Fanfics - Justin Bieber

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Dangerous Life 2° - Capítulo 36 - Jealous

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Eu estava me arrumando para ir para o casamento contra a minha vontade. Dei um jeito de me manter logo de casa a tarde toda, fui ao shopping com o Jason, aproveitei para comprar o vestido para o bendito casamento que nem os noivos eu conheço. Terminei de calçar meu salto preto, eu estava com um vestido longo, vermelho. Eu me apaixonei por ele. Dei um toque final no cabelo e na maquiagem, Jack estava dando comida ao Jason. Aliás, eu estava me arrumando no quarto dele. Estou quase me mudando para cá, praticamente.

- Você está perfeita. – Jack comentou.

- Imagina. – disse sorrindo e olhando o relógio. Exatamente 20:10, Justin já deve estar puto com esse atraso de dez minutos. Tudo pra ele é motivo de briga agora. – Já vou indo. – dei um beijinho no Jason, que melou a sua bochecha de batom. Ele passou a mão na mesma limpando e dei risada. – Se comporte ok?

- Sim. – ele respondeu e balançou a cabeça negativamente. Todo palhacinho.

Dei risada e sai desejando boa noite para os dois. Espero que a minha seja pelo menos agradável. Fui caminhando pelo corredor devagar, vai que a calda do vestido enganche no salto, ai eu me lasco de vez. Cheguei à escada e fui descendo devagar, já na metade da escada avistei Justin. Seu topete impecável chegava a brilhar, ele trajava um blazer preto com uma blusa bege por baixo, a calça na mesma cor que o blazer. Incrivelmente lindo. Suspirei.

Justin’s POV

Eu estou muito puto com a Mellanie. Ao extremo. A minha vontade é de bater tanto naquela vadia mentirosa, mais não farei isso. Porque uma surra só vai doer naquela hora e vai ficar apenas uns hematomas, e eu não quero isso. Quero que ela sofra por mais alguns dias. Eu me senti traído por ela não ter me contado algo de tamanha importância. Caralho, a mulher que eu sou casado é a Presidente da Máfia Russa. Quando que eu poderia imaginar uma coisa assim? Nunca na vida. Eu acreditei mesmo naquela historinha de ter conseguido todo o patrimônio dela com drogas e as boates. Como fui tolo.

Mas é claro Justin, óbvio que tinha alguma coisa errada quando a dívida do meu pai foi perdoada. Meu pai tinha uma enorme dívida com a Máfia Russa e ele nunca conseguiu pagar, e eu não estava disposto a perder metade da minha fortuna pagando essa dívida. Daí vem o meu ódio daqueles russos de merda, eles sempre ficavam nos chantageando se não pagássemos. Então quando comecei a me envolver com a Mellanie pra valer, descobrimos que a dívida foi simplesmente perdoada. Como era possível? Cafetões não perdoam simplesmente uma dívida enorme como era a do meu pai. Agora tudo se encaixa, tudo. Como fui burro! Era a Mellanie por detrás disso tudo, mais essa vagabunda vai me pagar. Ela mentiu e ninguém mente para mim.

Terminei de me arrumar e desci pra esperá-la na sala. Já que ela nem dorme e nem se arruma no nosso quarto. Melhor assim. Encontrei meu pai na sala, e falei de como as coisas se encaixavam agora. Pensei que ele iria xingar a Mellanie, mais ele apenas disse que depois iria agradecê-la por ter perdoado a dívida. Francamente. Olhei no relógio e ela já estava atrasada dez minutos, cacete de mulher pra demorar a se arrumar.

- Quando chegarmos lá, o casamento deve ter acabado. – disse.

- Dez minutos não são nada. Sossega ai e não trate a Mellanie mal hoje. – meu pai disse e bufei.

- Vou tratá-la como ela merece. – respondi curto e grosso.

- Você não pode tratar sua mulher e mãe do seu filho assim. – ele disse.

- Até parece que você nunca tratou a minha mãe mal né. – retruquei. Ele não estava no direito de reclamar.

- Mas é diferente e... – ele cortou o assunto. – Lá vem ela. – apontou com a cabeça para a escada.

Me levantei e me virei olhando para a escada. Ela estava usando um vestido longo vermelho que ficou perfeito em contraste com a sua pele branca. Droga, tinha que ser logo um vestido vermelho? Eu fico louco com vestidos vermelhos. Não sei se ela fez isso pra me provocar ou estou imaginando coisas. Mellanie estava um pecado. Ela estava concentrada demais descendo as escadas para não correr o risco de rolar escada a baixo. A observei enquanto ela descia. Custava ter me falado a verdade? Se não fosse por isso, ia fodê-la com vontade hoje à noite. Eu rasgaria todo aquele vestido, ah como rasgaria e...

- Pronto. – ouvi Mellanie dizer me despertando dos meus pensamentos maliciosos.

- Estamos atrasados. – disse.

- Só dez minutos. – ela respondeu.

- Quinze agora. – disse olhando no relógio.

Ela revirou os olhos.

- Boa noite para vocês. – meu pai disse. – Aliás, você está linda Mellanie.

- Obrigada Jeremy. – ela sorriu fraco.

- Vamos! – disse.

Caminhei na frente e ela veio atrás na maior lerdeza do mundo.

- Quando chegarmos o casamento deve ter acabado. – reclamei abrindo a porta do meu carro.

- Como se eu me importasse. – ela disse dando de ombros.

- Mais eu me importo, entra logo. – mandei rude.

Ela entrou no carro e bateu a porta com força.

- Vai quebrar? – perguntei ligando o carro.

Esperei que ela respondesse. Mais ela respirou fundo e ignorou. Estava esperando ela me xingar em Russo, ela não seria louca, eu quebraria os dentes dela. Repugno os Russos. E vai ser sempre assim.

Mellanie’s POV

Fui calada o caminho todo enquanto olhava para a rua. Mal conseguia ver o que acontecia porque Justin dirigia em uma velocidade absurda. Ele estava fazendo isso para chamar minha atenção, mas não dou à mínima. Ele estava fazendo de tudo para eu perder a linha e discutir com ele, também não farei isso. Chegamos a uma mansão, que aconteceria o casamento. Bandido nunca quer casar em Igreja, já prestei atenção nisso. Seria muito pecado. O porteiro autorizou a entrada, as vagas já estavam reservadas, cada uma com um nome, que bonitinho. Justin estacionou na sua vaga, desci logo do carro e ele desceu em seguida acionando o alarme.

- Quero que sorria como se fôssemos o casal mais feliz do mundo. – Justin disse enojado das suas próprias palavras e pegando na minha mão.

Ele estava com nojo de mim? Soltei da sua mão.

- Como se fosse verdade. – disse com raiva.

- Você já está acostumada a mentir. Uma mentira a mais ou a menos não vai fazer diferença. – ele disse rindo sarcástico.

Primeira grosseria da noite. Vou contar.

- Para com isso! – disse o olhando, ele pegou em minha mão e começou a andar, me arrastando.

- Que foi? Só disse a verdade. Eu gosto de ser verdadeiro com as pessoas, já você né? – ele deu risada.

Segunda grosseria, e mal chegamos.

 - Vai continuar me insultando? Porque se for, eu vou para casa.

- Para de drama e comece a sorrir. Já notaram nossa presença aqui. – Justin disse sorrindo para frente, que falso da porra.

Não vou sorrir porcaria nenhuma. Que se foda, eu não vivo de aparências. Fomos logo para onde aconteceria a cerimônia, seria no jardim. Estava tudo muito arrumado, as cadeiras organizadas em fileiras e lindos arranjos. Tinha uma boa quantidade de pessoas. Sentei no meio com o Justin, enquanto algumas pessoas sentavam-se também. Outras chegavam já me olhando e comentando. Qual o problema desse pessoal? Que merda.
Casamentos geralmente são lindos e legais, mais eu estava rezando pra ir logo embora. A cerimônia já tinha acabado e agora seria a festa, dentro da mansão e claro que Justin queria ficar. Antes de entrarmos, uns quatro homens nos pararam cumprimentando Justin e depois a mim, devem ser conhecido dele.

- Grande Bieber! Nunca iriamos imaginar que você fosse casado com a Presidente da Máfia Russa. – um deles disse. Como as notícias correm rápido, e droga, ele tinha que tocar nesse assunto.

- Não é incrível? – Justin disse sorrindo. O sorriso quase rasgava suas bochechas. Repito, falso do caralho.

- Nós que perguntamos. – um disse rindo. – Vocês é o casal mais poderoso no mundo do crime. Não te deixa orgulhoso, cara?

- Não imagina o quanto. – Justin respondeu ainda sorrindo. – Além de linda, a minha mulher é inteligente. Sabe muito bem esconder as coisas. – ele me olhou e forcei um sorriso. Estava demorando pra ele implicar.

- Sabe mesmo. Isso explodiu como uma bomba aqui em Los Angeles. – o outro disse. – Não posso deixar de parabenizá-la, a Máfia Russa é uma grande potência.

- Claro, eu sou a presidente. – disse firme o olhando. – Se quiserem me alcançar, vão ter que ralar muito. – olhei diretamente para Justin. Ele apertou minha cintura com força. Eu também gosto de brincar Bieber.

- Ainda estou meio besta com isso. Em saber que a Máfia Russa é dirigida por uma mulher. E que mulher! – o quarto homem disse me olhando de cima a baixo.

Justin rapidamente o fuzilou com o olhar, deixando o pobre homem amedrontado. Oh, ele sentiu ciúmes.

- Definitivamente não somos o sexo frágil. A única diferença é que vocês têm um pau entre as pernas e nós mulheres não. Fora isso, é igual pra igual. – respondi e eles riram. Qual a graça?

- A cada dia que passa estamos mais cientes disso. – o primeiro homem disse. – Você sabe que meio mundo odeia a Máfia Russa, você não se sente amedrontada com isso? Já odiavam antes mesmo de saber quem estava por trás, e agora já sabem.

- Não. Eu dou risada na cara da morte. – ri. – Se no primeiro ano não me mataram, agora que não vão conseguir. Estamos falando da Máfia Russa, não de uma Máfia qualquer, não de uma Máfia que está nascendo aqui em Los Angeles. – olhei para Justin, segura mais essa indireta bebê. – Eu que mando lá, não é atoa que sou a Dama do Tráfico.

Comecei a gostar dessa conversa, enquanto Justin já estava puto.

- O papo tá legal, mais vamos entrar agora. – Justin disse pegando em minha mão e me puxando para dentro da mansão.

Acenei para os quatro homens, eles acenaram de volta.

- Se você vier com papo de Máfia Russa de novo, você vai se arrepender Mellanie. – Justin me ameaçou.

- Qual foi? Não disse nada demais. Sabe o porquê da sua revolta? É ego machucado Justin, você não consegue aceitar que a sua mulher é foda. Que a sua mulher manda e desmanda na Rússia. Que a sua mulher ocupa um cargo que muita gente queria ocupar. Que a sua mulher ocupa um cargo que você queria ter. – disse o olhando e Justin aproximou-se de mim com ódio nos olhos.

- Cala a droga dessa boca. Eu nunca vou querer ocupar aquele cargo, eu quero que a Rússia se exploda. E no caso se você estiver lá, que exploda também. – ele disse e segurou em meu queixo com força, ele me olhava intensamente, tão perto que eu sentia sua respiração bater em meu rosto. – Não abra mais a boca pra falar uma merda dessa ou quer que eu te dê uma surra no meio de todo mundo? Aproveita bem muito essa tua majestade, porque um dia todo o seu reino vai desmoronar e eu vou estar lá, rindo da sua cara.

Quando ele terminou de falar, senti uma vontade enorme de chorar. Por que ele tem que me dizer essas coisas horríveis? Por quê?

- Justin e Mellanie! – ouvi nos chamar.

Para amenizar a situação, Justin selou meus lábios rapidamente como se não tivesse acontecido nada segundos atrás. Filho da puta. Não chore Mellanie. Me virei e eram os noivos que nos chamava, Jorge e Lilian se eu não me engano.

- Jorge, meus parabéns cara. – Justin disse apertando sua mão e sorrindo.

- Obrigado Bieber, fico feliz que vocês tenham vindo. Ainda mais agora que ficamos sabendo o quanto a sua mulher é importante e deve ser muito ocupada. – Jorge disse me olhando e forcei um sorriso.

Ah claro, sou bastante ocupada. Passei esses dias todos assistindo desenhos com o Jason.

- Imagina. – Justin respondeu.

Ele não quer que eu toque no assunto, mais todos aqui fazem questão de falar sobre isso.

- Felicidades. – disse tentando ser simpática. Eles não tinham culpa por meu casamento estar uma merda. – E boa sorte, não é nada fácil vida de casado.

- Mas pra vocês deve ser, estão sempre de bem. – Lillian comentou e me segurei para não rir.

Sim, estamos sempre de bem. Tipo agora.

- Aproveitem a festa, vamos cumprimentar os outros convidados. – Jorge disse.

- Pode deixar. – Justin respondeu e eles se afastaram. – Vou falar com alguns compradores, vai ficar aí?

- Vou. – respondi.

- Se você for embora... - ele começou com a ameaça.

- Eu não vou, que saco. Só vou sentar. – disse estressada.

Justin me olhou e deu as costas. Fui me sentar em uma espécie de divã que tinha ali. Em cada canto do salão de festa tinha uns espalhados. Devem ser para as pessoas se pegarem. Logo a musica começou a tocar e aquele ambiente encher de pessoas. De onde eu estava dava para ver perfeitamente bem o Justin conversando com uns homens, peguei um drink que o garçom estava servindo e fiquei bebericando em um intenso tédio. Estava em uma longa de troca de olhares com as pessoas que passavam e até mesmo a que estavam no meio do salão. Elas me olhavam e eu olhava para elas. Superinteressante. Voltei a olhar para onde o Justin estava, e me deparei com umas cinco vadias rondando ele e os outros homens. E ele é tão filho da puta que estava dando atenção e dando beijinhos no rosto de cada uma, porque ele sabia que eu estava olhando. Fiquei com vontade de me levantar e acabar com aquele showzinho, mais era isso que ele queria. E eu não vou fazer suas vontades. Logo as vadias saíram de lá dando tchauzinho e Justin retribuiu mordendo os lábios. Cachorro do caralho.

Mudei a direção do meu olhar. Não queria ficar vendo suas provocações. Mas não tinha jeito, sempre me pegava olhando para lá e sempre tinha uma vadia conversando com ele. Espera, aquela é a mão dele na bunda dela? Mas isso já passou dos limites. Me levantei e sai do salão indo para o jardim, não tinha quase ninguém lá. Estavam todos aproveitando a festa. Me sentei em uma das mesas e comecei a chorar de raiva. Aposto que ele estava fazendo aquela encenação para eu ir lá e fazer um barraco. Mas eu não vou fazer isso, ele que se foda. Que raiva do Justin.

- Mellanie? – ouvi me chamarem.

Levantei meu olhar e fiquei surpresa em vê-lo ali.

- Adam? – disse me levantando e passando rapidamente a mão nas bochechas limpando as lágrimas.

- Por que está aqui chorando? – ele perguntou e veio me abraçar, foi onde eu chorei ainda mais.

- Porque o Justin é um idiota. – disse entre o choro.

- Fica calma. – ele dizia fazendo carinho em meus cabelos. – Não quer me contar o que houve? – assenti com a cabeça e me separei do abraço. – Senta ai, vou buscar uma água.
Me sentei e logo Adam voltou com o copo d’agua com gelo. Tomei um pouco e funguei começando a contar toda a história que contei para o Justin. No final, Adam estava boquiaberto.

- Além de ele ficar me falando coisas horríveis quando tem oportunidade, resolveu me fazer ciúmes. Você não acha que é demais, Adam? Aquele filho da puta sabe que eu morro de ciúmes dele. – disse me contendo para não chorar de novo.

- Wow! – Adam soltou o ar. – Realmente foi uma surpresa para todo mundo saber que você era a Presidente da Máfia Russa, que danadinha em. – ele disse brincando e ri fraco. – Mas como você mesma disse, você não podia contar e o Justin deveria entender e te apoiar. Ele está sendo muito idiota com você. Vocês são casados e um tem que estar do lado do outro independente de qualquer coisa.

- A Lilly também resolveu jogar algumas coisas na minha cara. Ela e a Caitlin não trabalha mais comigo. Todo mundo está me odiando. – choraminguei.

- Caramba! – ele disse surpreso. – Eu pensei que elas fossem te apoiar.

- Eu também pensei, mais elas me deram as costas. Eu já esperava isso do Justin, mais delas jamais. E agora to aqui chorando porque minha vida é uma merda.

- Calma, não fica assim. As coisas vão se ajeitar e quando você menos perceber elas vão falar com você. E quanto ao Justin também. Eles estão magoados, dá um tempo.

- É porque você não ouve o que o Justin fala comigo. – comecei a chorar de novo.

- Hey, não chore. – Adam disse segurando em minhas mãos e fazendo carinho.

- Que putaria é essa? – ouvi a voz de Justin e levantei a cabeça.

Ele estava irritado, era visível.

- Nós só estávamos conversando. – Adam respondeu levantando-se.

- Dane-se que estavam conversando. – Justin disse arrogante. – Quantas vezes eu já disse para você não chegar perto desse cara, Mellanie? – ele disse olhando para mim.

- Olha aqui cara, eu só estava conversando com a sua mulher enquanto você estava fazendo um showzinho ridículo para fazer ciúmes a Mellanie. Ela não deve chegar perto de mim por quê? Está com medo que ela canse de ser humilhada por você e fique comigo? – Adam disse e arregalei os olhos. Isso vai dar merda.

Rapidamente Justin fechou o punho e deu dois socos no rosto do Adam, o fazendo cair no chão. Me levantei rápido me colocando na frente do Adam, impedindo que Justin fosse para cima dele.

- Eu sei Bieber, você não aguenta ouvir a verdade. – Adam disse no chão com a boca sangrando. Fica calado que é melhor.

- SAI DA FRENTE PORRA! – Justin gritou. – VOU FAZER ESSE MERDA ENGOLIR O QUE ELE DISSE.

- PARA COM ISSO! – disse o empurrando. – Que bosta. Vai lá se esfregar nas tuas putas, não era isso que estava fazendo?

- Por isso que veio atrás de outro? Cada dia mais você me surpreende. – Justin disse irônico.

- PARA DE ME OFENDER CARALHO. VOCÊ NÃO CANSA NÃO? – gritei. Justin estava roubando toda a minha paciência.

Me virei e fui ver se Adam estava bem. A boca dele sangrava.

- Tá vendo o que você fez seu idiota? – disse olhando para Justin.

- Iria fazer pior. – Justin disse orgulhoso. – Vem cá. – ele ordenou.

- Eu não sou sua cachorra que vai correndo quando você chama. – disse entredentes.

- Mais é MINHA mulher e vai fazer o que eu estou mandando. – ele deu ênfase no minha fuzilando Adam.

- Adam, você está bem? – perguntei ignorando o Justin.

- Relaxa, está tudo bem. Eu que provoquei, vai lá com ele. – ele disse e o ajudei a levantar.

- Você não quer ajuda? – perguntei.

- Vai continuar com a palhaçada? – Justin perguntou.

- Não, vou ao banheiro e dou um jeito nisso. – Adam respondeu.

- Me desculpe por isso. – sussurrei.

- Vamos Mellanie! – Justin insistiu.

Adam sorriu de lado e me distanciei dele. Justin ia caminhando na frente pisando firme, se ele estava assim imagine eu. Adam estava me ajudando e ele bateu nele sem mais nem menos. Ok, o Adam provocou mais o Justin estava merecendo ouvir aquilo. Ele destravou o carro e entramos, tirei os saltos e ele ligou o carro.

- O que pensou que estava fazendo? – Justin me perguntou enquanto saia da mansão.

- Eu não estava fazendo nada. – respondi olhando para frente.

Justin reversava seu olhar entre a estrada e eu.

- Como não? Você estava no maior papo com o Adam na festa. – ele disse irritado.

- Pelo menos eu só estava conversando com ele. Já você fazia questão de passar a mão naquelas putas. – respondi no mesmo tom.

- Eu? Você vê coisas onde não tem. – ele disse cínico.

- Ah claro que não. Fez aquela cena toda pensando que eu ia tirar satisfações, pois você estava redondamente enganado. – cruzei os braços.

- Deixa de ser ridícula, eu não ia perder meu tempo fazendo ciúmes em você.

- Você que é ridículo. Bateu no Adam porque não sabe ouvir a verdade.

- Qual verdade?

- Que você tem medo que eu fique com ele. – respondi e Justin começou a rir.

- Até parece que você teria coragem de me deixar. – ele riu debochado e fiquei calada.

Justin parou em um sinal e me olhou.

- O que foi? O gato comeu a sua língua? – ele provocou.

- Amanhã vou ver como o Adam está. – disse.

- Tá falando isso pra me deixar com ciúmes?

- Não, eu estou falando isso porque eu realmente vou. – respondi.

- Você não vai a lugar nenhum. – ele disse e pisou fundo quando o sinal abriu.

- Eu não estou pedindo a você.

- Você não vai e não enche a porra do meu saco que a minha paciência com você está quase acabando.

- Ele estava só conversando comigo e você bateu nele sem motivo nenhum. Ele é meu amigo e vou ver como ele está.

- Quer saber? Vai porra! Vai pra onde você quiser, aproveita e vai para o inferno também, ou melhor, vai para a Rússia de onde você nunca deveria ter saído.

Fiquei estática dirigindo tudo o que ele havia falado. Olhei para o lado, vendo a movimentação na rua e logo senti algumas lágrimas descer. Ele tinha razão, eu nunca deveria ter saído da Rússia. Nem deveria ter começado aquele maldito plano de me vingar dele, e agora estou aqui sendo humilhada por ele. O pior de tudo é que eu o amo e ele insiste em me machucar. Fui o caminho todo choramingando, Justin estacionou na garagem, peguei meus saltos e saí do carro entrando logo em casa. Segurei na calda do meu vestido e subi aquelas escadas rapidamente, entrei no meu quarto e fui em direção ao banheiro. Entrei no mesmo e tranquei a porta, me sentei no chão e deixei que minhas lágrimas caíssem sem nenhum pudor.

Não sei por quanto tempo fiquei no banheiro chorando. Chorei até ter a certeza de que aquelas seriam as minhas últimas lágrimas. Eu não iria mais chorar por nenhum insulto vindo do Justin. Deixa ele falar o que quiser, um dia ele vai cansar, caso não, eu que vou me cansar disso tudo. Me levantei do chão e tirei o vestido, depois minhas peças intimas, me olhei no espelho e estava uma desgraça total. Maquiagem toda borrada e o nariz da cor de um tomate. Amarrei o cabelo e fui para o chuveiro, demorei pouco tempo, com o tanto que chorei deve ter lavado até a minha alma. Me enrolei em um roupão e agora a pior parte vinha, ter que olhar para a cara do Justin. Era nítido que eu estava chorando e ele iria ficar feliz em saber que era por ele. Respirei fundo e destranquei a porta saindo do banheiro, me deparei com Justin brincando com o Jason na cama. Ele deveria estar dormindo.

- Mamãe. – Jason disse a me ver, Justin direcionou seu olhar para mim. – Tava xolanu?

- Não amor, foi o shampoo que caiu no meu olho. – respondi.

E o óscar de melhor resposta elaborada para não dizer que estava chorando vai para Mellanie. Obrigada a todos.

- Vem. – ele chamou.

- Vou vestir uma roupa, já volto. – disse e fui para o closet.

Vesti uma calcinha e um baby doll. Calcei um chinelo e fui para onde eles estavam. Justin estava na ponta, Jason no meio e eu na outra ponta. Justin estava calado olhando para a TV, devo ressaltar que ele estava de boxer, somente.

- Vamos dormir, Jason. – disse.

- Aqui, mamãe. – ele respondeu.

- Aqui não, no seu quarto.

- Naum, quelo aqui. – ele rebateu.

- Tá ok. – suspirei convencida.

O clima estava muito pesado entre mim e o Justin. Ele mudava todos os canais sem parar em nenhum, olhei para Jason que já estava ficando sonolento. Justin se cansou e desligou a TV, apagando as luzes e mexendo no celular. Fiquei longos minutos encarando o teto esperando o Jason dormir, ele queria dormir aqui, mas eu não. Assim que notei que ele estava em um sono profundo, me levantei e caminhei em direção à porta.

- Pra onde vai? – ele perguntou.

- Dormir no quarto do Jason. Eu não quero que você continue dormindo com uma desconhecida. – disse e saí do quarto sem esperar sua resposta.

Ele mesmo disse que eu era uma desconhecida, pois bem, que assim seja.


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

Oooooi Lifes!
Adam mal voltou e já apanhou do Justin revoltado feat enciumado. 
Mellanie lacradora, stay strong. 
Nem preciso dizer que amei os comentários, todos lindos e maravilhosos.
NÃO DEIXEM DE COMENTAR!

We heart it

A tag de hoooooooooje: 
#JustinSemPpkaDaMel 
QUERO O BONDE TODO USANDO!

Meu snap: srta_andrade e o Whats eu mando pelo twitter, peçam lá.
Um beijo para o grupo mais badalado de toda a história do Wpp : DL ♥ 

Amo vocês, adios! ♥ 

terça-feira, 21 de julho de 2015

Dangerous Life 2° - Capítulo 35 - All bad

138 comentários | |



Depois que conversei com meus homens, consegui alugar um jato para voltar para Los Angeles na mesma noite. Me despedi do meu pessoal e os avisei que logo iria visitá-los, em seguida segui viagem para Los Angeles. Eu estava acabada, só queria minha cama e dormi por um mês seguido para não ter que enfrentar Justin. Assim que pisei em solo californiano, era exatamente nove horas da manhã e eu ainda estava vestida com aquele vestido da festa.


- Bem vinda, senhora. – um dos meus seguranças disse.

Assenti com a cabeça e peguei a chave da minha BMW que estava em sua mão. Dirigi até a mansão Bieber com carros me escoltando atrás, os porteiros ficaram surpresos em me ver ali, e logo abriram o enorme portão. Passei pelo mesmo e estacionei na garagem, suspirei ao sair do carro. Eu estava em estado tão deplorável, tanto físico como emocional, meus saltos eu tinha perdido há muito tempo no meio daquela confusão. Assim que cheguei à sala, avistei Jazmyn, Jeremy e Pattie conversando na sala.

- Mellanie! – Jazmyn disse ao ver me ver. Ela levantou-se e pulou em cima de mim, me sufocando em um abraço.

- Ai Jazzy. – reclamei devido aos meus machucados.

- Nós estávamos tão preocupados com você. Graças a Deus você está em casa. – ela disse separando o abraço. – Você tá bem?

- Eu vou ficar. – sorri fraco. – E o Jason? – perguntei.

- Jack está dando banho nele. – Pattie respondeu. – Que bom que está de volta, querida. – ela levantou-se e me abraçou.

Estranhei sua ação mais correspondi o abraço.

- Justin estava nos deixando loucos já. – ela completou. – Estranhei você não ter vindo com ele.

- Ele está puto comigo. – disse.

- Por quê? – ela perguntou.

- Porque você está falando com a Presidente da Máfia Russa, Pattie. – Jeremy disse me olhando.

Pattie olhou para ele e em seguida para mim.

- Isso é sério? – ela perguntou e assenti a cabeça mordendo o lábio inferior.

- Eu não contei para ele. Aliás, para ninguém. – respondi.

- Caramba! – Pattie exclamou. – Mas se não contou, você deve ter tido seus motivos. – ela disse sendo compreensiva.

Acho que durante esses dias fora, fizeram uma lavagem cerebral na cabeça da Pattie.

- Eu tive meus motivos. Difícil é ele acreditar.

- Vocês sempre se resolvem, não fique preocupada com isso. – ela continuou.

- Também acho. Justin é cabeça dura, mais logo vai ceder. – Jeremy disse levantando-se.

- Vocês não estão bravos comigo? – perguntei receosa.

- Não. Concordo com a Pattie. Se você escondeu algo tão importante assim é porque teve seus motivos e não podemos ir contra isso. – Jeremy respondeu e me abraçou. – Estou feliz por estar de volta. – ele beijou minha testa.

- Obrigada. – sorri separando do abraço. – Falando nisso, onde o Justin está?

- No escritório. Ele está enfurnado lá desde cedo. – Jazzy disse.

- Ok. Eu vou tomar um banho.

- Não vai comer nada? – Pattie perguntou.

- Não me entra nada agora, depois eu como uma coisinha. – disse subindo as escadas.

Passei a mão no corrimão enquanto subia. Eu estava com saudades daqui. Fui direto para o meu quarto, não quero que Jason me veja nesse estado. Entrei e senti o perfume de Justin invadir minhas narinas, suspirei me aproximando da nossa cama. Peguei um travesseiro e abracei, estava com o cheiro dele. Tudo aqui, aliás. Respirei fundo e me levantei indo para o banheiro, me despi e me olhei no espelho. Espero que essas marcas sumam daqui a alguns dias. Que raiva do Sebastian, aquele filho da puta tinha que abrir a boca e fuder com tudo. Talvez em um futuro próximo eu contasse tudo para o Justin, mais agora não era o momento certo. E nem da forma como foi contada.

Tomei um longo e merecido banho, mais não prolonguei tanto porque queria ver meu bebê. Fui até meu closet e peguei uma lingerie, a vestindo. Que saudades das minhas coisas. Coloquei um vestido soltinho, penteei meus cabelos e calcei os chinelos. Saí do quarto e fui até o do Jason, abri a porta e ele estava na cama, concentrado olhando para a TV. Jack oferecia comida para ele, enquanto ele negava com a cabeça.

- Você tem que comer, amor. – disse e ele olhou para mim no mesmo instante.

- Mamãe! – ele disse sorrindo.

Me aproximei da cama e o peguei nos braços.

- Oi meu príncipe. Eu estava com tantas saudades de você. – murmurei sentindo meus olhos lacrimejarem.

Jason abraçava meu pescoço com força. O enchi de beijos.

- Vuxê voltô, mamãe. – ele disse.

- Voltei. – disse o olhando e soltei algumas lágrimas.

- Naum xola, naum. – ele disse passando suas mãozinhas em meu rosto.

- Ok, não vou chorar. – respirei fundo.

- Graças a Deus que a senhora voltou. Jason deu um trabalho e tanto. – Jack disse e ri fraco.

- Pode ir descansar, Jack. Daqui pra frente eu assumo. - disse colocando Jason na cama e pegando a salada de frutas que ele se recusava a comer.

- Se precisar de alguma coisa, me chame. – ela disse indo em direção à porta.

- Ok. – respondi e ela saiu. – Vamos comer agora. – disse sentando em sua cama.

- Ebaaa! – ele disse batendo palminhas, dei risada. Ele estava só fazendo charme com a Jack.

- Você é muito sacana, Jason. – disse rindo e dando uma colherada na boca dele.

Ele deu um sorrisinho enquanto mastigava. Fiz Jason comer toda a salada, depois me deitei com ele para assistir seus desenhos animados. Ele estava deitado em meu peito balançando os pezinhos pra lá e pra cá. Começou o Bob Esponja e Jason começou a cantarolar, dei boas risadas enquanto ele tentava acompanhar a letra da música. A porta foi aberta e por um momento pensei que fosse o Justin, mais era a Jazmyn.

- Justin quer conversar com você. – ela disse mordendo os lábios, até ela sabe que vem bomba por ai.

- Pode dar uma olhada no Jason? – perguntei me levantado e o deixando deitado.

- Claro. – ela sorriu aproximando-se. – Boa sorte.

- Vou precisar. – murmurei. - Comporte-se Jason.

Ele assentiu com a cabeça e ri fraco. Saí do quarto e caminhei em passos lentos até o escritório do Justin. Quando cheguei à porta, um arrepio correu por todo o meu corpo, respirei fundo mentalizando que tudo ficaria bem. Abri a porta e avistei Justin sentado em sua cadeira, a fumaça subia, provavelmente ele estava fumando. Ele quase nunca fuma na minha frente, ele sabe que eu odeio isso. Eu encostei a porta e comecei a caminhar até a sua mesa, Justin foi virando aos poucos a sua cadeira. Ele me fitou friamente com o cigarro entre os lábios, ele tragou o mesmo e depois soltou a fumaça lentamente.

- Justin... – ameacei falar.

- Eu quero que você me fale tudo e o porquê de ter me escondido essa merda, talvez eu te perdoe. – ele disse apagando seu cigarro no cinzeiro e me encarando.

Justin estava falando comigo como se eu fosse um dos seus piores inimigos. Ele agia com uma frieza enorme, isso estava me magoando.

- Eu tive meus motivos... – comecei a falar mais ele me cortou.

- Então fale a porra desses motivos. Espero que sejam convincentes. – ele uniu as mãos em cima da mesa.

- Depois que eu fugi da sua mansão, eu fui para uma balada, onde conheci o Yure, eu nem imaginava quem ele era. Mas a gente ficou conversando, e ele me contou sobre o que aconteceu com a sua esposa e a filha. Ela morreu de leucemia, e eu era muito parecida com ela. Soube que ele era Russo, então me convidou para conhecer o país dele, eu não ia aceitar porque eu nem conhecia o cara direito. Mas como ele não tinha tentado nada demais, eu aceitei.

- Deu o golpe no velho? – Justin riu sarcástico enquanto enchia seu copo com alguma bebida.

Ignorei seu comentário e continuei a história.

- Ele me tratou como se eu fosse filha dele, como nunca o Hugo tratou. Aí eu descobri que estava grávida de você, eu pensei que ele ia me chutar da casa dele, mais não, ele me acolheu e cuidou de mim. Antes de o Jason nascer, Yure se suicidou... – suspirei ao lembrar a cena. Ele em sua cadeira sem vida, com um tiro na testa. – Nunca entendi o porquê de ele ter se matado. Eu ia ficar sozinha, de novo. Então descobri que ele tinha deixado um testamento, passando tudo dele para mim e para o Jason, foi quando descobri que ele era o Presidente da Máfia Russa.

- Nossa que ingênua você. Passou esse tempo todo na casa do cara e não sabia que ele vivia na criminalidade? Continue que estou gostando dessa história patética. – Justin disse com desdém.

- No testamento dizia que a presidência seria minha e que eu não podia contar para ninguém, há não serem as pessoas envolvidas na Rússia. Tudo que eu sei, aprendi lá. Eles me ensinaram tudo. Eu não ganhei dinheiro vendendo drogas aqui em Los Angeles, aliás, eu nem precisava fazer isso. Só comecei aqui para derrubar você. Ia fazer você se arrepender por tudo o que me fez. Enquanto eu estava aqui tentando dar o golpe em você, eu mandava lá também. Mando até hoje. Mas ninguém sabia e isso não era para ser contado dessa forma. Eu ia te contar.

- MENTIROSA! – Justin bateu com força na mesa me assustando. – Você. – ele apontou o dedo na minha cara. – Não ia contar porra nenhuma. Se o Sebastian não tivesse contato, você estaria ainda me fazendo de trouxa.

- Justin, eu prometi que ninguém saberia. – disse.

- Prometeu para um morto? – ele riu debochado. – Por que não me contou, Mellanie? Por quê?

- Eu já disse o porquê, eu não podia caramba. – disse estressada.

- Podia sim, tanto podia como devia ter me contado. Essa merda ai no seu dedo serve para quê? Enfeite? – ele perguntou apontando para a minha aliança. – Saiba que a minha não serve de enfeite, eu não tenho nenhum segredo com você. Você sabe tudo sobre mim, tudo.

- Você tem que me entender. – murmurei encarando meus pés. Eu não ia chorar.

- Eu não quero te entender, Mellanie! – ele deu a volta em sua mesa e caminhou em minha direção. – Eu pensava que te conhecia, mais todo esse tempo eu tinha uma desconhecida em minha cama. – fechei os olhos com força impedindo minhas lágrimas cair, não adiantou nada. – Afinal, quem é você? – ele parou na minha frente e segurou em meu queixo me fazendo o olhar.

Ele queria me ver chorando. Queria me ver sofrendo. E conseguiu. Fiquei calada olhando para ele, deixando toda a minha vergonha na puta que pariu e sentindo minhas lágrimas rolar cada vez mais pelo meu rosto.

- Deixa que eu respondo. Você é uma mentirosa. Morou aqui por dois meses e não me contou que eu era pai do Jason, foi preciso Luc pegá-lo para você abrir a boca. Sem contar do plano ridículo de me mandar para a cadeia, pelo menos ele não foi bem sucedido. Você se apaixonou por mim, que pena né. – ele dizia olhando em meus olhos. Eu nem conseguia visualizá-lo direito por causa do meu choro que não cessava. – E agora mentiu sobre ser a Presidente da Máfia Russa, quem diria! Tem mais alguma coisa que eu preciso saber? Não estou a fim de fazer mais papel de trouxa.

- Por que está me tratando assim? – funguei passando as costas das mãos em minhas bochechas. – Eu contei meus motivos para você. Eu te amo, Justin. – coloquei minhas mãos em seu rosto.

- Eu te amo, Justin. – ele repetiu irônico. – É mais uma das suas mentiras? – ele não mostrou feição nenhuma.

Lentamente tirei minhas mãos dele. Um tiro no meio da testa seria menos doloroso do que ter ouvido isso dele.

- Meus sentimentos por você sempre foram verdadeiros. – disse baixinho.

- Eu não consigo acreditar em você, Mellanie. Em nenhum momento que eu estive com você eu menti. E em todos eles, você mentia para mim. – ele disse afastando-se de mim e pegando seu copo em cima da mesa, tomando um gole.

- Eu não menti, eu só omiti algumas coisas. – respondi. – Me desculpa.

- Eu quero que você pegue essas desculpas e enfie no seu cú, Mellanie. – ele largou o copo e veio até a mim, apertando minhas bochechas com o dedão e o indicador. – A minha vontade é de bater até você ficar inconsciente. – ele olhava com ódio para mim. – Mas nem isso você merece. Eu quero que você suma da minha frente, agora. – ele soltou minhas bochechas distanciando de mim.

- Justin, eu... – disse mordendo os lábios com força reprimindo meu choro.

- Engole esse choro fingido e some daqui. – ele disse sentando em sua cadeira e me encarando com ódio, com nojo, com desprezo.

Eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo. Dei as costas e caminhei até a porta.

- Ah... – Justin disse e parei para olhá-lo. Ainda tinha esperança que ele falasse que tudo aquilo era brincadeira e que ele não estava com ódio de mim. – Esquece essa parte que o Jason tem da herança do defunto. Eu não quero o meu filho envolvido nessa podridão russa.

Não disse nada e saí do escritório batendo a porta com força. Segundos depois ouvi um objeto ser arremessado contra a porta. Agora ele vai destruir o escritório todo. Caminhei com a visão embaçada até chegar a meu quarto, onde me joguei na cama chorando de raiva por tudo o que o Justin me disse. Caralho, nunca conseguia ficar feliz por muito tempo. É uma conspiração contra mim. O Sebastian vai me pagar, por culpa dele que tá acontecendo toda essa merda. Eu precisava de um celular, porque Sebastian quebrou o meu há muito tempo. Desci da cama limpando minhas lágrimas, então a porta foi aberta. Era a Lilly e ela não me parecia nada feliz, ela deve tá com ódio também. Como eu disse, é uma conspiração contra a Mellanie.

- Lilly. – disse a olhando.

- Cala a boca sua falsa. – ela esbravejou. – Eu pensava que éramos amigas...

- E nós somos! – disse a interrompendo.

- Não, não somos. Porque se você fosse amiga de verdade você teria me contado tudo há muito tempo, a partir do momento que pegamos confiança uma na outra.

- Claro que somos, Lilly. Eu só não podia contar. Vocês não querem me entender, apenas me julgar. Eu prometi que não contaria, e promessas não podem ser quebradas.

- Eu não quero saber de nada, Mellanie. Você é uma mentirosa! Nunca pensei que diria isso para você, mais agora eu estou te odiando. – ela disse e mordi os lábios com força. Primeiro foi o Justin e agora a Lilly, quem falta mais?!

- Eu sinto muito, mais eu cumpro com a minha palavra.

- Não cumpre porra nenhuma. Você disse que contaria comigo para tudo. Olha só, já quebrou uma promessa. – ela disse irônica. – Quer saber? Eu e a Caitlin estamos fora dos seus negócios, contrata seus russos de merda e se vira.

- Ok. – respondi rápido a olhando.

- Ok? Só tem isso a dizer? – ela perguntou indignada.

- Quer que eu faça o que? Que eu implore pra vocês não sair? Isso não vai acontecer, agora vou concordar com você. Nunca fomos amigas de verdade, porque amiga entende a outra e não dá pé atrás do jeito que você está fazendo. Pensei que você viesse aqui pra entender o meu lado e dizer que estava tudo bem, mais você não fez nada disso e só jogou coisas na minha cara. Já basta o Justin ter falado coisas horríveis pra mim! Isso não é papel de amiga.

- Eu não sou sua amiga, a partir do momento em que nunca falou que era Presidente da Máfia Russa. Realmente, esse é um papel de trouxa isso sim. Não sei o que o Justin disse, mais você mereceu ter ouvido e merece estar desse jeito.

Não disse nada e ela caminhou em direção à porta, parando no meio do caminho.

- Espero que o Jason não se inspire em você, porque se não, vai enganar todo mundo. – ela disse.

- Não envolva meu filho no meio. – disse e ela deu de ombros voltando a andar.

- Ah, só mais uma coisa. Eu quero mais que você se foda, Mellanie. – ela disse passando pela porta e batendo com força.

Mais fodida do que isso, impossível. Joguei um vaso na parede, que ódio. Quer saber, não vou chorar mais porra nenhuma. A bomba já explodiu mesmo. Preciso descontar minha raiva em algo, porque se não, quem vai explodir sou eu. Saí do quarto indo em direção à sala. Encontrei Jaxon e Stefani no sofá conversando animadamente.

- Hey cunhada, nem sabia que tinha chegado. – ele disse levantando-se e vindo me abraçar.

Essa família me surpreende cada vez mais.

- Oi Mellanie, tudo bem? – Stefani disse levantando-se e me abraçando também.

- Vai ficar. – sorri de lado. – Jaxon pode fazer um favor pra mim?

- Óbvio né, tenho ainda mais medo de você agora. – ele disse fazendo graça e dei um dedo pra ele.

- Eu fiquei sem celular, então você pode ir à Apple comprar um pra mim? Não estou com cabeça.

- Posso sim. Preferência de cor?

- Dourado. – disse.

- Mulheres sempre tão frescas. – ele murmurou.

Stefani deu um tapa nele.

- Você que perguntou. – dei de ombros. – Vou buscar o cartão. – disse e subi as escadas.

Peguei o cartão no quarto e voltei entregando para Jaxon.

- Faz todo o processo lá ok? Compra o chip, cadastra e blá blá blá. – disse.

- Mais alguma coisa senhorita?

- Não. – ri fraco. – Precisa de algum carro?

- Não, meu pai me deu uma Ferrari. – ele disse enchendo o peito, dei risada. – Não viu na garagem?

- Não prestei atenção. Cuidado para não atropelar inocentes.

- Eu sou bom motorista. – ele se gabou.

- Realmente. – Stefani ironizou.

- Vão indo. – disse.

- Ok. – Jaxon disse e saiu em direção à garagem com a Stefani.

Caminhei em direção à parte externa da casa, que ficava mais afastada. A área que os garotos treinavam suas miras. Como eu disse, precisava descontar meu ódio em alguém. Tinha uns bonecos de madeira com um alvo na cabeça, localizados em pontos estratégicos, e também garrafas de vidros posicionadas em cima de caixotes. Escolhi uma das armas que havia ali e coloquei munição na mesma, mirei em um dos bonecos e atirei. Um tiro certeiro. Depois continuei a sessão de tiroteio, literalmente. O barulho era enorme, pois eu não cessava os tiros. Imaginei que os bonecos fossem o Sebastian e a Vick, mais eu não os mataria com um tiro no meio da testa, seria mais fácil e menos doloroso para eles. E o que eu mais quero é que eles sofram e se arrependam do dia que nasceram. As munições acabaram e coloquei mais, dessa vez disparando nas garrafas. Tinha uma fileira de dez garrafas, dei dez tiros consecutivos acertando todas. Resumindo, meti bala em tudo ali. Depois que terminei, joguei a arma no chão suspirando cansada.

- Wow! Detonou nossa área de treino. – ouvi a voz de Chris atrás de mim, me dando um enorme susto.

- Ai Chris! – coloquei a mão no peito me virando. – Nem te vi chegar.

- Percebi. – ele riu. – Alivou?

- Acho que sim. – respondi. – Veio fazer o quê?

- Justin chamou a gente pra uma reunião. Não sei o que ele deve tá querendo. – deu de ombros.

- E porque você não está lá? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

- Porque não to a fim de aguentar abusos dele. – ele sentou-se em um caixote e sentei do lado dele fitando minhas mãos.

- Ele me disse cada coisa. Não sabia que ele ficar tão puto assim comigo. E pra completar, a Lilly veio também jogar algumas coisas na minha cara. Me admiro você e os meninos não estarem putos comigo também.

- Pelo menos eu acho que não sou ninguém pra ti julgar. Não é correto julgar uma pessoa porque ela erra de uma maneira diferente da nossa. Nós erramos todos os dias, e não é porque o seu erro foi maior que devemos apontar o dedo na sua cara. Justin sempre foi cabeça dura, ele é o cara de opinião mais forte que eu conheço. Quando ele coloca uma coisa na cabeça, é difícil de tirar. – ele disse e eu suspirei apoiando meu cotovelo na perna e colocando a mão no queixo.

- Ele me chamou de mentirosa e disse que eu era uma desconhecida. E que era mentira sobre eu amar ele. As palavras dele me machucaram mais do que uma surra.

- Eu sei bem como é. – Chris me olhou. – Justin não mede as palavras quando quer machucar alguém. Mas não esquece que ele disse tudo aquilo no momento de raiva, tanto ele como nós, sabemos que você o ama e vice versa.

- Acho que ele não acredita mais. – murmurei triste.

- Não se preocupa. Acho que eu perdi as contas de quantas vezes vocês brigaram e se acertaram depois. Vai ficar tudo bem, baixinha. – ele disse passando o braço em meu ombro.

- Obrigada Chris. – sorri para ele. – Falou o gigante né. – disse e nós rimos.

- Além de me fazer de trouxa, quer me fazer de corno também. – ouvimos a voz de Justin.

Virei o rosto e Justin estava de braços cruzados nos olhando com cara de deboche.

- Pega leve, bro. – Chris disse levantando-se. – Nós só estávamos conversando.

- Não preciso de satisfações, preciso que vá agora para o escritório junto com os outros. – Justin respondeu.

- Já estava indo. – Chris respondeu. – Até depois, Mellanie.

- Até, Chris. – disse e ele saiu dando uma olhada pro Justin.

- Não precisava ter falado aquilo. – disse.

- Também não precisa tentar seduzir o Christian, ele não tem um império ou uma presidência de máfia pra te oferecer. – ele disse ainda debochado.

Justin estava passando dos limites falando todas aquelas merdas. Ameacei de sair dali, mais ele me puxou pelo braço.

- Eu não terminei de falar. – ele disse e puxei meu braço da mão dele.

- Eu não vou ficar aqui ouvindo você me ofender. – disse com raiva.

Queria muito rodar minha mão na cara do Justin. Ela estava coçando pra eu fazer isso. Mas as coisas iriam piorar ainda mais pro meu lado. Dessa vez ele não me impediu, então caminhei apressada para sair dali. Fui até a cozinha e tomei água, depois vi Justin subindo as escadas e Jazzy descendo com o Jason.

- Como foi a conversa? – Jazzy perguntou, peguei Jason nos braços dando um beijo em sua testa.

- Horrível. – bufei. – Seu irmão poderia ser mais compreensivo.

- Nesse aspecto ele não puxou a meu pai. Ele é a pessoa mais good vibes do mundo. – ela disse e demos risada.

Fomos para a sala e logo o Jaxon chegou com meu celular. Não fiquei com ele por muito tempo, porque baixei um joguinho e Jason foi jogar.

(...)

Dois dias depois...

Dois dias haviam se passado e Justin me tratava basicamente como uma ninguém. Eu só entrava no nosso quarto para pegar roupa e ir tomar banho no quarto do Jason. E dormia com ele também. Durante os dois dias ele saiu à noite com os garotos, cheguei a pensar que ele estava enfeitando minha cabeça – ele não seria louco de fazer isso -, mais Chris me disse que não. Que ele ficava só bebendo lá na boate. Pela manhã eu ia ao meu galpão, não poderia parar simplesmente porque Justin, Lilly e Caitlin resolveram se revoltar contra mim. E a tarde e a noite eu ficava enfurnada com o Jason no quarto, tudo para não ter que olhar na cara do Justin. Mais de certa forma toda essa indiferença me magoava, nós somos casados, temos um filho e ele me tratava como se eu fosse realmente uma desconhecida ocupando lugar na sua casa.

- Mamãe. – ouvi Jason me chamar. Nós estávamos assistindo uma maratona de desenho animado, pra variar.

- Oi bebê. – respondi o olhando.

- Quelo ápa. – ele disse com o dedinho na boca.

- Quero água. – disse o corrigindo.

- Tamém quelo. – ele disse inocente e dei risada.

- Tá bom Jason, já volto. – dei um beijo em sua testa que o fez cair para trás na cama, ele riu.

Saí do quarto e caminhei pelo corredor. Quando ia chegando perto do escritório do Justin, a porta foi aberta. Sim, era ele. Mordi meu lábio inferior, quando ele me olhou. Ele estava com uma espécie de convite na mão.

- Vamos um casamento para ir hoje à noite. Esteja pronta às 20:00. – ele disse me entregando o convite.

Abri o mesmo e era o casamento de Jorge e a Lilian. Eu nem os conheço, para começo de história.

- Eu não quero ir. – disse voltando a olhá-lo.

- Eu não perguntei se você quer ir, eu afirmei que nós vamos. – ele disse rude.

- Pensei que estivesse puto comigo! – disse cruzando os braços.

- E eu estou. Mais não vou perder a chance de exibir a Presidente da Máfia Russa, que por acaso é casada comigo. – ele disse irônico.

- Мудак. (Imbecil) – disse o olhando com raiva.

Justin rapidamente tirou sua feição de irônico e me olhou com a mesma raiva.

- Não ouse falar uma palavra se quer em Russo nessa casa, ouviu? – ele disse ameaçador dando um passo até a mim.

- E se eu falar, vai fazer o quê? – provoquei o fitando.

- Só repete pra você ver. – ele disse.

Eu ia mesmo repetir, mais ouvi Jason me chamar. Que eu me lembre eu tinha o deixado no quarto.

- Minha ápa. – ele disse correndo de um jeito engraçado até nós.

- Estava indo buscar. – respondi e Justin o pegou nos braços. O fitei mais uma vez e sai dali.

Que raiva do Justin. Мудак mil vezes. 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários.

Oooooi Lifes!
Se o Justin tá puto com a Mellanie? Sim, claro ou óbvio?
Quem pensou que eles iam se resolver com sexo? \Õ/

Lembrando que o comentário de vocês é super importante para mim e contribui para que eu continue a fic. Não seja uma leitora fantasma, obrigada de nada.
AMEEEEEEEEI os comentários, estou até chorosa aqui!

We heart it

Hoje vamos usar uma tag para amolecer o coração do Justin:
#JustinPerdoeAMel 
Quero todo mundo usando!

Meu snap: srta_andrade
Ps: Quem quiser falar comigo pelo Whats, me chama lá no Twitter e eu passo okay? Okay.

Milhões de beijos e amo vocês. ♥