Dangerous Life 2° - Capítulo 33 - Rollercoaster

Justin’s POV

Jason ainda choramingava agarrado em meu pescoço enquanto descíamos as escadas. Se estava sendo difícil para mim, imagine para ele, que era apenas uma criança querendo a mãe. Minha mãe estava na sala, juntamente com meu pai.

- O que ele tem? – minha mãe perguntou.

- O mesmo de sempre. – respondi suspirando.

- Coitado, Justin. – ela disse com pena.

- Bobô? – Jason disse entre soluços com o dedo na boca, chamando meu pai.

- Diga, campeão. – meu pai respondeu.

- Tlás a mamãe, bobô. – ele pediu.

Senti como se fosse uma faca atravessando meu peito. Estava vendo meu filho sofrer e não podia fazer nada. Eu me sentia um inútil. Nem pra achar a minha mulher eu servia.

- Nós vamos buscá-la. Fique calmo. – meu pai respondeu.

- Vai né papai? – Jason perguntou segurando meu rosto com suas mãozinhas.

Ele praticamente suplicava pelo olhar. Seus olhos azuis, estavam apertadinhos de tanto chorar.

- Vou, meu campeão. – disse e beijei sua testa. – Vou ver se ele come alguma coisa.

- Faça isso querido. – minha mãe disse.

Fui até a cozinha e sentei Jason no balcão. Ele parou de chorar, mais continuava soluçando com o dedo na boca.

- Quer comer o quê? – o perguntei.

Ele nem respondeu. Abri a geladeira e encontrei sorvete. Tirei o pote da geladeira e peguei duas colheres, entregando uma para o Jason e ficando com a outra.

- Sua mãe iria nos matar se pegasse nós dois tomando sorvete. – disse rindo e logo cessei o riso.

Ah como eu queria que ela aparecesse agora brigando comigo, dizendo que eu não tinha juízo por dar sorvete ao Jason essa hora da noite. Ela fica linda brava, aliás, de todo jeito. Caralho, que saudades e que angústia também.

- Boumm. – Jason disse enfiando uma colherada na boca.

Enquanto eu me distraia com meus pensamentos, ele já estava todo lambuzado. Ri fraco e provei do sorvete. Não me entrou, como todas as outras comidas, estou comendo a força praticamente, por causa do meu pai, no meu pé falando que não ia adiantar nada ficar sem comer. O que era verdade, mais simplesmente não entrava. Eu e Jason estávamos no mesmo barco, somos muito dependentes da Mellanie. Eu confesso.

- Justin! – ouvi o grito histérico da minha irmã ecoar pela cozinha.

- O que foi? – perguntei já sabendo por qual motivo ela vai brigar.

- Você é louco de deixar o Jason tomando sorvete? Dá uma comida que preste para o menino. – ela disse pegando o pote de sorvete e o tampando, em seguida guardando na geladeira. – Mellanie mataria você.

- Também pensei nisso. – ri fraco.

- Homem alanha quer mais. – Jason disse lambendo a colher.

- Homem aranha não quer nada. – Jazzy tomou a colher dele, no mesmo instante ele fez biquinho e me olhou, como se “Não vai fazer nada, papai?”.

- Deixa Jazzy. Um pouco de sorvete não faz mal. – disse.

- Alguém falou sorvete? – Jaxon chegou à cozinha, com a sua peguete, ou sei lá o que, a Stefani.

- Jaz naum que dá sovete plo homem alanha. – Jason disse emburrado com os braços cruzados.

Dei uma risada.

- Não tem problema, vamos comer pizza juntamente com o Batman... – Jaxon apontou pra mim. – E o Robin. – apontou pra ele. – E assim combateremos a força do mal. – em seguida fazendo cócegas na barriga de Jason, que começou a gargalhar.

- Seu namorado é bem idiota. – disse para a Stefani que observava tudo rindo.

- Fica calado e liga pra pizzaria, cara. – Jaxon disse.

Arqueei as sobrancelhas. Como é? Jaxon me mandando calar a boca? Ri fraco e peguei meu Iphone ligando para a pizzaria e encomendando nossas pizzas.

- Eu queria que a Mellanie aparecesse agora e acabasse com a festinha de vocês. – Jazzy disse.

Suspirei.

- Eu também queria. – disse saindo da cozinha e indo para a sala, onde me joguei em um dos sofás. Meus pais não estavam mais lá. – Como eu queria que você aparecesse, Mel. – sussurrei encarando o teto.

(...)

Estava olhando Jason dormir. É, eu estava ficando bom nesse negócio de fazê-lo dormir durante essa semana. Por causa dele que não cometi besteiras como eu gostaria. Sou fraco e minha maior vontade era pegar uns daqueles sacos de cocaína e cheirar tudo, sem me importar com nada. Eu não sei lidar com isso, e nem quero aprender a lidar. Só queria que tudo isso acabasse, e de alguma forma Chaz conseguisse rastrear o celular e me falasse onde a minha Mel está, eu iria imediatamente buscá-la. Meu celular começou a tocar, e o peguei antes que acordasse Jason. Era a Lilly.

- Justin? – ela disse assim que eu atendi.

- Oi. – respondi.

- Não tem nenhuma notícia da Mellanie? – ela perguntou preocupada.

- Nada.

- Me tira uma dúvida, você ainda mantem contato com o Sebastian?

- Sim, ele me liga todos os dias perguntando se eu tenho notícias da Mellanie. – respondi. – Por que a dúvida?

- É que eu pensei que poderia ter sido ele que a sequestrou.

- Porque pensou isso? – perguntei intrigado.

- Não, é que... – a cortei.

- Ah claro, você e a Mel não gostam dele. Mais não foi ele.

- Ok, qualquer coisa me diz. – ela respondeu respirando fundo. – Eu estou muito preocupada, você não tem noção.

- Se fosse só você, nós daríamos um jeito. – ri sem humor.

- Qualquer coisa que esteja acontecendo, lembre-se que ela é forte e está bem. – ela disse com convicção.

- O que me preocupa é até quando ela vai conseguir ser forte, Lilly. Eu não gosto nem de pensar no que ela pode estar passando.

- Então não pense. Você é o Justin Bieber, o fodão, ânimo cara. – ela disse e ri fraco.

- Sem ela eu não sou nada. – respondi.

- Isso eu sei. – ela disse rindo.

- E o Ryan? Tá aí? – perguntei.

- Porque ele estaria? – ela revidou e ri.

- Cínica. Tá ou não?

- Ele está tomando banho. – ela respondeu.

- A vida é assim, enquanto estou aqui sofrendo sem saber onde está a minha mulher, o meu amigo está comendo a amiga dela. – disse e Lilly gargalhou.

- Você é um idiota. – ela disse e ouvi a voz do Ryan. – Ele quer falar com você.

- Ok.

- Eai bro. – ele disse.

- Fala cara.

- Tá tudo bem?

- Não né. – ri fraco, ele riu também.

- O Chaz conseguiu algo?

- Ainda não. E nem sei se vai conseguir, faz uma semana já.

- Está duvidando da sua equipe? Cara, você sabe que ele é capaz, dê um pouquinho de tempo para ele.

- Eu estou dando, Ryan.

- Então relaxe aí e logo vamos encontrar a sua garota.

- Tá ok. Pode ir foder, vou ver se consigo dormir.  – disse e ele riu.

- Tá bom irmão, vai dormir mesmo ok?

- Eu vou, estou cuidando do Jason, não posso dar bobeira.

- Ainda bem que você pensa assim.

- Enfim, falow.

- Falow. – ele disse e finalizei a chamada.

Coloquei o celular de lado, não queria colocá-lo longe, talvez Chaz me ligasse e eu poderia não ouvir. Dei um beijinho na testa do meu pequeno e fui tentar dormir.

(...)

Despertei com meu celular tocando. Era o Chaz e algo me diz que eram notícias boas. Era exatamente 03:00 da manhã.

- Oi cara. – respondi meio sonolento me levantando e indo em direção à janela.

- Consegui rastrear de onde a mensagem foi enviada. – ele disse e eu logo despertei.

- Então?

- Na Itália, na cidade de Roma. Só que não deu para ver a localização exata.

- Não importa. Vamos imediatamente para lá. Liga para o Ryan e o Chris, eu vou ligar para aprontarem o jatinho. Vou levar cem homens. – disse enquanto pegava uma mala no closet e colocava algumas peças de roupa dentro, sem nem me importar em dobrar.

- Pretende passar quanto tempo lá? – ele perguntou.

- Até encontrá-la. Ligue para eles Chaz, vou desligar. Quero estar na Itália o quanto antes.

- Tudo bem, bro. Até logo.

- Até. – disse e desliguei.

Terminei de arrumar a mala e vesti uma calça, juntamente com uma blusa de mangas compridas e uma touca. Fui até o final do closet, era onde eu escondia a uma mala com cinco fuzis e armamento para eles. Nem a Mel sabia da existência dela. Quem quer que esteja com ela, vai saber que comigo não se brinca e muito menos com a minha mulher. Liguei rapidamente para aprontar o jato, queria embarcar o mais rápido possível. Chamei dois seguranças para levar as malas e aprontar meu carro que eu iria até o heliporto.

- Prometo que trago a sua mãe, filho. – sussurrei acariciando seus cabelos, e dando um beijo nos mesmos.

Jason dormia calmamente, todo esparramado na cama. Fui até o banheiro jogando uma água no rosto pra despertar ainda mais. Saí do quarto e na casa já estava uma grande movimentação de seguranças. Eles estavam se preparando para ir também, claro que não todos. Iria levar uma parte de seguranças e outra de capangas. Sim, existe uma diferença entre eles. Meus seguranças transitam pela minha casa e os capangas só pelo galpão, fazendo o serviço sujo.

- Que movimentação é essa? – meu pai perguntou descendo as escadas.

- Chaz conseguiu rastrear o celular, e vem de Roma. Vamos para lá. – disse colocando um cartucho de balas na minha arma inseparável, a banhada em ouro.

- Que ótimo, Justin. Quer que eu vá com vocês?

- Não precisa, seu tempo de aventura já passou. – disse e meu pai arqueou as sobrancelhas.

- Está me chamando de velho Justin? Saiba que ainda sirvo para muita coisa, moleque. – ele disse e dei risada.

- Claro que serve. Cuide do Jason enquanto eu estiver fora, faça esse favor.

- Tudo bem então. – ele se deu por vencido. – Me avise. Se precisar de ajuda, me ligue.

- Tá ok. – disse e saí de casa.

O carro que escolhi já estava em frente. Eles são bem eficientes.

- Senhor, vai dois carros na frente e dois atrás ok? – um segurança disse.

Eles já estavam prontos e pude ver na frente os dois carros, em média com cinco seguranças em cada carro.

- Ótimo. – disse entrando na minha Lamborghini branca.

O portão foi aberto e duas BMW foram na frente, eu dirigindo no meio e mais duas atrás. Buzinei para que elas fossem rápido, meu carro é pra correr e eu gosto de correr. Rapidamente chegamos ao heliporto, os seguranças colocaram minhas malas dentro do jato. Tinha duas vans com os capangas me aguardando.

- Vocês vão no avião de exportação de droga. Tem espaço suficiente para todos. Cinquenta seguranças e cinquenta capangas, ok? – disse.

- Sim senhor. – eles responderam.

- Estão bem armados? – perguntei e eles assentiram. – Quando chegar lá, procurem uma pensão onde possam ficar todos. Eu pago tudo.

- Senhor, já podemos ir. – o comandante avisou.

- Ok, espere um pouco. – disse e vi Chaz, Ryan e Chris chegar.

- Tudo pronto? – Chris perguntou ao se aproximarem de mim.

- Sim, estava só esperando vocês. – respondi.

- Então vamos. – Ryan disse.

- Nós vamos à frente. Levem os carros de volta para a mansão. – ordenei aos seguranças que me acompanharam. – E depois, voltem para o voo.

Os caras levaram suas malas para o jato e nos sentamos, logo o jato decolou. Daqui para a Itália iria demorar um pouco, mais nada que meu jato não resolvesse.

Mellanie’s POV

Mais um dia nesse inferno. Faz exatamente oito dias que estou aqui sendo prisioneira desse filho do capeta. Pelo menos eu não estava mais no porão sendo agredida. Resolvi me comportar direito para não ter que apanhar. Tirei a conclusão de que Sebastian era completamente maluco. Ele queria que eu me comportasse como se fosse a sua mulher e me levar para jantares de negócios. Ou eu me comportava, ou apanhava. E eu não queria mais apanhar. Então, terminei de me arrumar. Usava um vestido ridículo que ele comprou, estava parecendo mais uma prostituta com ele. Não exagerei na maquiagem para que não me achassem realmente uma. Suspirei vendo minha imagem no espelho. Até quando vou ter que continuar aqui? Cadê você Justin? Cacete!

- Vamos! – ouvi Sebastian dizer batendo na porta.

- Já vou. – bufei.

Saí do quarto e dei de cara com ele. Ele estava com um terno e um chapéu na cabeça. Fumando um daqueles charutos fedorentos.

- Você está linda, querida. – ele disse e revirei os olhos.

- Ублюдок. (Desgraçado). – murmurei.

 - Nem comece a falar Russo aqui perto de mim, vadia. – ele rosnou. – Vamos, não quero me atrasar. – ele me pegou pelo braço e saiu me arrastando até lá fora.

Me divertia treinando meu Russo com o Sebastian. Só era preciso falar em Russo quando eu ligava para a Rússia para saber como andava tudo. Eles quase sempre me ligavam, aquilo lá não vai pra frente sem mim. Fomos para um restaurante, onde tinha uns velhos italianos e nojentos. Eles conversavam sem parar e eu não dava a mínima para eles. Via seus olhares maliciosos para cima de mim. Só falavam sobre negócios e perguntavam ao Sebastian sobre mim. O filho da puta disse que me comprou. Eu queria o fazer engolir a faca que estava em minhas mãos. Dessa vez não iria enfiar em sua mão, e sim em sua garganta pra ele morrer logo. Mas do meu lado, estavam dois armários gigantes vulgo seguranças do Sebastian, analisando qualquer movimento suspeito.

Dei graças a Deus quando aquele jantar acabou, era uma tortura. Voltamos para a mansão do Sebastian, que eu nem sabia onde era localizada. Só sabia que estávamos na Itália e nada mais.

- Papai, porque não me avisou que iria sair? – a puta da Vick perguntou assim que entramos.

- Nem te vi querida. – Sebastian respondeu.

- Tenho novidades. – ela disse sorrindo.

- Conte.

- Adivinha quem está na Itália? – ela disse rindo.

- Não tenho bola de cristal, Vick. – ele respondeu e ela desfez o sorriso.

- Nossa pai, que falta de humor. Enfim, Justin Bieber está na Itália. Ele acabou de ligar avisando.

Meu coração acelerou quando ouvi o que a vadia disse. Meu Deus, Justin estava aqui. Ele veio me buscar. Graças a Deus. Espera, pra quê que ele ligou para essa quenga?

- O que ele veio fazer aqui? – Sebastian perguntou.

- De alguma forma ele rastreou o celular da piranha aí, e veio fazer as buscas por aqui. – Vick disse.

- Piranha é a sua mãe. – disse.

- Leve ela para o quarto. – Sebastian disse para seu segurança que segurou em meu braço com força.

- Me solta, eu sei o caminho. – disse dando o solavanco.

- Não se preocupe Mellanie. Ligaremos para o Justin, para avisar que ajudaremos nas buscas. – Sebastian disse rindo juntamente com a Vick.

- VÃO TOMAR NO CÚ. – gritei e fui para o quarto.

Fechei a porta com força. Justin não podia confiar neles, não podia. Assim, ele nunca iria me achar. Que droga. Desgraçados. Peguei a primeira coisa que eu vi e joguei contra a parede, era um vaso que estava decorando o quarto. Preciso encontrar um celular, preciso manter contato com o meu pessoal na Rússia. 

Chega, eu cansei.

Abri a porta do quarto e tinha dois seguranças fazendo vigia.

- Pra onde pensa que vai? – um deles me perguntou.

- Vou tomar água. – disse singela.

- Vou com você. Sebastian não quer você vagando por aí sozinha. – ele disse e contive o sorriso.

- Tudo bem. Pode ir à frente, eu te acompanho. – respondi e ele passou na minha frente.

Enquanto ele caminhava na minha frente, eu ia pensando no que poderia fazer. Olhei para trás e já não dava para o outro segurança nos ver, calmamente peguei um vaso de flores que havia ali, era bastante pesado. Faria o segurança dormir por alguns minutinhos.

- Hey. – o chamei.

Ele virou para mim e taquei o vaso em sua cabeça, que se partiu em cinco pedaços. Logo o segurança caiu no chão desacordado. Rapidamente fui procurar em seus bolsos um celular, ele tinha que ter um. Quem não tem um celular hoje em dia? Eu que estava sendo prisioneira de um italiano filho da puta que se achava esperto. Ele vai ver só, quem é esperto nessa história. Agradeci a Deus por encontrar um celular, disquei os números da única pessoa que eu sabia de lá. Hugh Rurik, meu braço direito. Chamou até cair, eu estava aflita na esperança dele atender antes que aparecesse alguém no corredor e foderia com tudo. Chamou mais uma vez e ele finalmente atendeu.

- Hugh? – disse respirando fundo. - Мне нужна ваша помощь. (Eu preciso de sua ajuda.).

- Что случилось? (O que aconteceu?) – ele perguntou.

Tentei resumir ao máximo toda a história para ele. Hugh ficou surpreso, pois não desconfiava de nada. Então ele me contou sobre uma festa que teria amanhã, com certeza Sebastian iria. Hugh descobre tudo, o que ele quiser. E seria lá aonde eles iriam me resgatar, já que Justin não teve a inteligência de fazer isso. Em média, cem homens infiltrados iriam para a festa, caso precisasse, teria mais cem lá fora. É disso que eu estou falando, é da minha Máfia.

Ouvi um barulho vindo da escada, então deixei o celular no lugar e corri. Quando estava chegando perto do quarto, andei normalmente para que o outro segurança não suspeitasse de nada. Entrei no quarto e me joguei na cama. Não vejo a hora de chegar amanha e me ver longe disso tudo. Ah, e matar Sebastian. Justin tem que ter uns treinamentos com meus homens para aprender a ser mais esperto. Que saudades dele. Ele deve estar muito mal, eu também estou. Nunca fiquei tanto tempo longe do meu bebê, dos meus bebês.

- Cadê a vadia? – ouvi Sebastian dizer e logo estava dentro do quarto.

- O que você quer? – perguntei com raiva.

- Vagabunda, me diga o que você fez. – ele disse com ódio aproximando-se de mim.

- O que eu fiz? Não fiz nada! – disse.

- Ah não? O que meu segurança fazia desmaiado no chão?

- Você vai perguntar pra mim? Sei lá. – disse com desdém.

- PRA QUEM VOCÊ LIGOU, SUA PUTA?

Cacete Mellanie, porque não se lembrou de apagar a chamada? Fudeu agora.

- Pra ninguém. – respondi.

- Ah é? Então você vai apanhar até me contar. – ele disse tirando seu cinto.

- Não chega perto de mim! – disse me levantando da cama.

- QUEM VAI ME IMPEDIR? – ele esbravejou dando uma cintada em meu braço, que ardeu pra caralho.

- FILHO DA PUTA! EU DISSE PARA NÃO CHEGAR PERTO DE MIM! – gritei e parti pra cima dele.

Eu apanho, mais também vou bater. Cansei de ficar só levando pancada. Dei um chute em seu estômago, o fazendo se torcer para baixo e foi a deixa para que eu acertasse uma joelhada em seu queixo. Ele tombou para trás com a boca sangrando. Sebastian limpou a boca e me olhou com muito ódio. Sentimento correspondido. Ele aproximou-se de mim e fiquei parada analisando seus próximos passos, então ele envolveu seu cinto em meu pescoço, o apertando e me sufocando. Comecei a tossi sentindo o ar sumir dos meus pulmões.

- Se acha muito esperta, né sua prostituta de quinta. O Bieber deve ter te achado em um desses cabarés em beira de estrada. – ele disse rindo, seus dentes estavam vermelhos devido ao sangue.

Juntei todas as minhas forças, e consegui acertar um chute em seu pau. Rapidamente ele afrouxou o cinto curvando-se no chão. Massageei meu pescoço procurando algo para acertá-lo. Avistei outro vaso no outro lado da cama, Sebastian estava ajoelhado no chão gemendo de dor. Peguei o vaso e caminhei em direção a ele. Bem na hora a porta foi aberta, que droga. Nunca consigo conclui nada nessa porra.

- Solte agora ou atiro. – um dos seguranças disse com a arma apontada para mim.

- Eu já ia soltá-lo mesmo. – disse rindo ironicamente.

- Me tragam uma corda. O castigo vai ser diferente hoje. – Sebastian disse levantando-se lentamente.

- Qual é? Vai me castigar porque te dei uma surra? – perguntei dando risada.

- Calem a boca dessa vadia. – ele rosnou.

Um segurança veio e me segurou. Enquanto o outro tampava minha boca com fita engomada. Logo apareceu um com uma corda e entregou para Sebastian. Fechei os olhos sentindo a corda bater em minhas coxas. Sebastian reversava entre a corda e os murros. Eu não conseguia chorar com tanta dor que eu estava sentindo. A sessão de tortura durou praticamente uma hora. Depois eles saíram do quarto, me deixando jogada no chão. As marcas da corda em minha pele estavam agora inchadas e ardendo como se fosse uma queimadura. Minutos depois consegui soltar as lágrimas que estavam presas, elas desciam queimando pelas minhas bochechas que estavam doloridas de tantos tapas que recebi.

Só Deus sabe o quanto apanhei hoje. E só ele sabe, o quanto eles vão se arrepender por isso.

(...)

Não acordei tão diferente de como eu dormi. Me levantei reclamando de dor e fui para o banheiro, onde quase não reconheci meu corpo. Não tinha um lugar se quer que não esteja marcado pela corda. Decidi tomar um banho, e não foi uma decisão muito inteligente porque tudo ardeu, me fazendo gemer ainda mais de dor. Mais um banho era necessário para tentar sobreviver até a noite. Coloquei um vestido, o menos apertado. Sebastian mandou só vestidos para eu vestir e todos era estilo puta. Não tinha um short e uma blusa se quer. Ou usava, ou andava nua. Fui até o banheiro em busca de alguma pomada ou qualquer coisa para cuidar dos machucados, mais não tinha nada. Então fui deitar. A empregada veio deixar o almoço no quarto porque Sebastian não queria que eu pusesse os pés fora do mesmo. E deixou uma caixa. Terminei de comer e fui ver o que era na caixa. Não era de se esperar algo diferente, era um vestido extremamente vulgar, saltos e um recado do Sebastian.

Esteja pronta às 8:00, querida. Hoje será uma grande noite.

                                                Sebastian Matarazzo.

Amassei o papel e joguei no chão. Ridículo. Claro que será uma grande noite, palhaço. Contei os minutos até escurecer. Quando o relógio do criado mudo marcou sete horas da noite, fui tomar meu banho. Outro sofrimento devido aos machucados. Nem molhei o cabelo, porque não tinha secador nem nada. Bufei, vesti uma calcinha e peguei o vestido. Pelo menos ele foi inteligente em escolher um de mangas compridas pra esconder as marcas que ele deixou em meu braço. Coloquei o vestido e me olhei no espelho. Agora sim eu estava com cara de puta. Calcei o salto preto e fui me maquiar, Vick não ficou muito feliz em me doar a maquiagem dela. Marquei bem os olhos e passei um batom vermelho. Minha maquiagem foi caprichada para esconder as marcas dos dedos do Sebastian em meu rosto. Alguém bateu na porta, era a empregada.

- O Senhor Sebastian está te aguardando lá em baixo, senhorita. – ela respondeu.

- Já estou descendo. – disse terminando de me olhar no espelho.

Respirei fundo e finalmente saí do quarto. Me manter naquele salto, com dores no corpo, não estava sendo nada fácil. Cada passo, eu dava um gemido interno. Finalmente cheguei à sala, Vick já estava toda arrumada juntamente com seu pai. Ela me olhou com nojo e fiz pouco caso.

- Uau! O vestido caiu bem em você. – Sebastian disse. – Mais para complementar, olha o que tenho aqui. – ele disse abrindo uma caixa e tirando uma espécie de gargantilha.

Mas não era uma tradicional. Era uma mais grossa, e toda preta. Sem designer nenhum e muito menos pedras preciosas. Parecia mais uma coleira. Sebastian parou atrás de mim e prendeu em meu pescoço.

- Cubra com o tecido do vestido, ninguém precisa saber que tem uma mini bomba em volta do seu pescoço. – ele riu juntamente com a Vick.

- O quê? – perguntei perplexa.

- É bem simples querida. Se você tentar fugir naquela festa, ou tentar qualquer coisa que prejudique a minha imagem, está vendo esse botão? – ele perguntou mostrando um controle médio. – Ele vai ser apertado imediatamente e a sua cabeça vai pelos ares. – ele disse divertido.

- Eu não acredito nisso. – disse.

- Então tenta pra ver o que acontece com você. – ele disse rindo. – Você se acha esperta, mais não sabe que eu sou mais esperto do que você. Agora vamos deixar de conversa e ir curtir a noite.

Mil vezes maldito. Ele só podia estar de onda com a minha cara. Mais eu sei que ele não estava mentindo, e o meu maior medo agora era dele apertar aquele maldito botão. Aí sim, seria o meu fim. O caminho foi um pouco longo, mais logo chegamos ao lugar do evento, que não deixava de ser uma festa. Estava muito lotado. Saímos do carro e Sebastian pegou na minha mão, puxei imediatamente.

- Esqueceu-se do que está preso em seu pescoço querida? Deixa de fazer cu doce e se comporte. – ele disse pegando novamente em minha mão, mais dessa vez eu deixei.

Vick estava do lado do seu pai, fomos caminhando até a entrada e todos me olhavam. Não sei o que se passava na mente deles. Será que eles me reconheceram? Meu Deus, levaria nome de puta pelo resto da vida. Engoli a seco e continuei andando, Sebastian cumprimentava todos com um imenso sorriso no rosto e me fazia ser simpática também, me lembrando a todo o momento que ele podia simplesmente apertar o botão e acabar com a minha vida. Que ódio desse filho do capeta.

Sebastian foi parado por um homem. Eles pareciam ser velhos amigos. A puta da Vick já tinha sumido.

- Essa não é a garota do Bieber? – o homem perguntou me olhando e mordendo os lábios.

Eu sou, filho da puta. É cego?

- Não, é a minha garota. – Sebastian disse e os dois riram.

Patéticos. Não sei o que mais chamava a atenção. Eu estando com Sebastian ou o vestido extremamente vulgar que eu estava usando. Olhei para todos os lados, a procura dos meus homens, Hugh disse que todos estariam com gravatas borboletas, então olhei procurando por ali, a cada um que eu encontrava eles faziam gestos com a cabeça para baixo, confirmando que eram eles. Então, me sentia mais segura.

Justin’s POV

Por insistência dos garotos, iriamos para uma festa de magnatas. Tínhamos começado as buscas em Roma, mais não tínhamos encontrado nada, e isso, me deixava frustrado. Não é possível que eu tenha que andar pelo mundo todo em busca da Mellanie. Já tínhamos chegado há um bom tempo naquela droga de festa. Só tinha velhos italianos fumando seus charutos por todos os lugares. Fiquei juntamente com os garotos um pouco afastados da movimentação, tomando alguns drinques e observando tudo. Tinha muita gente naquela festa. Passei meu olhar por ali e juro ter visto a Mellanie. Voltei a olhar e não vi mais nada.

- Vocês não viram? – perguntei aos garotos.

- O quê, cara? – Chris perguntou.

- A Mellanie. Eu a vi ali. – disse apontando.

- Justin, aqui seria o último lugar onde a Mellanie estaria. – Chaz disse.

Ele tem razão. Estou tão obcecado em encontrá-la que eu estou a vendo em todos os lugares. Bufei e entreguei minha bebida para ele.

- Pra onde vai? – Ryan perguntou.

- Dar uma volta. Daqui a pouco estou enxergando Mellanie em todas as mulheres. – disse me distanciando.

Aqui não era exatamente um lugar de eventos. Era uma grande mansão, que eu não tenho noção de quem seja o dono. Fui andando devagar, apenas observando o local, encontrei um corredor extenso e fui andando pelo o mesmo. Me senti sendo vigiado, olhei para trás e não tinha ninguém. Só posso estar ficando louco. Apressei o passo, e abri a primeira porta que vi, deixando a porta aberta. Não, eu não estava ficando louco. Tinha alguém me perseguindo. Ouvi o barulho dos saltos colidindo com o chão, era uma mulher e ela vinha em passos calmos. Se ela estava me procurando, ela iria me achar. Deixei que se aproximasse mais, e rapidamente a puxei colocando a mão em sua boca, a encostando na parede. E eu paralisei vendo quem era. Sua respiração estava descompassada, enquanto ela olhava em meus olhos.

- M-Mellanie? – disse abismado fitando seus lindos, devo ressaltar, olhos azuis. 

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Continua?

Obrigada por todos os comentários!

Oi Lifes. Eita que capítulo em!

Bem que eu disse que seria melhor e o próximo, com certeza, será melhor ainda HAHAHAHA.

Me falem o que acharam desse capítulo nos comentários, a opinião de vocês é super importante para mim.

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Então Kim, ganhei a aposta, só o que resta é você CAIR DE BOCA.
 Meus parabéns vadia do Tony, texto no Wpp. ♥

Comentem bastante vadias da minha vida.
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É isso, amooooo vocês ♥