Dangerous Life 2° - Capítulo 37 - Indecision

Só deixei o dia amanhecer para ir ao galpão. Já que Lilly e Caitlin resolveram abandonar o barco, eu estava lotada de coisas para fazer. Fui logo para a minha sala e encarei aqueles papéis à minha frente. Aproveitei para falar com o Hugh, precisava saber como estavam meus convidados especiais na Rússia. Bateram na porta, era um dos capangas, encerrei a chamada.

- Senhora, tem alguém querendo falar com você. – ele disse com a porta entre aberta.

 - Quem? – perguntei e ele abriu a porta completamente, possibilitando eu ver Emily passando pela porta. – Oh, quem é viva sempre aparece. – ironizei.

- Cheguei ontem do Texas, tentei te ligar antes, como não dava certo vim até aqui. Sabia que ia te encontrar aqui. – Emily respondeu.

- Eu troquei de número. Enfim, como foi a viagem? – perguntei mexendo no macbook.

- Foi muito boa. – ela disse sorridente. – E as meninas? Onde estão? – ela perguntou sentando-se.

- Longa história. – respondi.

- É sobre os últimos acontecimentos? – ela perguntou e assenti.

- Acho que todo mundo já deve saber.

- Eu estava no Texas e Renan me ligou avisando. – ela respondeu e arqueei as sobrancelhas.

- O Renan? E vocês ainda estão se falando?

- Ele é do tipo chiclete, gruda e não quer mais sair do meu pé.

- Emily mais já conversei com você sobre isso. Sua história com o Renan acabou, você tem que se afastar dele, troca de número ou sei lá.

- Eu sei, mais vai que ele trame algo contra você? Ele vai me contar caso isso aconteça.

- Você acha mesmo que o Renan vai querer se meter comigo depois que soube que eu sou a Dama do tráfico? – perguntei rindo. – Antes ele se metia porque pensava que eu era só mais uma nesse ramo, mais agora ele sabe onde está pisando. Eu sou um campo minado, se ele ousar pisar, eu vou explodi-lo. Simples. – sorri colocando a mão no queixo e olhando uns e-mails.

- Nunca se sabe. Mas ele está mesmo falido, fiquei sabendo que ele anda procurando alguém pra se aliar com ele e derrubar você. – Emily respondeu.

- Eu vou esperar deitada para não cansar. – respondi. – E o Henry?

- Ah eu deixei com meus pais. – ela respondeu triste. – Eu estava dando pouca atenção para ele, e com meus pais eu tenho certeza que ele vai ter a atenção que precisa. Amm... – ela hesitou um pouco antes de falar. – Você tem algum trabalho em alguma boate para mim?

- Você quer trabalhar como prostituta? – franzi a testa.

- Bom, eu quero um trabalho...

- Vou te arranjar um como gerente ou alguma coisa assim. Você não precisa mais se prostituir.

- Muito obrigada. – ela disse sorrindo. – Só preciso saber o que uma gerente faz.

- Vou te colocar na On fire Central, junto com a Jéssica. Acho que vocês vão se dá bem, ela vai te dizer o que fazer.

- Perfeito. – ela sorriu. – Mellanie, obrigada por tudo o que você faz por mim. Eu vou ser eternamente grata a você.

- Deixa de bobagem Emily. Sei que faria o mesmo por mim.

- Sem sombra de dúvidas. – ela respondeu e assenti com a cabeça.

Terminei de ver os e-mails e fui com a Emily até a minha boate no centro. Estavam limpando quando chegamos lá.

- Onde está Jéssica? – perguntei para as vadias.

- Acho que ela ainda está dormindo. – uma delas respondeu.

- Dormindo? Ela acha que aqui é a casa da mãe Joana? – cruzei os braços.

- É que a noite ontem foi bem agitada por aqui. – outra disse.

- Vou ao quarto dela. – respondi e Emily me seguiu.

Me direcionei até o quarto da Jéssica. Já é quase meio dia e a vadia ainda dorme. Nem bati na porta e fui logo abrindo. Dei uma olhada básica no quarto e direcionei meu olhar para a cama. A Jéssica estava dormindo com dois caras. Isso mesmo, dois. Caminhei pelo quarto chutando as roupas espalhadas pelo chão, peguei um jarro de água e despejei em cima da Jéssica e dos dois homens. Eles acordaram assustados.

- Muito bonito em Jéssica. – disse irônica enquanto ela se cobria com o lençol.

- Mellanie? – ela perguntou assustada.

- Não, a fada dos dentes. – disse e Emily deu risada. – Você sabe que horas são?

- Eu não sei. – ela respondeu.

- Se arruma, dá um jeito nesses dois e vai até meu escritório. Vou esfregar o relógio na sua cara pra você ficar sabendo das horas. – disse e ela arregalou os olhos.

Saí do quarto rindo com a Emily.

- Caramba, não sabia que essa tal de Jéssica era assim. – Emily disse enquanto caminhávamos em direção ao escritório da boate.

- Assim como? Puta? – perguntei e ela assentiu. – Acostume-se. – disse rindo fraco.

Entramos no meu escritório, me sentei na minha cadeira e Emily no sofá.

- As meninas ficaram com raiva porque você não contou pra elas? – Emily perguntou.

- Aham. Lilly ficou revoltada. – respondi.

- Mas você não está sozinha nessa, vou te ajudar no que precisar. – ela disse sorrindo.

Concordei com a cabeça. Minutos depois Jéssica entrou no escritório toda sem graça.

- Jéssica se você quiser ser rebaixada a vadia é só você me dizer. – disse.

- Foi mal, é que ontem a noite foi bem cansativa. – ela riu sem graça.

- Não me interessa se foi ou não. Eu só quero que você cumpra com seus horários, já é quase meio dia e você dormindo.

- Isso não vai acontecer de novo. – ela disse toda sonsa.

- Se acontecer de novo você vai para o olho da rua.

- Sim senhora. – ela respondeu.

- Essa é a Emily e ela vai trabalhar aqui com você. – disse apontando para a Emily.

- Fazendo o quê? – Jéssica perguntou a olhando de cima a baixo.

- Cuidando da boate. Depois você vai orientá-la sobre o que fazer e como fazer.

- Ela tem mais cara de vadia do que de gerente. – Jéssica disse enciumada.

- Jéssica! Não te dei essa liberdade pra falar assim. – a reprimi.

- Desculpa. – ela respondeu.

- Espero que você se dê bem com ela.

- Nós vamos. – Emily disse.

- Eu vou deixar vocês conversando e vou às outras boates. – disse anotando meu novo número em um papel. – Esse é meu número, qualquer coisa me liguem. – me levantei.

- Tudo bem. – Emily respondeu.

Saí da boate e fui em direção às outras. Espero que as duas não se matem. Estava tudo em ordem nas demais. Me lembrei do Adam, caramba. Preciso saber como ele está, mais nem sei onde ele mora. Ele deve ter anotado o número dele no meu celular. Parei no sinal e procurei seu nome na lista telefônica, e bom, ele havia anotado. Chamou quatro vezes, estava quase desistindo da chamada quando ele atendeu.

- Alô? Quem é? – ele perguntou.

- Oi Adam. Sou eu, Mellanie. – respondi.

- Mellanie? – ele perguntou surpreso. – O que devo a honra dessa ligação? – dei risada.

- Eu queria saber como você estava. Olha, me desculpe pelo Justin.

- Eu estou bem. Imagina, já passou. E você? Tá melhor? – ele perguntou preocupado.

- Eu acho que sim. – ri de leve. – Bom, você está ocupado? – perguntei mordendo a ponta dos lábios.

- Não, não. – ele respondeu rapidamente.

- Ah que bom, pode vir almoçar comigo? – perguntei.

- Claro que sim. – notei a animação em sua voz. – Só me passa o endereço.

- Até agora nem eu sei. Estou dirigindo e não encontrei nenhum restaurante ainda. – disse e ele riu.

- Então vamos fazer assim. Vou procurar um aqui e te mando o endereço por mensagem.

- Ótimo. – respondi.

- Até mais.

- Até.

Finalizei a chamada. Logo Adam mandou a mensagem com o endereço do restaurante. Que bom que era perto daqui. Me direcionei para lá. Cheguei primeiro que ele e o esperei. Minutinhos depois, Adam apareceu. Ele estava lindo, mesmo com aquele machucado no supercilio que o Justin causou. Ele sorriu para mim, me levantei para cumprimenta-lo. Ele beijou minhas bochechas e nos sentamos.

- Justin sabe que você está almoçando comigo? – Adam perguntou risonho.

- Nem imagina. – disse rindo. – Vamos pedir? Estou faminta. – peguei o cardápio.

- Oh vamos. – ele riu pegando o outro.

O almoço foi bem divertido. Adam é definitivamente um ótimo amigo. Ele me fez rir bastante e esquecer um pouco os problemas com o Justin.

- Anda falando com a Caitlin? – perguntei.

- Às vezes nos falamos por celular, raramente. Sabia que muita coisa iria mudar quando soube que ela estava namorando o Charles.

- Querendo ou não, muita coisa muda mesmo. – respondi e ele suspirou. – Ainda gosta dela?

- O pior que eu gosto.

- Não se preocupe. Uma hora vai aparecer alguém que vá te fazer feliz e que te ame na mesma proporção. – disse acariciando sua mão.

- Espero que essa hora chegue logo. – ele disse me olhando e sorri para ele.

- A conversa está ótima, mais eu tenho que ir para casa.

- Eu também tenho que pegar umas cargas de bebida. – ele respondeu. – Foi bom almoçar com você.

-Igualmente. – disse sorrindo.

- Espere aqui, vou pagar a conta.

- O quê? Não mesmo, eu que chamei. – disse.

- Idai? Eu que sou homem, eu que pago.

- Que frase machista. – disse e ele riu. – Não Adam, eu pago.

- Não mesmo, eu vou ficar chateado com você. – ele disse e emburrou a cara.

Dei risada.

- Olha, da próxima vez eu que pago. – disse convencida.

- Então vai ter próxima vez? Que bom. – ele disse dando seu sorrisinho de lado, ri dele enquanto o mesmo se distanciava.

Adam pagou a conta, contra a minha vontade. Nos despedimos e fui para casa. Precisava de um banho e uma tarde de sono. Cheguei em casa por volta de uma hora da tarde, vi carros estacionados. Os garotos devem estar aí. Estacionei meu carro na garagem mesmo e entrei em casa. Encontrei minhas amigas, ops, ex-amigas na sala junto com os garotos e o Justin. Eles estavam rindo e pararam assim que me viram, só olhei rapidamente e me apressei em subir as escadas. Nem devo fazer falta para elas. Entrei no quarto do Jason e ele estava em guerra com a Jack para não tomar banho.

- Wow, o que é isso? – perguntei enquanto ele tentava fugir da Jack.

- Acho que ele tem medo de água. – Jack disse e gargalhei.

- Jason, não quer vir tomar banho comigo? – propus.

Ele negou com a cabeça.

- Ok, esse método de escolha não funcionou. Agora vamos para o método que você só obedece. – disse o pegando nos braços. – Vamos tomar banho.

- Nauummm. – ele protestou.

- Deixa de ser porquinho, Jason. – disse e saímos do seu quarto. – Vamos aproveitar que seu pai tá lá em baixo e vamos encher a banheira, o que acha?

Perguntei beijando sua bochecha.

- Eu goto. – ele disse sorrindo sapeca.

Ri dele e entramos no quarto. O coloquei no chão e Jason ia correndo pra pular na cama.

- Para o banheiro, Jason. – disse e ele mudou a direção indo para o banheiro.

Fui para o banheiro e coloquei a banheira para encher. Jason ficou mexendo nas gavetas onde havia as toalhas. Já cheia, coloquei alguns sais na água que logo fez espumas, tirei a roupa do Jason e o coloquei dentro da banheira. Ele ficou todo feliz quando joguei os brinquedos de borracha para ele. Depois foi a minha vez de entrar, fiquei de um lado e ele do outro brincando e conversando com os brinquedos.

- Vive no bacaxi e mola no má, bob esponja, casa cadada.

Esse era Jason cantando a música do Bob Esponja, gargalhei enquanto saímos do banheiro. Cessei o riso quando vi Justin entrando no quarto e nos olhando.

- Jason, já volto. – disse para Jason, mas olhei para Justin.

Fui para o closet e me vesti rapidamente. Ouvi Justin falar com o Jason, mais não entendi sobre o que. Me arrumei e saí do closet.

- Vem Jason. – disse. Ele estava no colo do Justin.

- Vá com a sua mãe, Jason. – Justin disse o colocando no chão.

O peguei nos braços e sai do quarto indo para o de Jason.

- Mamãe bigou com o papai? – Jason perguntou e arqueei as sobrancelhas.

- Não bebê. – disse indo pegar uma roupa para ele.

- Bigou sim. – ouvi ele dizer. – Papai disse que bigou.

- Eu que briguei? – perguntei indo vesti-lo.

Jason assentiu com a cabeça.

- Seu pai é um idiota. – respondi e Jason fez cara feia.

- Naum é naum. – ele o defendeu.

Esqueci que ele ama incondicionalmente o pai. E que ele é o melhor do mundo. Não respondi nada e terminei de vestir o Jason. Deitei com ele na cama, liguei a TV e acabei dormindo.

(...)

Acordei com Jason reclamando de fome. Lavei o rosto e desci com ele indo até a cozinha. O sentei na mesa e fui fazer mingau. Fiquei encarando o nada enquanto ouvia vozes da sala, provavelmente é o pessoal.

- Mellanie? – ouvi alguém me chamar, me despertei do transe e encarei Rose. – Você está bem? – ela perguntou.

- Estou Rose. Tá tudo bem. – respondi.

- Tem certeza? O mingau do Jason tá queimando. – ela disse.

- Quê? – perguntei atordoada me levantando e indo até o fogão. – Droga. – murmurei desligando o fogo. Já era o mingau.

- Deixa que eu faço de novo. – Rose disse.

Suspirei e me sentei perto do Jason.

- Nossa, que cheiro de queimado. – Christian disse entrando na cozinha.

- Esqueci o mingau no fogo e queimou. – disse.

- Anda no mundo da lua é? – ele perguntou sentando-se do meu lado. – Eai, tá tudo bem?

- Tá indo né Chris. – respondi desanimada.

Na verdade não estava nada bem. Estou tão triste com essa situação que me encontro. Justin me trata como se eu fosse uma qualquer, ou melhor, como se eu nem existisse. E apesar de eu transparecer que sou forte, eu estava muito magoada por dentro. Minha vontade era de passar o dia chorando, mas chorar não vai adiantar nada. Já chorei o que tinha que chorar.

- Vamos pra boate hoje à noite? Você precisa se animar. Vai todo mundo. – Chris disse animado.

- Sério mesmo? – arqueei as sobrancelhas. – Eu não tenho vontade de sair, ainda mais para ir à boate.

 - Vai ser legal, Mellanie. – Chris insistiu.

- Não vai dar Chris. Divirta-se por mim. – sorri fraco para ele.

- Tudo bem. – ele se deu por vencido e saiu da cozinha.

Esperei que o mingau do Jason ficasse pronto. Ele comeu tudo. Fiquei jogando conversa fora com a Rose, assuntos sobre culinária. Depois Jazmyn e Jaxon apareceram na cozinha para brincar com o Jason.

(...)

Dez horas da noite. Justin deve estar se arrumando para ir à boate. Isso é a prova viva de que ele quer mais que eu exploda. Estava deitada na cama do Jason, enquanto ele dormia serenamente em meus braços. Meu celular tocou e me estiquei para pegá-lo em cima do criado-mudo.

- Oi. – disse ao atender.

- Mellanie? Sou eu Emily. – ela disse.

- Ah, oi Emily. – respondi. – Como foi com a Jéssica?

- Ah foi legal. Nós vamos ficar bem. – ela disse e ri. – Então, vamos sair?

- Sair pra onde? – perguntei.

- Pra boate?!

- Boate? Ah não, o Christian também me convidou... Espera, não vai me dizer que foi ele que mandou você me convencer? – perguntei abismada.

- Vai ser bom pra você Mellanie. Precisa se divertir.

- Você não me respondeu, Emily. – disse.

- Foi ele sim. Porque assim como eu, ele também quer te ver bem. Vamos lá.

- Eu estou bem aqui com o Jason.

- Por favor, não custa nada. – ela disse. – Vai ser bom pra distrair, esquecer um pouco os problemas.

- Meu problema vai estar sob o mesmo teto que eu. – disse.

- Mellanie... – Emily insistiu.

- Cacete, tudo bem. Eu vou pra essa droga de boate. – disse irritada.

- Aêee. Se arrume, vou me arrumar também.

- Tá tá. – disse com desdém. – Vou passar aí.

- Ótimo. Até daqui a pouco.

- Até. – respondi e desliguei.

Respirei fundo largando o celular e tirando Jason delicadamente em cima de mim. Bem que eu poderia ficar dormindo né. E também não custa nada espairecer. Saí do quarto do Jason rezando para não dar de cara com o Justin no quarto. Minha oração valeu a pena, ele já tinha saído e o quarto estava empestado com seu perfume. Fui até o closet e peguei qualquer vestido que vi na minha frente, não estava a fim de procurar. O vestido era vermelho e colado. Lembrei sobre o Justin dizer que amava quando eu vestia vestidos vermelhos, então tirei o vestido e procurei outro. Eu não vou para agradá-lo, vou pra tentar me divertir. Coloquei um vestido preto e um salto alto, soltei meus cabelos e fiz uma maquiagem básica. Passei delineador nos olhos, bastante rímel e um batom vermelho. Ótimo. Passei perfume, peguei celular, bolsa e a chave do meu carro, quer dizer, de um deles.

(...)

- Eu acho que estou começando a me arrepender de ter vindo. – disse ao chegarmos em frente à boate. Lotada como sempre.

- Nem entramos.

- Por isso mesmo. – respondi e estacionei o carro.

A fila estava enorme. Jura que eu vou pegar fila para entrar, fui logo até a entrada.

- Boa noite senhoritas. – um dos seguranças disse liberando a passagem.

Passei e ouvi Emily respondê-lo. Fui até as escadas que dava acesso à área vip.

- Pra onde vamos? – Emily respondeu.

- Vamos subir, mostrar pro Christian que você me convenceu de vir. – disse.

Emily riu. Subimos as escadas e a reação de todos a me ver ali foi a melhor. Lilly estava sentada no colo do Ryan, e Caitlin no colo do Chaz. Justin e Chris estavam conversando com duas vadias, olha que lindo.

- Mellanie. – Chris disse levantando-se e vindo me abraçar.

- Oi. – respondi.

- Que bom que você conseguiu convencê-la. – Chris disse para Emily, beijando sua bochecha.

- Queria que eu viesse pra ver isso? – me referi à Justin com as vadias.

- Não pense besteira, só estávamos conversando. – Chris respondeu.

- Eu não estou pensando nada. – dei de ombros.

- Sentem. Querem beber alguma coisa? – ele perguntou.

Nos sentamos e olhei para a frente. Justin me encarava sem nem disfarçar.

- Tem água? – perguntei e Emily riu com o Chris.

- Tem. – Chris respondeu. – E você Emily?

- Pode ser Whisky. – Emily respondeu.

- Ok senhoritas. – Chris disse e distanciou.

- As meninas estão me fuzilando porque estou aqui com você. – Emily disse.

- Sério? Que bom. – respondi e peguei meu celular.

Deve ter algo de interessante para mexer aqui. Chris chegou com a minha água e a bebida da Emily, ele sentou com a gente e começou a puxar conversa. Ele realmente estava tentando me animar, mais sinceramente não dava.

- Vamos dançar? – Emily perguntou.

- Ah Emily, pode ir. Se quiser, fico até ali na grade te olhando para você não se perder. – disse irônica e ela riu.

- Você vai ficar aí sozinha? – ela perguntou.

- Obrigado por desprezar a minha companhia. – Chris disse e rimos. – Eu fico aqui com ela.

- Se for assim, tudo bem. – Emily disse levantando-se e descendo para a pista de dança.

- Vamos lá pra grade ver o movimento. – disse me levantando.

- Vai indo lá. Vou encher meu copo. – Chris disse, assenti e caminhei até a grade.

Me encostei na mesma olhando o movimento lá em baixo. De longe avistei Emily dançando sozinha, ela é meio louca.

- Não me lembro de ter deixado você vir. – me assustei com uma voz atrás de mim. Claro que só podia ser o Justin.

- Não me lembro de ter que pedir a você para sair. – revidei sem encará-lo.

- Esqueceu que somos casados? – ele perguntou me virando para olhá-lo.

- Estou quase esquecendo. – disse encarando seus olhos. – Vá se divertir e me deixa em paz. Eu juro que não vou interferir na sua diversão, Bieber.

- É isso que irei fazer. – ele disse sorrindo. – Aliás, porque não está com a Emily? Vadias tem que andar sempre juntas. – ele riu na minha cara.

- Eu odeio você. – murmurei.

- Imagino o quanto. Você não vai nem até a esquina sem mim. – ele disse irônico se afastando.

Que ódio. Chris veio até a mim.

- Brigaram de novo? – ele perguntou.

- Seu amigo é um completo imbecil, Chris. Obrigada por tentar me animar, mais não tá dando. Você é um ótimo amigo, avisa para a Emily que eu fui embora. Já deu pra mim. – disse o abraçando.

- Mas Mellanie... – Chris começou. Não dei ouvidos e desci.

Sai esbarrando em todo mundo. Saí da boate e entrei no meu carro. Pisei fundo indo para casa. Sabia que não era uma boa ideia ir para lá. Estacionei o carro de qualquer jeito e entrei em casa, subi as escadas e fui diretamente para o meu quarto. Fui até o closet e procurei uma mala. Justin tem toda a razão, eu nunca deveria ter saído da Rússia, nunca. Com lágrimas nos olhos, comecei a colocar roupas dentro da mala, nem me importei em arrumar. Só queria sumir daqui. Cada roupa que eu tirava dos cabides me dava uma dor enorme no peito. Mas eu não aguento mais ser humilhada. Amar não é isso. Se Justin faz tudo isso comigo é porque ele não me ama, e se ele não me ama eu não vejo motivos de continuar aqui. Já tinha colocado algumas roupas dentro da mala, obviamente não dava para levar todas as minhas roupas, comecei a fechar a mala deixando algumas lágrimas escapar.

- O que diabos você pensa que está fazendo? – levei um susto enorme ao ver Justin entrando no quarto.

Essa porra não estava na boate? Que merda. Não o respondi e terminei de fechar a mala.

- EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ. – Justin gritou e fechando a porta com força.

- Eu ouvi. – respondi.

- Então me responda. – ele ordenou arrogante.

- Eu vou fazer o que você tanto deseja. Você vai ficar livre de mim, Justin. Não era isso que você queria? – perguntei o olhando.

- Do que você está falando? – ele perguntou.

- Foi você mesmo que disse que eu nunca deveria ter saído da Rússia. Pois bem, eu vou voltar para lá. – respondi e sem querer uma lágrima escorreu em minha bochecha, a limpei rapidamente.

- Você ficou louca? Você não vai a lugar nenhum. – ele disse atordoado.

- Eu cansei Justin. Pra mim já chega. Todo mundo erra, e logo esse erro é esquecido. Mas quando se trata de mim, todos fazem questão de virar as costas, e logo você que deveria me apoiar simplesmente me humilha todos os dias. Eu posso muito bem viver sem você. – disse controlando minhas lágrimas e com incerteza nas minhas ultimas palavras.

- Cala a boca Mellanie. Você nem sabe o que está dizendo, você andou bebendo? Deve ter sido isso. – ele disse rindo sem humor.

- EU ESTOU SÓBRIA. ACEITA QUE ACABOU. – gritei e Justin me olhou paralisado.

Olhei para a aliança no meu dedo, e a toquei. Começando a puxá-la.

- Não ouse tirar essa aliança Mellanie. – Justin disse sem esboçar feição alguma.

- Ultimamente não está fazendo sentido eu usá-la. Eu vou para a Rússia, Justin.

- Escuta aqui... – Justin disse aproximando-se de mim e segurando em meus braços. – Fora daqui você pode ser a Presidente da Máfia Russa, a Dama do tráfico, o caralho que for, mas dentro dessa casa você é apenas a minha mulher então vai me obedecer. Para de falar essas idiotices e desarrume agora essa mala.

- Me deixa ir Justin... – sussurrei chorando.

- Esse assunto encerrou aqui. – ele disse. – Eu vou tomar banho, quando eu sair do banheiro não quero mais ver essa mala aí.

Ele afastou-se de mim indo para o banheiro e fechando a porta com força.  Que droga, nem ir embora em paz eu posso. Me sentei na cama e comecei a fazer o que mais venho fazendo esses dias, chorar. Justin não demorou no banheiro e logo saiu, abaixei o olhar encarando meus dedos. Nem na mala eu havia tocado. Vi ele se aproximar de mim e sentou do meu lado.

- Olhe para mim. – Justin disse. Hesitei um pouco mais levantei o olhar, fitando seus olhos. – Você seria capaz de fazer qualquer coisa por mim? – assenti com a cabeça, apesar de ele não estar merecendo. – Então abandone a presidência.

- O quê? – perguntei.

- Ou eu, ou a presidência da Máfia Russa. – ele disse sério e eu paralisei.

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Continua?

Obrigada por todos os comentários!

Heeey Lifes. Tudo bem com vocês? Comigo tá tudo legal.

O que acharam do capítulo? Me falem nos comentários.

Hoje não vou enrolar muito nas notas finais porque estou com bastante preguiça e dor de cabeça pra completar. 

COMENTEM MUITO.

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Useeeeeem ok? Porque esse Bieber tá demais, quem sabe no próximo capítulo ele não vá se arrepender de tudo em :D

Amo vocês ♥