Olhei para Vick que olhava pra Lilly processando o que
ela havia dito. Estávamos no maior silêncio esperando que Vick falasse alguma
coisa.
- Eu acho que não ouvi direito. Você disse alguma coisa?
– Vick perguntou confusa olhando para Lilly.
- Eu disse que... – Lilly começou debochada.
Lembrei do que Justin havia me dito que não queria
barraco porque poderia estragar o plano dele, então me senti na obrigação de
interromper Lilly.
- Então... – comecei, mais me interromperam também.
- Acho melhor continuarmos na arrumação. Quero terminar
isso hoje. – Pattie disse e agradeci mentalmente.
Acho que ela tinha percebido o clima tenso que pairou
naquela sala. Vick e Lilly ficaram se encarando mais um pouco e depois Vick
continuou o que mexer nos enfeites de Natal. Puxei Lilly pra cozinha e Cait
veio atrás.
- Você é louca? – perguntei a olhando.
- Por quê? – ela perguntou dando de ombros.
- Ora por quê?! Ia colocar o plano dos garotos por água a
baixo. – disse.
- Quero mais é que a casa caia pro lado deles mesmo. –
ela disse com raiva e saiu da cozinha.
Eu e Cait nos entreolhamos.
- O que deu nela? – perguntei.
- Eu acho que ela está chateada por causa de mais cedo. –
Cait disse.
- Chateada por quê? Ela deu uma surra na Emily.
- Porque você ficou do lado da Emily.
- Eu não estou no lado da Emily, só a levei pra casa.
- E a consolou? – ela perguntou rindo fraco, assenti com
a cabeça. – Você está caindo no joguinho dela, se fazendo de pobre coitada. E
foi ela que provocou a briga.
- Que joguinho? Pelo amor de Deus. Vocês que estão de
implicância com a Emily. Ela está trabalhando para nós, esqueceu? – disse já
sem paciência.
- Tudo bem, não toco mais no assunto. – ela colocou as
mãos pra cima em forma de redenção. – Já repassei todas as rotas para os
capangas. Já tem carga nessa madrugada, não se preocupe já combinamos tudo.
- Que bom que não preciso me preocupar com isso.
- As cargas são de maconha. Tem também a cocaína em pó e
o crack que é a cocaína petrificada. Ah, e heroína.
- Sério? – disse rindo. – Não é que o Renan quer subir na
vida vendendo heroína. – rimos.
- Verdade. As cargas de heroína são caras pra porra. –
Cait disse. O que era verdade.
- Que pena que ele não vai recebê-las. – disse e rimos
novamente.
- Pena também em queimar tanta droga.
- Mas são de péssima qualidade, tem que queimar mesmo. Eu
não vou vender essas porcarias. A cocaína vem com até com giz raspado. – disse.
Não consumo cocaína, mas sei como ninguém quando é boa e
quando não é. As drogas que Renan vende é mais fácil deixar o usuário com o
nariz entupido do que deixá-lo doidão. Servem pra porra nenhuma.
- Tem razão. – Cait disse e ouvimos nos chamar.
- Vamos lá. – bufei e voltamos pra sala.
Lilly estava uns metros longe da Vick. Eu a entendo. Se
eu estivesse no seu lugar faria coisa pior. Como tinha muita mulher e o Jason
pra ajudar – grande ajuda, uma ajuda indispensável – terminamos de montar a
árvore rapidinho. Foi Jason que colocou a estrela lá em cima. Pattie acendeu
logo os pisca-piscas, e olha que ainda era dia. Fizemos um ótimo trabalho por
aqui. Depois fomos espalhar pelos cômodos da casa mais visitados, algumas
guirlandas e renas com o Papai Noel. Estava tudo lindo. Pattie foi decorar a
sala de jantar com a Rose e Jazmyn. Jason que não foi convidado, foi também. E
fui lá fora com as garotas para ver como estava ficando. Realmente essa era uma
cena que sempre gostaria de ver ao chegar em casa. Homens lindos, gostosos e
sem blusa. Justin estava um pecado, debaixo daquele sol parecia que seus
músculos haviam crescido. Sua cueca da Calvin Klein branca estava à mostra e vi
Vick suspirar do meu lado, então voltei pra realidade.
- Cuidado pra não deixar a baba cair amor. – ironizei a
olhando.
- Ham? – ela se fez de desentendida. – Estava olhando pro
meu Ryan. – Vick fez questão de enfatizar olhando para Lilly.
- Seu e de todas. – Lilly respondeu não querendo ficar
por baixo.
- Olha aqui... – Vick começou.
- Então garotas, como está ficando? – Jeremy perguntou na
escada.
- Está ótimo. – disse. – Falta muito?
- Dá próxima vez vocês que vão colocar essas porras. –
Justin disse nada simpático.
Revirei os olhos. Até parece que eu ia mesmo. Em volta da
mansão estava movimentado. Os seguranças estavam colocando os pisca-piscas no
telhado, nas árvores e na fonte de água que havia ali.
- Já terminaram? – Jaxon perguntou enquanto ajudava seu
pai.
- Já sim. – Cait respondeu.
- E vão fazer o que agora?
- Nada. Só olhar vocês trabalhando. – Lilly disse e
rimos.
- Que engraçadas. – Chaz disse.
Ficamos ali em frente conversando e meio que atrapalhando
os garotos a terminar a decoração. Lilly e Vick às vezes ficavam soltando
farpas, mas eu e Cait mudávamos de assunto. Estava quase na hora do almoço
quando eles terminaram.
- Graças a Deus. – Ryan suspirou.
- Mel, eu já vou indo. Tenho um compromisso. – Cait disse
e eu sabia do que se tratava.
- Tá bom. Depois me liga. – disse e nos abraçamos.
- Ryan, também tenho que ir embora. – Vick disse.
- Mas agora? Tô cansadão pra ir te deixar no apartamento.
– Ryan reclamou. – Cait, se importa de dar carona a Vick?
- Não me importo. – Cait disse. – Vamos?
- Só um minutinho. – Vick fez um com o dedo e foi beijar
Ryan.
Lilly que estava do meu lado, revirou os olhos. Ri fraco.
- Já vai Vick? Porque não almoça conosco? – Justin
apareceu do meu lado.
Ele estava suado. Um pecado.
- Bem que eu queria. Mas eu preciso mesmo ir. – Vick
disse.
- Deixa pra próxima. – Justin disse e ela assentiu
sorrindo.
Que próxima? Não tem próxima. Não a quero aqui.
- Tchau pessoal. Me diverti muito hoje, Mellanie. – Vick
veio me abraçar.
- Eu também. – disse falsamente.
Ela saiu acenando junto com a Caitlin.
- Acho que quero vomitar. – Lilly disse e ri.
- Eu estou faminto! – Jeremy disse.
- Se você está, imagine nós. – Chris disse.
- Vocês não vão almoçar?
– Pattie apareceu do nada. Ela deve ter brotado do chão.
- Claro. – Justin respondeu.
- Tomem banho então. O almoço está pronto. – ela disse e
entrou novamente.
- Vocês ouviram. Vamos tomar banho. – Chris disse.
- Huuuuum. – maliciei com a Lilly. Nós rimos enquanto os
garotos nos olharam com cara de tédio.
- Separados, suas pervertidas. – Chaz disse.
- Não dissemos nada. – respondi.
- Mas pensaram. – Ryan disse.
Rimos entrando em casa. Fui buscar Jason lá na cozinha.
Ele estava bagunçando as panelas enquanto Rose e as outras empregadas tentavam
manter a cozinha em ordem. Os garotos já tinham subido para tomar banho.
- Não vai tomar banho, Lilly? – perguntei enquanto
subíamos as escadas.
- Não trouxe roupa.
- Pega uma minha.
- Pega você, o Justin está lá no quarto. – ela disse e
dei risada.
- Ok. Leva o Jason pro banheiro. – disse.
Jason tinha saído correndo na nossa frente. Mudei de
direção e fui pro meu quarto. Entrei e ouvi o barulho do chuveiro e Justin
cantando Tupac. Fala sério. Pensei que ele tivesse esquecido essas benditas
músicas. Fui até o closet e peguei uma roupa pra Lilly. Justin nem me viu
entrar e nem sair. Voltei pro quarto de Jason e ele já estava despido fazendo
graça pra não tomar banho.
- Toma. – disse entregando a roupa nas mãos de Lilly. –
Deixa que eu me resolvo com ele.
Lilly riu e saiu do quarto.
- Jason! Banho, agora! – disse e ele correu pra sua cama.
Onde ele subiu rapidamente e ficou pulando. Só pode tá
tirando onda com a minha cara.
- Naum quelo. – Jason dizia repetidas vezes enquanto
pulava.
- Acontece... – disse me aproximando da cama e o pegando.
– Que você não tem querer. – comecei a fazer cócegas nele enquanto o mesmo se
retorcia em meus braços.
- Eu tenho. – ele disse e não parei de fazer cócegas. –
Tenho naum.
Dei risada e o levei pro banheiro. O banhei e saí com ele
nos braços enrolado em seu roupão do homem-aranha. O arrumei e ele ficou um
gatinho. Fiz o topete em seu cabelo e passei seu perfume de bebê. Peguei em sua
mão e saímos do quarto e fomos para o meu. Justin estava terminado de se
arrumar, uma bermuda da Nike que parecia mais uma calça, tênis e uma camiseta.
Seu perfume forte exalava pelo quarto.
- Olha o Jason, vou tomar banho. – disse e Jason soltou
minha mão correndo pro seu pai.
- Que cabelo massa. – Justin disse pegando Jason nos
braços e o jogando pra cima. Jason gargalhou. – Quem fez?
- A mamãe. – Jason respondeu com o dedinho na boca.
Dei as costas pra ir para o banheiro.
- Sua mãe é boa em tudo que faz. – pude ouvir a malicia
em sua voz, enquanto meu pequeno riu inocente.
Justin vai poluir a mente do Jason. Eu tenho certeza.
Lilly’s
POV
Minha paciência tinha acabado definitivamente com a puta
da Emily. Como ela consegue ser tão falsa, tão fingida, tão cobra desse jeito?
A Mellanie ela pode enganar, mas a mim não. Ela merecia ter apanhado mais,
aqueles tapas foram poucos naquela cara de pau. O pior que Mellanie ainda foi a
consolar. Isso me deixou mais puta ainda. Mas ela está cega, não vê o que se
passa na frente do seu nariz. Mas a Emily vai ser desmascarada, e eu farei
questão de arrancar a cabeça dessa vadia fora. Pra completar, chego à mansão e
vejo a tal namorada do Ryan. A Vick. O nome já diz tudo, puta comprovada. Queria
mesmo dar na cara dela também, que nojenta!
Mellanie me deu uma roupa e fui pra um quarto de hóspede,
me certifiquei que não havia ninguém ali dentro. Pois me recordo, que uma vez
fui tomar banho em um quarto e dei de cara com o Ryan e acabamos transando. E
isso não iria acontecer. Nunca mais. Tomei meu banho e vesti a roupa da
Mellanie que ficou ótima em meu corpo, meu celular vibrou indicando uma mensagem,
abri e saí do quarto lendo. Acabei esbarrando em alguém, olhei pra cima e era o
Ryan. O que é isso? Os ventos estão conspirando contra mim?
- Não olha por onde anda? – perguntei arrogante.
- Você que deveria olhar por onde anda. – Ryan respondeu.
- Eu estava de cabeça baixa, você que estava vendo
deveria pelo menos desviar, idiota. – resmunguei e dei as costas.
- Lilly. – Ryan me chamou.
Não dei ouvidos e senti ele me puxar pelo braço. Bati
brutalmente em seu corpo.
- Me solta. – disse olhando para seus olhos azuis.
- Você sabe que podemos resolver as coisas de outra
forma.
Dei risada.
- Deixa de ser sínico Ryan. Eu não tenho nada pra
resolver com você. Acabou, entendeu? Eu preciso de um homem do meu lado. E
homem você não é. – cuspi as palavras em sua cara, vendo sua feição mudar
completamente.
- Não era o que você dizia enquanto transávamos. Enquanto
gemia o meu nome pedindo por mais. – ele murmurou me encarando.
- Meu bem, eu falo isso pra todos. – ri amarga e ele
ficou vermelho de raiva.
- Você é uma vadia, Lilly. – ele disse com ódio e eu
apenas ri.
- A Vick deve ser a virgem Maria né? – disse rindo.
Sua mão ainda estava em meu braço apertando com força.
- Ela também não é uma santa. – ele respondeu.
- Legal. Agora me solta, porra. – disse puxando meu braço
e o empurrando pra longe de mim.
- Eu não terminei... – ouvi ele dizer e me puxou
novamente.
Dessa vez Ryan segurou com força meu rosto e me beijou.
Comecei a corresponder, mas me toquei da grande merda que eu estava fazendo. Me
afastei de Ryan e acertei um tapa com força em seu rosto.
- Nunca mais faça isso. Eu tenho nojo de você. Nojo! –
disse pausadamente e saí dalí o mais rápido possível.
Ryan provavelmente ficou parado lá no corredor. Como ele
é estúpido. Limpei a minha boca com força. Se ele pensa que ele vai ficar
comigo comendo outra, está muito enganado. Como diz a Mellanie “Eu sei viver
sem um pau entre as minhas pernas”, quer dizer, eu acho que sei. Mas não é só o
Ryan que tem pau, Christian é gostoso e deve ter um pau mais gostoso ainda. Me
aguarde Ryan Butler.
Caitlin’s
POV
Faltava pouco pra chegar ao restaurante que combinei com
o Adam. Minhas mãos chegavam a soar com o nervosismo. Mas eu não posso
continuar com isso. Não faço o que não quero que façam comigo, e será melhor
pra nós dois. Eu gosto do Chaz e Adam com certeza vai me entender. Eu gosto
dele, só como amigo. Estacionei do outro lado da rua, travei o carro e caminhei
em passos apressados para dentro do restaurante. Assim que pus meus pés no
estabelecimento, avistei Adam que me olhou com um sorriso maravilhoso nos
lábios. Aquilo partiu meu coração. Eu iria magoá-lo em poucos minutos. Forcei
um sorriso e me direcionei até a mesa, me sentei e encarei Adam na minha
frente.
- Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou preocupado.
- Adam... – suspirei. – Aconteceu. Por isso que vim
conversar com você.
- Estou lhe ouvindo. – ele disse me olhando atentamente.
- Eu sei que começamos a namorar há pouco tempo e...
- Tem algo errado com o nosso namoro? – ele perguntou.
- Não. Tem algo errado comigo.
- Porque com você?
- Eu não deveria ter aceitado namorar você. – disse e ele
me olhou assustado e triste ao mesmo tempo.
- Porque não? Nós nos gostamos...
- Adam você é um cara super legal, atencioso, carinhoso,
nem sei como te descreve... – forcei um sorriso. – Você merece uma mulher que
goste de você. Eu gosto de você, só que não como eu queria. Como tem que ser.
- O que está querendo dizer? – ele perguntou aflito.
- Eu gosto de você apenas como amigo e fui muito
precipitada aceitando seu pedido de namoro. Eu gosto de outro Adam e aceitei
pra esquecê-lo, mas isso não funcionou. – disse o olhando.
Adam piscou os olhos algumas vezes e suspirou. Acho que
ele não estava conseguindo digerir toda aquela informação.
- Porque não funcionou? Começamos a namorar agora e eu
posso fazer você esquecê-lo, Caitlin. Eu gosto de você!
Passei minhas mãos entre meus cabelos. Ele tem que saber
a verdade.
- Lembra quando você me pediu em namoro? – perguntei e
ele assentiu com a cabeça. – Eu saí daqui e fui pra casa. Encontrei com Chaz me
esperando, fiquei meio surpresa ao encontrá-lo ali. Ele veio com umas conversas
pra cima de mim e foi tudo muito rápido e acabamos...
- Por favor, não continua. – ele disse e fechou os olhos
com força. – Porque não me disse que gostava de outro?
- Eu estava tentando esquecê-lo, mas quando nós ficamos,
meus sentimentos todos voltaram. Adam, eu sinto muito mesmo. Me desculpa por
tudo isso. Eu queria gostar de você como você gosta de mim, mas ninguém manda
no coração.
- Tudo bem Caitlin. Podemos almoçar agora? – ele perguntou
indiferente.
- Não quero que fique assim comigo. Eu te quero como
amigo. Por favor, não se afasta de mim. – disse pegando em suas mãos que
estavam em cima da mesa.
Eu quero ficar com o Chaz, mas não quero perder o Adam. Não
mesmo.
- Isso é um pouco complicado. Não vai ser legal te ver
com outro.
- Se você gosta de mim, você não pode se afastar. – disse
e ele riu fraco.
- Eu vou estar por perto Caitlin. – ele acariciou minha
mão depois a soltando e chamando o garçom.
Suspirei enquanto Adam fazia seu pedido. Depois fiz o
meu. Comemos em um silêncio absurdo. Adam não demonstrava nenhuma feição e nem
nada.
- Vai querer sobremesa? – ele perguntou assim que
terminamos nossa refeição.
- Não. Já comi o bastante. – respondi.
- Ótimo. Vou pagar a conta. – ele disse e chamou o
garçom.
Esperamos o garçom trazer o valor e ele pagou. Saímos do
restaurante em silêncio e paramos em frente ao meu carro.
- Estou odiando essa situação. – disse olhando para Adam.
- Bom, eu tenho que ir. – ele disse.
- Adam! – disse chateada. – Não fique assim comigo
caramba.
- Eu preciso processar essas informações que você me
disse ainda Caitlin. Me dê um tempo, por favor. – ele respondeu e suspirou. –
Se cuida. – ele beijou minha testa e se distanciou.
Atravessando a rua e indo para o seu carro. Droga! Entrei
no meu carro e saí indo pra casa. O lado bom dessa história era que agora eu
poderia ficar com o meu Chaz, sem nada e ninguém pra atrapalhar. Sorri, mas
logo meu sorriso foi desfeito por lembrar como o Adam tinha ficado. A vida é
uma merda mesmo.
Mellanie’s
POV
Almoçamos na santa paz. Jazmyn e Jaxon inventaram de ir
brincar com os cachorros no jardim com o Jason. Os cachorros estavam enormes,
daqui a pouco não deixo Jason chegar perto deles nem a pau. Justin ficou
jogando conversa fora com os garotos e fui pro meu quarto com a Lilly, ela
disse que tinha que me contar uma coisa.
- Pode dizer. – disse sentando na cama.
- Eu estava saindo do quarto e esbarrei no Ryan. A gente
discutiu e ele me beijou. E eu dei um tapa na cara dele. Acredita? – ela disse
rápido, mas deu pra entender.
Comecei a gargalhar.
- Caralho! Ryan não toma jeito mesmo. – disse recuperando
o fôlego.
- Ele me chamou de vadia. – ela disse com raiva.
- Pois Lilly, você nunca ia ser mulher do Justin porque
perdi a conta de quantas vezes ele me chamou de vadia.
- Mas ele te chama na hora da safadeza, pensa que eu não sei?
– ela disse e gargalhamos. – E Deus me livre ser mulher do Justin, tudo bem que
ele é um pecado, é gostoso... – franzi a testa a olhando e ela riu. – Mas não é
pra mim. Ele tem um gênio forte pra caralho.
- Realmente. – ri fraco. – Justin é um caso que precisa
ser estudado pela ciência.
Rimos e a porta foi aberta. É só falar nele que ele
aparece.
- Podem continuar com a fofoca. – ele disse e passou
direto pro closet.
Dei risada com a Lilly. Justin voltou com uma chave de
carro na mão e o celular na outra.
- Vai pra onde? – perguntei.
- Acho que não é da sua conta. – ele respondeu.
- Wow, essa doeu. – Lilly disse.
- Como é, seu cachorro? – perguntei e Justin riu vindo
até a mim.
- Foi mal. Estou apressado. – ele disse e me deu um
selinho demorado. – Lilly, dá próxima vez bata com menos força no Ryan. Se Vick
ver ela vai querer saber o motivo do tapa. – Justin riu.
- Não mandei vir me beijar. – Lilly respondeu. – Ele é um
otário e ela é uma puta. Deu bem certinho.
Justin saiu rindo do quarto.
- É minha impressão ou ele está bem humorado? Anda dando
muito pra ele, né vadia? – Lilly disse e ri por um bom tempo.
- Eu não. – me defendi. – Ou ele anda comendo outra por
aí. – disse e me toquei do que estava falando. – Me espera aqui.
Dei um pulo da cama e saí do quarto. Justin ia no meio do
corredor, e o parei.
- O que foi? Eu estou apressado. – ele disse impaciente.
- Pra onde você vai? – perguntei o olhando e ele arqueou
as sobrancelhas.
- Sério que está me perguntando isso? – perguntou de
volta.
- É sério. Me diz. – cruzei os braços.
- Não te devo satisfação. – ele disse e o olhei
indignada.
- Tem certeza? Você só sai daqui se me contar pra onde
vai. – disse e tomei a chave de sua mão.
- Bieber? – Ryan apareceu o chamando. – Temos que ir.
- Me espera lá em baixo. – Justin respondeu sem olhar pro
Ryan.
Ele pensa que me intimida com esse olhar. Ryan saiu dalí.
- Para de palhaçada e me dá essa chave Mellanie. – Justin
disse sério.
- Tem mulher aonde você vai? – perguntei e ele riu pelo
nariz.
- Que pergunta é essa? – ele franziu a testa. – Está com ciúmes
só porque vou sair?
- Tem ou não? – insisti.
- Essa cena de ciúmes não combina com você. – ele disse e
rapidamente tomou a chave da minha mão. – Então nem começa porque não estou com
paciência.
- Ok então. Quando você perguntar pra onde eu vou, já sei
o que responder. – disse irônica.
- Vai me dizer aonde vai. As coisas funcionam assim. –
ele sorriu.
- Não. Vou te mandar pra puta que pariu. – sai pisando
forte.
- Mellanie? Volte aqui. – ele dizia. Certeza que ele
estava atrás de mim. – Estou falando com você! – ele pegou em meu braço me
fazendo parar. – É surda, porra?
- O que é? – perguntei o olhando com raiva.
Se ele não queria me dizer pra onde ia, então alguma
coisa aí tem.
- Que ciúmes repentino é esse? Sei que você não é assim e
nem te dou motivos pra isso. – ele disse e fiquei calada.
Realmente ele não me dá motivos. E Justin não é nem louco
em pensar em me trair. O que está acontecendo comigo?
- Não é nada. – disse e suspirei.
- Agora que começou, vai terminar. Vamos, estou
esperando.
- Já disse que não é nada.
- A Lilly está enchendo sua cabeça de baboseiras é?
Porque se for...
- Não. Só queria saber pra onde você vai.
- Vou pegar um dinheiro que estão me devendo. Satisfeita?
- E porque não me disse logo?
- Pra você deixar de ser intrometida.
- ENTÃO SOME DA MINHA FRENTE, PORRA! – gritei e fui pro
quarto.
- Que gritaria foi essa? – Lilly perguntou me olhando.
Do nada senti vontade de chorar. E foi isso que eu fiz,
comecei a chorar e Lilly foi me abraçar.
- Porque está chorando? – ela perguntou.
- Justin me chamou de intrometida. – respondi entre o
choro e ouvi Lilly rir.
- Sério que está chorando por causa disso? – ela perguntou.
- Sim. – choraminguei.
- Mellanie, você está sentimental demais. Você não ia
chorar por causa disso.
- Isso não é o bastante pra chorar? – perguntei e ela
riu.
- Não é. – Lilly respondeu. – Só as grávidas choram por
besteira. – ela disse e ficou calada uns segundos. – Mellanie, você está
grávida?
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Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Amo vocês ♥