não foi exatamente do nada. Ele saiu ontem com os garotos e eu vi umas marcas de unhas do pescoço dele. Eu perguntei o que foi e ele disse que uma louca que agarrou ele à força e não transou com ela porque queria que fosse eu. 

- Eu ouvi bem? Justin dispensou uma foda? Ele com certeza não está bem. – ela riu. – Mas... Caralho, o Justin disse que tá apaixonado por você? Meu Deus, isso é culpa minha. – se desesperou. – Não era pra ser assim. 

- Você não sabe do pior...

- De que? – ela perguntou mastigando batatinha de novo.

- Eu acho que... 

- Você se apaixonou por ele também? – ela disse e demorei pra assentir com a cabeça. – Ai meu Deus! – sentou-se. – Isso não podia acontecer, de jeito nenhum. – choramingou.

- Porque? – perguntei sentando do seu lado. 

- Porque adeus ciclo de amizade, vocês vão começar a namorar, depois vão casar, vão ter filhos, depois vão se separar, não vão querer mais se falar e não vamos poder sair todos juntos, como sempre fazemos. Eu, você, Chaz, Chris e Justin. 

- Credo Caitlin, Deus me livre. – disse me benzendo. – Nós vamos ser amigos pra sempre ué.

- Você tem que prometer isso. 

- Eu prometo. E aliás, eu não dei nenhuma resposta ao Justin. 

- Não?

- Eu estou confusa com tudo isso. Ele deve ter se precipitado, não acha? 

- Acho que não. Desde quando Justin tirou sua virgindade, já se vão quase três meses e ele ainda fica só com você, Kate. Christian me disse que Justin não ficou com nenhuma garota nesse intervalo de tempo e nem ontem, se quer saber. Se ele disse que está apaixonado por você, é porque ele deve tá mesmo. 

- Tinham marcas de unha no pescoço dele! – disse revirando os olhos. 

- Está enciumada por causa de marcas de unha? – ela disse rindo irônica. – Acredite, não aconteceu nada demais. 

- Isso é ruim? – perguntei receosa.

- O que? – ela perguntou me olhando. 

- Estar apaixonada pelo meu amigo de infância, é ruim?

- Claro que não. É ótimo quando seu amigo de infância está apaixonado por você também. – ela disse e sorrimos. – Confesso que meu maior medo era esse, eu já vinha percebendo o quanto estavam envolvidos. Só não queria e nem quero que isso estrague nossa amizade. 

- Isso não vai acontecer. – respondi. 

- Os garotos estão vindo para cá. – ela disse e senti meu coração acelerar e algo estranho no meu estômago.

- É normal sentir coisas estranhas no seu estômago? O que eu faço? – perguntei baixinho para Caitlin que riu do meu desespero.

- Vomita! – ela disse e rimos.

- Palhaça. 

- Deve ser aquelas famosas borboletas que ficam voando no estômago quando vê a pessoa amada. – ela respondeu.

- Já sentiu isso?

- Que nada. As minhas devem ter morrido com tanto álcool que eu bebo. – ela disse e gargalhamos.

- Olá garotas! Qual o motivo das risadas? – Ryan perguntou sentando-se.

- Eu estava falando pra Kate o tamanho do pênis do último cara que eu fiquei. – ela disse e a olhei abismada.

- Deveria conversar sobre isso com o papai. – Christian disse irônico. 

- Cala a boca. – Caitlin disse. 

- A Caitlin vai levar a pobre Kate para o mal caminho. – Chaz comentou. 

- É necessário mesmo ficar falando dos tamanhos dos pénis? – Justin perguntou, ele estava atrás de mim, ainda em pé.

- A Kate que quis saber. – Caitlin deu de ombros. 

- O QUE? Deixa de ser mentirosa, não perguntei nada. – disse indignada e ela teve uma crise de risos.

- Ela fica mesmo vermelha de vergonha. – Caitlin disse. 

Revirei os olhos e senti as mãos de Justin em meus ombros, massageando. Isso era bom. 

- Kate, não sabia que sua mãe era seguidora de Hitler. – Chris disse. 

- Christian! – Caitlin repreendeu o irmão. 

- Disse alguma mentira? – ele perguntou defendendo-se.

- O que aconteceu? – Chaz perguntou. 

- Minha mãe proibiu Cait me dar carona porque ela bateu na Ema. – respondi.

- Sério? – Ryan perguntou. 

Assenti com a cabeça e Ryan riu.

- Boa piada, moleque! – ele disse batendo na cabeça do Chris.

- Ai viado. – Chris resmungou.

Mal troquei palavras com o Justin durante o intervalo. Eu não estava sabendo me portar diandra daquela situação. Confesso que estava tensa, apesar de já saber minha resposta. Mas era tudo tão novo para mim. 

(...)

- Você está me devendo um sorvete. – Paul disse enquanto saíamos da sala. Tinha acabado de tocar indicando término das aulas. 

Dei risada.

- Outro dia, não estou podendo sair muito.  – respondi.

- Porque não? – ele perguntou curioso. 

- É uma longa história... 

- Vamos, Kate? – Justin disse parando ao meu lado. 

Ele praticamente brotou, eu nem o vi se aproximando. O olhei e ele estava com uma cara nada boa para o Paul, não sei porque eles se detestam assim. 

- Vamos. – respondi cortando o clima tenso que pairou entre nós. – Tchau, Paul.

- Tchau, Kate. Eu vou cobrar, em. – ele piscou sorrindo para mim e saiu. 

- Patético. – Justin bufou. – O que ele vai cobrar de você? – perguntou curioso.

- Ele me convidou para tomar sorvete. – respondi.

- Já disse para ele que não ia? – ele perguntou e arqueei as sobrancelhas.

- Eu não decidi ainda. 

- Kate, já falei mil vezes que o Paul não é a pessoa que você pensa que é. Só estar dando um de bonzinho porque você é nova aqui e não o conhece. 

- O que ele já fez de tão ruim assim? – perguntei cismada.

- Depois irá saber, só se afaste dele. 

Ele disse e começou a andar na minha frente. Bufei e apressei o passo para acompanhá-lo. Chegamos no estacionamento da Universidade, Justin destravou o carro e entramos. 

- Você pode parar na praça perto da minha casa? Precisamos conversar. – disse.

- Claro. – ele respondeu e deu partida.

Durante o caminho, Justin ia batucando uma música imaginária no volante. Não demorou muito e já estávamos em frente à praça, descemos e fomos sentar em um dos bancos.

- Então? – ele me perguntou. 

- Bom... – respirei fundo e criei forças para encará-lo. – Você tem certeza do que me disse hoje mais cedo? 

- Sobre eu estar apaixonado por você? Eu não tenho nenhuma dúvida e você tem? 

- É complicado. Eu estou confusa com meus sentimentos de amigo por você.

Justin aproximou-se mais de mim e segurou em minha nuca. Ele molhou seus lábios com a língua e grudou nossas bocas. Sua língua habilidosa sugava a minha com força, me deixando desnorteada. Sua mão desocupada, agora passeava pelo meu corpo, dando leves apertos. Segurei em seu pescoço dando intensidade ao beijo, ele tem um beijo tão gostoso. Justin mordiscou meu lábio inferior e senti sua mão passar em meu ventre, gelei.

- Me vê como amigo quando te beijo e te toco assim? – ele perguntou após separar nossos lábios. 

- Eu sou imatura para um relacionamento, Justin. – confessei olhando para baixo.

- Esqueceu que você é minha aprendiz? Está aprendendo as coisas comigo, baby. – ele disse segurando em meu queixo e me fazendo olhá-lo. 

- Eu também estou apaixonada por você. – disse baixinho. 

- O que? – ele perguntou. – Não ouvi direito.

- Caramba! – disse colocando as mãos no rosto. – Eu estou apaixonada por você, Justin. 

Justin não falou nada, tirei minhas mãos do rosto e ele me olhava como se estivesse me admirando. 

- Não vai falar nada? – perguntei aflita.

- Você é tão linda, baby. – ele disse e sorri envergonhada.

O abracei pelo seu pescoço e ele me apertou contra seu corpo. Caitlin tinha razão, é muito bom quando seus sentimentos são correspondidos, ainda mais quando tenho certeza do que sinto pelo Justin. 

- Será que essas marcas vão demorar a sair? – perguntei olhando as marcas do seu pescoço. – Elas estão me incomodando. – confessei e ouvi a risada nasalada de Justin.

- Não vão demorar, são superficiais. Agora, quando você me arranha demora muito pra sair. – ele disse e dei risada escondendo meu rosto na curvatura do seu pescoço. – Nós precisamos ter uma aula. – ele disse.

- Eu não posso sair. – respondi separando o abraço.

- Eu vou na sua casa.

- Meus pais vão estar lá.

- Pessoas dormindo não sabem o que as acordadas estão fazendo. – ele disse piscando e ri.

- Precisamos ir. – disse me levantando do banco.

- Vamos. – ele levantou-se. 

Justin me abraçou de lado e caminhamos até seu carro. Entramos e Justin deu partida, logo estávamos em frente à minha casa. 

- Até mais tarde. – ele disse.

- Como assim até mais tarde? – perguntei e ele riu.

- Sai logo desse carro, se não, vou te beijar à força. – ele disse e dei risada. 

Sai do carro e dei tchau para Justin. Ele é louquinho de pedra. Entrei em casa e minha mãe já estava na sala. Ela me olhou e depois para o relógio em seu pulso. 

- Demorou porque? – ela perguntou.

Fingi que não ouvi e fui para a cozinha, tomar água. 

- Kate, eu estou falando com você. Me responda! – minha mãe disse aparecendo na cozinha. 

- Oi. – disse a olhando.

- Faz vinte minutos que sua aula terminou, porque demorou? – ela perguntou desconfiada.

- Eu estava conversando com um professor, nem vi o tempo passar. – menti na cara de pau. – Mais alguma coisa? 

- Vá para seu quarto! – ela disse rude.

Bufei e sai o mais rápido da cozinha. Essa mulher só pode estar ficando louca. Entrei no meu quarto e bati a porta com força, tranquei e joguei minha mochila no chão. Fiquei um bom tempo encarando o teto, depois tive coragem de ir tomar banho. 

Coloquei um baby doll e fui me ocupar nos exercícios da faculdade. Esperei a hora dos meus pais jantarem para depois eu ir comer algo. Estava evitando o máximo a minha mãe. Liguei a TV e fui passando os canais, ouvi um barulho estranho vindo de fora, ou melhor, da minha janela. Tinha alguém tacando pedrinhas na minha janela, me levantei e abri a janela antes que jogasse pedra de novo. Olhei para baixo e lá estava o Justin. 

- Você é louco? – sussurrei.

Justin riu.

- Deixa a janela aberta. – ele disse.

Assenti, a sorte dele é que dava para escalar até a minha janela devido umas grades de proteção que tinha na parede. Justin pulou para dentro do quarto e fechei a janela. 

- Gostei do baby doll. – ele disse mordendo os lábios. 

Não tive tempo de dizer nada, Justin me pegou no colo e me jogou na cama, dei risada da afobação dele. Ele veio para cima de mim e começou a me beijar loucamente, suas mãos passeavam pelo meu corpo, de cima a baixo. 

- Sem sutiã. – ele sussurrou adentrando suas mãos por debaixo da minha blusa. 

Ele apertou meus seios com força e gemi abafado. Fechei meus olhos com força sentindo seus dedos brincarem com meus mamilos. Jesus, como isso é bom. Justin tirou minha blusa rapidamente e colocou a boca em um dos meus seios, ele sugava com tanta força que eu ficava inquieta debaixo dele. Levei minha mão até seus cabelos fazendo carinho enquanto ele chupava meus seios. 

- Kate? – ouvi a voz do meu pai do outro lado da porta. – Que barulho é esse?


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

Meus amores, Feliz Natal atrasado. 
Iria postar um especial de Natal da fic The Gynecologist, porém não tive tempo.

Estou feliz que estão comentando, amei de verdade.

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Amo vocês. <3

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