Justin ficou
fazendo carinho em mim enquanto assistíamos TV, nada de interessante passava,
mas também não tinha muita coisa pra se fazer. Uma vez ou outra quando eu me
mexia sentia algumas partes do meu corpo doer.
- Justin,
quero ver meu filhote. – disse desviando minha atenção da TV para seu rosto.
- Já disse
que ele está bem.
- Eu sei, mas
eu sinto necessidade de vê-lo.
- Eu vou
buscá-lo, mas antes eu te ajudo a tomar banho. – ele disse levantando-se.
- Ah não,
meus cortes vão arder. – disse manhosa.
- Óbvio que
vão arder, mas tem que trocar os curativos. Vem logo enquanto eu estou só
pedindo.
Revirei os
olhos e recebi um olhar de reprovação. Justin odeia quando reviro os olhos pra
ele. Ele me ajudou a levantar, nem consegui andar direito com uma dor extrema
na barriga, havia um roxo enorme ali, deve ter sido do soco que eu levei.
Justin me pegou nos braços e me levou pro banheiro, isso é tão constrangedor
ter que depender do Justin pra tomar banho. Ele me deixou sentada no vaso
enquanto foi encher a banheira, tirei minha calcinha e em seguida o sutiã, me
levantei devagar e me encarei no espelho do banheiro, aquele infeliz do Hugo
tinha me deixado vários hematomas, isso irá demorar dias pra sumir. E o roxo no
olho só com bastante maquiagem pra disfarçar, sem contar do corte nos meus
lábios, Justin me olhava enquanto eu me analisava.
- Que foi? –
perguntei o olhando.
- Nada, não
posso mais te olhar? – ele perguntou aproximando-se de mim e começando a tirar
alguns curativos.
- Pra quê
ficar me olhando desse jeito? Você já olhou pro meu corpo? É cada corte e roxo
mais feio que o outro.
- Sim eu já
olhei. Deixa de besteira, daqui a alguns dias isso some.
- Besteira
nada! Eu estou horrível.
- Isso eu
tenho que concordar. – ele riu.
- Justin! –
disse chorosa.
É...é o
período menstrual que se aproxima pra me estar com essas mudanças repentinas de
humor.
- Vai chorar?
– ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
- Vou!
- Meu Deus. –
ele riu e me abraçou confortando minha cabeça em seu peito. – Não chora , eu
estava brincando. Você está linda, ok? – ele disse segurando meu queixo e me
olhando.
- Mentiroso.
– disse e fiquei na ponta dos pés pra dar um mero selinho em seus lábios. - Eu
te amo bebê.
- Também amo
você. Agora para de enrolar e vamos logo tomar banho.
- Toma banho
comigo?
- Mel bateram
muito na sua cabeça? – ele perguntou.
- Não, por
quê?
- Você está
muito bipolar hoje.
- Não precisa
também filho da puta, deixa que eu me viro só.
Justin
gargalhou e começou a tirar a roupa.
- Era isso
que eu queria mesmo pra minha vida, uma vadia manhosa. Valeu ai em cara. – ele
disse irônico olhando pra cima. Ele é retardado ou o quê?
- Sorte a sua
que estou sem condições de te bater, palhaço.
Justin riu.
Ele não faz idéia de como é bom ver seu sorriso, de alguma forma alivia até
minhas dores. Justin me colocou na banheira e logo se juntou a mim, fiquei
entre suas pernas enquanto ele fazia questão de passar sabonete em meu corpo,
nunca reclamei tanto na minha vida como nesse banho, mesmo Justin sendo cuidadoso,
os cortes não deixavam de arder. Ficamos conversando um bom tempo na banheira
enquanto ele alisava devagar minha barriga, acho que nunca recebi tanto carinho
de sua parte como estou recebendo hoje. O olhei e Justin aproximou seus lábios
dos meus, dando um selinho demorado, ele iria aprofundar o beijo só que havia
um corte na minha boca que justamente naquela hora resolveu doer, então separei
nossos lábios.
- Tinha
esquecido daí. – ele disse.
- Agora tá
doendo. – fiz biquinho. Doeu só na hora, agora é só mais manha minha mesmo.
- Manhosa. –
ele disse e me deu vários selinhos seqüenciados.
Dei risada e
resolvemos sair da banheira, nos enxaguamos no chuveiro e nos enrolamos em
toalhas. Justin me levou nos braços de novo para a cama.
- Espera. –
ele disse e foi para o closet.
Minutos
depois ele volta já vestido com uma bermuda e sem blusa. Foi até o banheiro e
trouxe a maleta de primeiros socorros, fiquei lá como vim ao mundo enquanto
Justin fazia novamente os curativos. Não tenho vergonha de ficar nua na frente
dele, ele já me viu varias vezes assim e até em muitas posições, então pra quê
essa vergonha? Acho que ele já tá é enjoado de ver peito e buceta.
- Agora pega
uma roupa lá pra mim. – disse me sentando na cama.
- Você não
está aleijada.
- Mas estou
quase. – dei um sorrisinho.
- Eu não vou
buscar.
- Ótimo, não
vejo problema nenhuma passar o dia assim. – disse e Justin bufou.
- Mellanie
vai logo se vestir, estou quase ficando duro só em te ver assim. – dei risada e
ignorei sua pergunta.
- Amor, me responde
uma coisa. Dizem que toda mulher tem um seio maior que o outro, vê se é
verdade. – disse e me levantei.
Justin me
olhou incrédulo e mordeu o lábio inferior.
- Vai se
fuder Mellanie, já tá de sacanagem comigo. – ele disse impaciente.
- Tudo bem,
só queria tirar uma duvida. – disse toda inocente, coisa que todo mundo sabe
que eu não sou.
Me aproximei
dele e dei um selinho em seus lábios. Ok corte já está na hora de você sarar,
quero dar um beijo digno no meu homem. Selinho é pra coisa de namoradinhos.
Justin colocou suas mãos em minha cintura, e foi subindo até chegar em meus
seios onde ele os apertou com força.
- Pra mim
eles são iguais. – ele disse.
- Ai filho da
mãe, isso dói.
Justin deu
risada e voltou para o closet. Em seguida ele voltou com uma calcinha na mão e
uma de suas blusas.
- Me diz, pra
quê que serve essa calcinha? Não tampa nada. – ele disse segurando minha
calcinha e analisando.
Era uma
calcinha pequena, dei risada e tomei de sua mão a vestindo.
- É a mesma
coisa que perguntar pra quê que serve seus cintos se não seguram suas calças. –
disse rindo.
- Isso é
charme.
- Digo o
mesmo das minhas calcinhas. – peguei sua blusa e vesti. – Agora vai buscar meu
filho.
- Acho que
você já está abusando da minha generosidade.
- Desde
quando você é generoso Justin? Está assim comigo, mas depois vai querer
retribuição.
- Como
adivinhou? – ele riu.
- Idiota.
Ele deu de
ombros e saiu do quarto. Se eu sou bipolar, o Justin é duas vezes mais. Me
deitei na cama e fiquei o esperando, ouvi risadas do Jason e do Justin, a porta
foi aberta e Justin o trazia em seu pescoço.
- Mamãe! –
Jason disse e Justin o colocou em cima da cama onde ele foi de encontro comigo.
- Oi meu
amor, que saudades que a mamãe tava de você. – disse e o abracei. Que saudades
do meu pequeno.
- Também
mamãe.
- Cadê meu
beijinho? – disse apontando pra minha bochecha.
Ele deu um
sorrisinho e deu um beijo molhado. Coisa de Jason.
- Agora aqui.
– apontei pra outra bochecha, ele deu outro beijo. – Aqui. – apontei pra testa,
ele deu um risinho e beijou. – Aqui também. – apontei pro nariz, ele beijou. –
E agora o beijo mais gostoso de todos pro dodói da mamãe sarar.
- Acho isso
totalmente desnecessário, já vai sarar com os que eu dei. – Justin disse
puxando o Jason pelas calças. Dei risada.
- Naum papai.
– Jason disse se soltando. – O seu naum serve.
Ele disse me
fazendo rir e veio me dar um beijinho. Eu tenho ou não o filho mais fofo do
mundo? Apesar de ser filho do ogro do Justin. Jason deitou-se do meu lado,
colocando sua cabeça em cima dos meus seios enquanto puxava uma conversa
totalmente sem sentido, sobre uns desenhos animados, Justin juntou-se a nós
também só pra implicar com o Jason, o desmentindo. Era engraçada a briga daqueles
dois. Duas crianças. No almoço Rose levou o nosso para o quarto, comíamos
enquanto assistíamos a um jogo de hóquei, Justin adora e está viciando o Jason,
não gosto muito de jogos, mas dois contra uma não dá certo. Tomei alguns
comprimidos para dor, mesmo sorrindo por aí meu corpo permanecia dolorido.
Jason não dormiu a tarde porque foi jogar vídeo game com o Justin, até parece
que ele sabe jogar. Justin estava o ensinando, e eu fiquei no tédio vendo os
dois brigando novamente. Às seis horas da tarde Justin foi tomar banho e levou
Jason para tomar também, os dois saíram do banheiro de toalha na cintura, uma
cena cômica que merecia foto, peguei meu celular e tirei foto dos dois. Jason
veio para a cama e começou a pular sem parar, logo sua toalha desamarrou mais
ele nem se importou. Justin foi se vestir e voltou todo arrumado, ele iria
sair. Ele pegou Jason e vestiu uma cueca boxe nele, Jason era todo o corpo do
Justin, só que em miniatura óbvio.
- Vou sair
não me espere para o jantar. – ele disse terminando de arrumar o cabelo. – Vou
ligar para Lilly e Cait pra vir te fazer companhia, já que os caras iram
comigo.
- Pra onde
você vai? – perguntei.
- Isso você
não vai ficar sabendo.
- Justin... –
o olhei com reprovação.
- Não se
esquece de tomar os comprimidos. – ele colocou a arma presa em sua calça
debaixo da blusa.
Sei que ele
nunca sai desarmado, mas na maioria das vezes ele não precisa de armas, mas
dessa vez eu estava com um certo medo dele ir atrás do Hugo.
- Não vai me
dizer onde vai?
- Não.
- Ok, se
cuida pelo menos. – suspirei.
- Eu sei me
cuidar. – ele disse aproximando-se e dando um beijo em minha testa. – Cuida
dela carinha. – ele dirigiu-se a Jason, os dois fizeram um toque.
É isso mesmo
o meu bebê fazendo toque? Onde eu estava que perdi isso?
- Tchau
papai. Quelo çocolate. – Jason disse.
- Ok ok, vou
ver se trago. – Justin disse caminhando até a porta e me olhou. Eu não estava
nada satisfeita, ele iria sair e não queria me dizer pra onde. Meu nível de
preocupação estava no máximo. – Não adianta ficar com essa cara emburrada, não
se preocupe ok? – ele disse voltando até a cama.
- Eu não
estou emburrada. – disse e cruzei os braços.
- Ah claro
que não. – ele disse irônico dando um meio sorriso. – Vou indo. – aproximou-se
do meu rosto e deu um selinho em meus lábios. – Não saia de casa.
- Claro, até
porque na situação que eu estou dá muito pra sair de casa né Justin! – disse o
mais irônica possível.
- Ainda bem.
Fui!
Ele disse e
finalmente saiu do quarto. Suspirei.
- Mamãe. –
Jason me chamou.
- Oi.
- Quelo ver
pica-pau.
- De novo? –
perguntei e ele concordou com a cabeça.
Acho que já
sei todos os episódios do pica-pau, chaves em desenho, super choque, liga da
justiça, os pingüins de Madagascar, bob esponja e assim vai. Jason me fazia
assistir todos, logo agora que Justin mandou colocar um canal na TV que passa
desenhos o dia todo. Às 7:30 da noite, Lilly e Cait resolveram aparecer, elas
me ajudaram no banho e fizeram os curativos, tomei os comprimidos, e vesti um
baby doll folgado pra não me apertar muito, já conseguia andar um pouquinho,
nada insuportável. Lilly foi dar banho no Jason, de novo, ele tinha pulado
muito na cama, esse menino é eufórico, não para um segundo. O vestiu com um
pijaminha que cobria até o pulso, e até os pés. Ficou fofinho. Um segurança me
ajudou a chegar até lá em baixo, estava cansada de passar o dia enfurnada no
quarto, fomos para a cozinha e jantamos em seguida fomos para a sala assistir
algum filme que as meninas tinham alugado para não ficarmos no tédio total.
- Então,
vocês sabem para onde os meninos foram? – perguntei as olhando.
- Ryan não me
falou nada. – Lilly disse.
- E muito
menos o Chris, ele nem diz nada dessas coisas pra mim. – Cait respondeu.
- Estranho. –
disse.
- Sim é, mas
eles sabem se cuidar. Me diz você, como está? Muito dolorida? – Lilly
perguntou.
- Continuo
dolorida, mas não aquelas dores que não se pode suportar. Estou tomando alguns
comprimidos que ajudam muito a aliviar a dor. – respondi.
- Nossa, mas
aquele infeliz do Hugo bateu sem piedade. – Cait disse.
- Mas o que é
dele está guardado. – respondi. – Ele que me aguarde quando eu estiver
recuperada, nem que eu vá até o inferno buscá-lo mais ele me paga. – disse
ciente das minhas palavras.
- Isso aí
amiga, pode contar com a gente. – Cait disse.
- Nem preciso
dizer nada né. Vamos arrancar a cabeça dele e pendurá-la na parede como se faz
com relógios. – Lilly disse e rimos.
- Eca, não
quero a cabeça dele aqui não. – disse fazendo careta.
- Foi modo de
falar. – Lilly revirou os olhos e rimos.
Continuamos
assistindo o filme, era uma comedia romântica porque somos muito medrosas pra
assistir um filme de terror. Mesmo sendo fictícios são muito assustadores, toda
vez que você fecha os olhos vê aqueles monstros vindo atrás de você, isso dá um
medo da porra. Rose trouxe uma sopinha para o Jason, ele sentou-se de frente
pra mim com as pernas abertas e a cabeça encostada em meus seios enquanto eu
dava a sopa para ele, ele estava meio sonolento. Também né, passou o dia todo
se danando, e nem tinha dormindo a tarde como ele costuma dormir sempre. Só dei
mais algumas colheradas, limpei sua boca com guardanapo e comecei a fazer
carinho em seus cabelos enquanto ele adormecia. As horas haviam passado rápido,
no relógio marcava 1:30 da manhã, Jason dormia à muito tempo em meu colo, era
bom ficar com meu bebê assim. Estávamos no segundo filme, e o sono tinha me
abandonado.
- Ai que
fome. – Lilly disse. – O que tem pra comer aqui?
- Ah eu não
sei, vai lá na cozinha. – disse. – Aproveita e trás um comprimido para febre.
- Quem está
com febre? – Cait perguntou.
- Estou me
sentindo um pouco febril. – disse colocando a mão em minha testa.
Lilly
levantou-se e veio até a mim fazendo a mesma coisa.
- Tenho que
concordar com você. Espera aí já volto.
Ela disse e caminhou
para a cozinha.
- Mel, não
vai ter mais casamento? – Cait perguntou.
Estávamos
conversando baixinho para não acordar o Jason.
- Eu não sei
Cait, depois disso tudo fiquei até com um pouco de trauma. – dei um risinho,
Cait também.
- Ah amiga,
mas não é porque aconteceu uma vez que irão acontecer outras.
- Se
acontecer outras como essa eu prefiro a morte.
- Eu em, bate
na madeira três vezes. – ela disse batendo na mesinha do centro, dei risada.
- Ok ok, eu
realmente não sei te dizer agora. Deixa eu me recuperar, e resolvemos isso.
- Ótimo. –
ela sorriu.
- Sabe que
agora que eu vim me tocar que não vi ninguém da família Bieber pela casa.
- Quando
cheguei com a Lilly eles estavam saindo, ouvi algo tipo “voltaremos só na
madrugada”.
- Por isso
que a casa está tão tranqüila. Obrigada senhor. – brinquei e rimos.
Lilly voltou
com uma xícara e um saquinho pendurado nela, ela me entregou o comprimido e a
xícara, peguei e analisei.
- Chá? –
perguntei e ela concordou. – Eca, eu odeio chá vadia. – resmunguei.
- Eu também
não sou muito fã, mas vai baixar sua febre. Toma isso aí tudo que eu vou buscar
minha comida.
- Só tomando
o comprimido não adianta? – perguntei tentando convencê-la.
- Toma logo
essa porra porque não sou o Justin pra ficar te adulando, vai logo. – Lilly
disse e Cait riu.
- Tomar no cú
tu não quer né. – disse e coloquei o comprimido na boca tomando um golinho
daquele chá.
Fiz careta,
nunca vi chá com um gosto agradável. Acho que nem tem. Odeio chá.
- Eu não sei,
nunca tentei. – Lilly disse dando de ombros. Gargalhei alto com a Cait, mas me
arrependi quando senti Jason se mexer, ele apenas virou o rosto pro outro lado.
Lilly foi
para a cozinha e voltamos a prestar atenção no filme, ou não. Porque Lilly
voltou com uma tigela de pipoca e continuamos a conversa sobre coisas sem nexo.
Nem quis tocar na pipoca, aquela porcaria do chá fazia meu estomago revirar.
Eram duas horas da madrugada, e Justin não havia chegado.
- Só eu que
estou preocupada? – perguntei.
- Estou
ficando também. – Cait disse. – Estranho ninguém ter chegado.
Ouvimos o
barulho de carros estacionando, e suspirei. Eram eles, com certeza. A porta foi
aberta, eles vinham conversando. Aparentemente sóbrios, e normais. Que bom.
- Pensamos
que iríamos encontrá-las dormindo. – Justin disse chegando à sala com os
garotos.
Chris, Ryan e
Chaz se jogaram nos sofás.
- Estou
morto! – Ryan disse. – Lilly pega uma cerveja pra mim.
- Querido, eu
não sou sua empregada. – Lilly disse e Chris riu.
- Eu sei
gostosa, vá lá que mais tarde eu te recompenso. – ele piscou pra Lilly que
sorriu safada.
- Gente olha
a pornografia na minha sala, meu filho está aqui. – disse e eles riram.
- Ele está
dormindo Mel. – Ryan disse.
- Mesmo
assim. – disse.
- Eu vou
tomar um banho e levar esse dorminhoco pro quarto, já volto. – Justin disse
pegando Jason nos braços.
Jason se
aninhou logo nos braços do pai. Parecia que ninguém tinha o pegado, e que ele
estava em sua caminha por causa da forma que ele estava agarrado a Justin.
Justin subiu as escadas e os garotos foram atacar a cozinha, ninguém estava
prestando mais atenção no filme porque eles não paravam de tagarelar, obriguei
Chris a buscar um copo d’água na cozinha para mim, estava morta de preguiça.
Cait mexia no seu celular, Lilly estava no maior love com o Ryan, Chris e Chaz
brigavam por comida e eu encolhida no sofá sentindo os malditos calafrios da
febre. Legal. Justin desceu e foi direto para a cozinha voltando com uma lata
de cerveja, onde ele deu um bom gole e sentou-se do meu lado passando o braço
em volta do meu ombro, me encostei em seu peito. Ele estava sem camisa.
Tentação.
- Tá melhor?
– ele sussurrou acariciando meu braço.
- Não sei me
veio uma febre agora. – sussurrei de volta.
Justin me
olhou preocupado e colocou a mão em minha testa verificando.
- Já tomou
alguma coisa?
- Já sim.
- Não quer
subir? – ele perguntou me olhando.
- Não, estou
bem aqui. Daqui a pouco passa. – sorri fraco.
- Você está
me saindo mais cara do que a encomenda. – ele disse rindo fraco.
- Dá tempo de
devolver. – cruzei meus braços.
- Nem que me
pagassem o sêxtuplo. – ele disse e sorri.
Justin sorriu
de volta e selou nossos lábios. Senti uma almofada colidir com nós, qual é, era
só um selinho.
- Hey,
estamos conversando dá pra pararem de se pegar na nossa frente? – Chris disse.
- Oh palhaço
foi só um beijo. – disse.
- Chris está
com raiva porque ninguém no mundo em sã consciência o pegaria. – Justin zoou,
Ryan e Chaz riram.
- Tenho que
concordar contigo cara. – Ryan disse.
- Verdade! –
Chaz disse morrendo de rir.
- Hahahá
muito engraçados. Cala a boca Chaz porque tu também está alone. – Chris disse e
Chaz fechou o riso.
Rimos dele.
- Claro que
não idiota, não falta gatinha pro papai aqui. – Chaz gabou-se.
- Também não
falta pro papaizão aqui. – foi a vez de Chris.
- Sabem o que
eu acho? Que vocês precisam urgentemente transar. Sei lá caras, escutem o amigo
aqui. – Justin disse rindo fraco.
- Falou o que
fode todo dia... – Ryan zombou.
Nem acredito
que eles vão começar essa conversa ridícula.
- Só não fodi
ontem e hoje porque a Mel está machucada oh vacilão. – Justin se gabou.
- Puta que
pariu como agüenta o Justin todo dia? – foi a vez de Cait perguntar.
- Gente, nem
acredito que vocês estão discutindo sobre minha vida sexual com o Justin. Eu
estou bem aqui, parem com isso filhos da puta. – disse e Justin gargalhou.
- Foi seu
noivinho que começou. – Chaz se defendeu.
- Justin!!! –
dei um tapa nele.
- Que foi? –
ele riu sínico.
- Fica
calado. E quanto a vocês dois... – apontei para Chris e Chaz. – Como eu sou uma
boa amiga, no aniversario de vocês irei dar uma boneca inflável e vocês poderão
fazer o que quiser com ela. Caso resolvido.
Justin, Ryan,
Cait e Lilly gargalharam enquanto Chris e Chaz me fuzilavam com o olhar. Todos
sabem que estávamos só brincando, pelo o que eu sei e pelo o que Justin me
conta Chris e Chaz não conseguem passar um dia sem comer uma vadia das boates.
Dois putões, e cá entre nós eles não são de se jogar fora. Os assuntos
comentados na nossa conversa eram os mais baixos possíveis, ainda mais vindos
dos garotos, preferi ficar só rindo deles enquanto estava agarrada ao corpo de
Justin que ria sem parar das palhaçadas do Chris.
- Justin, eu
vou subir. – sussurrei para ele.
- Não está se
sentindo bem?
- Não, estou
com frio.
- Eu vou com
você.
Demos boa
noite, apesar de ser madrugada e Justin me ajudou subir as escadas. Finalmente
chegamos no nosso quarto e fui logo para a cama, pegando o edredom e me
enrolando, Justin aumentou o ar porque estava meio frio no quarto, depois tirou
o short que vestia e veio deitar comigo, me aninhei em seus braços onde ele me
abraçou forte, me confortando e me deixando aquecida.
- Estou te
dando muito trabalho né? – disse baixinho.
- Digamos que
mais ou menos. – ele riu fraco.
- A Cait
estava me perguntando se ainda iria ter casamento.
- Claro que
sim, só depois que eu estiver com a cabeça do Hugo nas mãos.
- Vai
demorar...
- Não acho,
ele está quase mordendo a isca.
- O que você
está aprontando Justin? – ergui a cabeça para olhá-lo.
- Nada Mel,
agora durma que você precisa descansar. – ele beijou minha testa e começou a
fazer carinho em meu braço.
Não engoli
essa história de “Nada Mel”, quem não conhece o Justin que o compre. Eu o
conheço muito bem, e sei que ele está tramando alguma coisa. Decidi não
prolongar a conversa, porque do jeito que sou esquentada iríamos começar uma
discussão e o que eu menos quero agora é brigar com o Justin. Eu confio nele, e
sei que o que ele está fazendo é para o nosso bem.
(...)
Eu mal
conseguia me manter em pé em frente aquele espelho enquanto me maquiava,
tentando disfarçar os cortes em meu rosto. Não era dor ou qualquer outra coisa,
era somente preguiça. Justin estava se vestindo, e Jason assistia um desenho
qualquer na TV. Terminei com a maquiagem e penteei meus cabelos, os colocando
de lado. Estava vestida com um vestidinho simples, porém bonito. Não sou muito
de usar vestidinhos folgados, mas não sou tão otária de me socar em uma dessas
roupas apertadas e fuder de vez com meus machucados, seria muita idiotice da
minha parte.
A febre já
havia passado, graças a Deus. Até que aquele chá ruim resolveu alguma coisa.
Esperei Justin terminar de se arrumar e descemos para tomar café, Justin levava
Jason nos braços o fazendo de aviãozinho, estou indecisa em saber qual dos dois
é a criança. Ao chegarmos à cozinha, dei de cara com a maravilhosa família
Bieber que até então não tinha os visto, apenas escutado comentários sobre
eles. O pior é que eles encarnam aqui e parece que não sentem mais vontade de
ir embora, Ryan, Chaz, Chris, Lilly e Cait também estavam presentes ali, pelo
menos eles pra descontrair, Justin sentou perto do Jeremy e eu sentei ao seu
lado. Jason estava sentado em sua cadeira mega alta para alcançar a mesa.
- Bom dia
filho. – Pattie sorriu. Super falsa.
- Bom dia. –
Justin respondeu rapidamente. – Não vão mais embora?
- Está nos
expulsando Justin? – Jazmyn perguntou indignada.
- Entenda
como quiser. – Justin deu de ombros.
Adoro as
cortadas do Justin.
- Como você
está cunhadinha? – Jazmyn perguntou. Super falsa igual a Pattie, eu quero
vomitar.
- Ótima. –
respondi curta.
- Vaso ruim
não se quebra. – Jaxon disse sarcástico.
- Exatamente.
Vão ter que me aturar por muito tempo ainda. – sorri falsa.
- Que pena...
– ele murmurou.
- Dá pra
calar a boca? Quero tomar meu café em silêncio. – Justin disse irritado.
- É só você
se retirar e ir tomar em outro lugar. – Jaxon enfrentou Justin.
- O que você
disse moleque? – Justin perguntou fuzilando Jaxon. – Repete que eu faço você
engolir essa faca. – ele mostrou a faca
que estava cortando o queijo.
- Cale a
droga da boca Jaxon. Não irei interferir se Justin resolver te dar uns tabefes.
– Jeremy disse rude.
- Ele está
merecendo isso há muito tempo. Você errou na educação desse moleque. – Justin
disse encarando Jeremy.
- Até parece
que na sua também não. – Jazmyn ironizou.
- Fica na sua
vadiazinha. – Justin disse arrogante, segurei o riso. – O próximo que abrir a
boca vai tomar café no meio da rua, que saco!
Justin bateu
na mesa e finalmente reinou o silêncio. Jason pegou algumas uvas do prato do
Justin e colocou de uma vez só na boca, Justin riu do menino e me empurrou um
copo enorme com suco de laranja.
- Não vi você
por nada na boca. – ele sussurrou para mim.
- Não estou
com fome.
- Não quero
saber, só quero que coma. – ele disse rude, como sempre.
Bufei e fui
tomar um pouco do suco. Terminamos nosso café, Justin iria sair novamente com
os garotos, então fui para o jardim com as garotas e o Jason. Não sei o que
Justin está aprontando, mas coisa boa não é. Ou talvez seja.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Continua?
Obrigada por todos os comentários.
Amo muito vocês ♥