Fanfics - Justin Bieber

terça-feira, 25 de março de 2014

Dangerous Life - Capítulo 56 - Normal day

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Justin ficou fazendo carinho em mim enquanto assistíamos TV, nada de interessante passava, mas também não tinha muita coisa pra se fazer. Uma vez ou outra quando eu me mexia sentia algumas partes do meu corpo doer.

- Justin, quero ver meu filhote. – disse desviando minha atenção da TV para seu rosto.

- Já disse que ele está bem.

- Eu sei, mas eu sinto necessidade de vê-lo.

- Eu vou buscá-lo, mas antes eu te ajudo a tomar banho. – ele disse levantando-se.

- Ah não, meus cortes vão arder. – disse manhosa.

- Óbvio que vão arder, mas tem que trocar os curativos. Vem logo enquanto eu estou só pedindo.

Revirei os olhos e recebi um olhar de reprovação. Justin odeia quando reviro os olhos pra ele. Ele me ajudou a levantar, nem consegui andar direito com uma dor extrema na barriga, havia um roxo enorme ali, deve ter sido do soco que eu levei. Justin me pegou nos braços e me levou pro banheiro, isso é tão constrangedor ter que depender do Justin pra tomar banho. Ele me deixou sentada no vaso enquanto foi encher a banheira, tirei minha calcinha e em seguida o sutiã, me levantei devagar e me encarei no espelho do banheiro, aquele infeliz do Hugo tinha me deixado vários hematomas, isso irá demorar dias pra sumir. E o roxo no olho só com bastante maquiagem pra disfarçar, sem contar do corte nos meus lábios, Justin me olhava enquanto eu me analisava.

- Que foi? – perguntei o olhando.

- Nada, não posso mais te olhar? – ele perguntou aproximando-se de mim e começando a tirar alguns curativos.

- Pra quê ficar me olhando desse jeito? Você já olhou pro meu corpo? É cada corte e roxo mais feio que o outro.

- Sim eu já olhei. Deixa de besteira, daqui a alguns dias isso some.

- Besteira nada! Eu estou horrível.

- Isso eu tenho que concordar. – ele riu.

- Justin! – disse chorosa.

É...é o período menstrual que se aproxima pra me estar com essas mudanças repentinas de humor.

- Vai chorar? – ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Vou!

- Meu Deus. – ele riu e me abraçou confortando minha cabeça em seu peito. – Não chora , eu estava brincando. Você está linda, ok? – ele disse segurando meu queixo e me olhando.

- Mentiroso. – disse e fiquei na ponta dos pés pra dar um mero selinho em seus lábios. - Eu te amo bebê.

- Também amo você. Agora para de enrolar e vamos logo tomar banho.

- Toma banho comigo?

- Mel bateram muito na sua cabeça? – ele perguntou.

- Não, por quê?

- Você está muito bipolar hoje.

- Não precisa também filho da puta, deixa que eu me viro só.

Justin gargalhou e começou a tirar a roupa.

- Era isso que eu queria mesmo pra minha vida, uma vadia manhosa. Valeu ai em cara. – ele disse irônico olhando pra cima. Ele é retardado ou o quê?

- Sorte a sua que estou sem condições de te bater, palhaço.

Justin riu. Ele não faz idéia de como é bom ver seu sorriso, de alguma forma alivia até minhas dores. Justin me colocou na banheira e logo se juntou a mim, fiquei entre suas pernas enquanto ele fazia questão de passar sabonete em meu corpo, nunca reclamei tanto na minha vida como nesse banho, mesmo Justin sendo cuidadoso, os cortes não deixavam de arder. Ficamos conversando um bom tempo na banheira enquanto ele alisava devagar minha barriga, acho que nunca recebi tanto carinho de sua parte como estou recebendo hoje. O olhei e Justin aproximou seus lábios dos meus, dando um selinho demorado, ele iria aprofundar o beijo só que havia um corte na minha boca que justamente naquela hora resolveu doer, então separei nossos lábios.

- Tinha esquecido daí. – ele disse.

- Agora tá doendo. – fiz biquinho. Doeu só na hora, agora é só mais manha minha mesmo.

- Manhosa. – ele disse e me deu vários selinhos seqüenciados.

Dei risada e resolvemos sair da banheira, nos enxaguamos no chuveiro e nos enrolamos em toalhas. Justin me levou nos braços de novo para a cama.

- Espera. – ele disse e foi para o closet.

Minutos depois ele volta já vestido com uma bermuda e sem blusa. Foi até o banheiro e trouxe a maleta de primeiros socorros, fiquei lá como vim ao mundo enquanto Justin fazia novamente os curativos. Não tenho vergonha de ficar nua na frente dele, ele já me viu varias vezes assim e até em muitas posições, então pra quê essa vergonha? Acho que ele já tá é enjoado de ver peito e buceta.

- Agora pega uma roupa lá pra mim. – disse me sentando na cama.

- Você não está aleijada.

- Mas estou quase. – dei um sorrisinho.

- Eu não vou buscar.

- Ótimo, não vejo problema nenhuma passar o dia assim. – disse e Justin bufou.

- Mellanie vai logo se vestir, estou quase ficando duro só em te ver assim. – dei risada e ignorei sua pergunta.

- Amor, me responde uma coisa. Dizem que toda mulher tem um seio maior que o outro, vê se é verdade. – disse e me levantei.

Justin me olhou incrédulo e mordeu o lábio inferior.

- Vai se fuder Mellanie, já tá de sacanagem comigo. – ele disse impaciente.

- Tudo bem, só queria tirar uma duvida. – disse toda inocente, coisa que todo mundo sabe que eu não sou.

Me aproximei dele e dei um selinho em seus lábios. Ok corte já está na hora de você sarar, quero dar um beijo digno no meu homem. Selinho é pra coisa de namoradinhos. Justin colocou suas mãos em minha cintura, e foi subindo até chegar em meus seios onde ele os apertou com força.

- Pra mim eles são iguais. – ele disse.

- Ai filho da mãe, isso dói.

Justin deu risada e voltou para o closet. Em seguida ele voltou com uma calcinha na mão e uma de suas blusas.

- Me diz, pra quê que serve essa calcinha? Não tampa nada. – ele disse segurando minha calcinha e analisando.

Era uma calcinha pequena, dei risada e tomei de sua mão a vestindo.

- É a mesma coisa que perguntar pra quê que serve seus cintos se não seguram suas calças. – disse rindo.

- Isso é charme.

- Digo o mesmo das minhas calcinhas. – peguei sua blusa e vesti. – Agora vai buscar meu filho.

- Acho que você já está abusando da minha generosidade.

- Desde quando você é generoso Justin? Está assim comigo, mas depois vai querer retribuição.

- Como adivinhou? – ele riu.

- Idiota.

Ele deu de ombros e saiu do quarto. Se eu sou bipolar, o Justin é duas vezes mais. Me deitei na cama e fiquei o esperando, ouvi risadas do Jason e do Justin, a porta foi aberta e Justin o trazia em seu pescoço.

- Mamãe! – Jason disse e Justin o colocou em cima da cama onde ele foi de encontro comigo.

- Oi meu amor, que saudades que a mamãe tava de você. – disse e o abracei. Que saudades do meu pequeno.

- Também mamãe.

- Cadê meu beijinho? – disse apontando pra minha bochecha.

Ele deu um sorrisinho e deu um beijo molhado. Coisa de Jason.

- Agora aqui. – apontei pra outra bochecha, ele deu outro beijo. – Aqui. – apontei pra testa, ele deu um risinho e beijou. – Aqui também. – apontei pro nariz, ele beijou. – E agora o beijo mais gostoso de todos pro dodói da mamãe sarar.

- Acho isso totalmente desnecessário, já vai sarar com os que eu dei. – Justin disse puxando o Jason pelas calças. Dei risada.

- Naum papai. – Jason disse se soltando. – O seu naum serve.

Ele disse me fazendo rir e veio me dar um beijinho. Eu tenho ou não o filho mais fofo do mundo? Apesar de ser filho do ogro do Justin. Jason deitou-se do meu lado, colocando sua cabeça em cima dos meus seios enquanto puxava uma conversa totalmente sem sentido, sobre uns desenhos animados, Justin juntou-se a nós também só pra implicar com o Jason, o desmentindo. Era engraçada a briga daqueles dois. Duas crianças. No almoço Rose levou o nosso para o quarto, comíamos enquanto assistíamos a um jogo de hóquei, Justin adora e está viciando o Jason, não gosto muito de jogos, mas dois contra uma não dá certo. Tomei alguns comprimidos para dor, mesmo sorrindo por aí meu corpo permanecia dolorido. Jason não dormiu a tarde porque foi jogar vídeo game com o Justin, até parece que ele sabe jogar. Justin estava o ensinando, e eu fiquei no tédio vendo os dois brigando novamente. Às seis horas da tarde Justin foi tomar banho e levou Jason para tomar também, os dois saíram do banheiro de toalha na cintura, uma cena cômica que merecia foto, peguei meu celular e tirei foto dos dois. Jason veio para a cama e começou a pular sem parar, logo sua toalha desamarrou mais ele nem se importou. Justin foi se vestir e voltou todo arrumado, ele iria sair. Ele pegou Jason e vestiu uma cueca boxe nele, Jason era todo o corpo do Justin, só que em miniatura óbvio.

- Vou sair não me espere para o jantar. – ele disse terminando de arrumar o cabelo. – Vou ligar para Lilly e Cait pra vir te fazer companhia, já que os caras iram comigo.

- Pra onde você vai? – perguntei.

- Isso você não vai ficar sabendo.

- Justin... – o olhei com reprovação.

- Não se esquece de tomar os comprimidos. – ele colocou a arma presa em sua calça debaixo da blusa.

Sei que ele nunca sai desarmado, mas na maioria das vezes ele não precisa de armas, mas dessa vez eu estava com um certo medo dele ir atrás do Hugo.

- Não vai me dizer onde vai?

- Não.

- Ok, se cuida pelo menos. – suspirei.

- Eu sei me cuidar. – ele disse aproximando-se e dando um beijo em minha testa. – Cuida dela carinha. – ele dirigiu-se a Jason, os dois fizeram um toque.

É isso mesmo o meu bebê fazendo toque? Onde eu estava que perdi isso?

- Tchau papai. Quelo çocolate. – Jason disse.

- Ok ok, vou ver se trago. – Justin disse caminhando até a porta e me olhou. Eu não estava nada satisfeita, ele iria sair e não queria me dizer pra onde. Meu nível de preocupação estava no máximo. – Não adianta ficar com essa cara emburrada, não se preocupe ok? – ele disse voltando até a cama.

- Eu não estou emburrada. – disse e cruzei os braços.

- Ah claro que não. – ele disse irônico dando um meio sorriso. – Vou indo. – aproximou-se do meu rosto e deu um selinho em meus lábios. – Não saia de casa.

- Claro, até porque na situação que eu estou dá muito pra sair de casa né Justin! – disse o mais irônica possível.

- Ainda bem. Fui!

Ele disse e finalmente saiu do quarto. Suspirei.

- Mamãe. – Jason me chamou.

- Oi.

- Quelo ver pica-pau.

- De novo? – perguntei e ele concordou com a cabeça.

Acho que já sei todos os episódios do pica-pau, chaves em desenho, super choque, liga da justiça, os pingüins de Madagascar, bob esponja e assim vai. Jason me fazia assistir todos, logo agora que Justin mandou colocar um canal na TV que passa desenhos o dia todo. Às 7:30 da noite, Lilly e Cait resolveram aparecer, elas me ajudaram no banho e fizeram os curativos, tomei os comprimidos, e vesti um baby doll folgado pra não me apertar muito, já conseguia andar um pouquinho, nada insuportável. Lilly foi dar banho no Jason, de novo, ele tinha pulado muito na cama, esse menino é eufórico, não para um segundo. O vestiu com um pijaminha que cobria até o pulso, e até os pés. Ficou fofinho. Um segurança me ajudou a chegar até lá em baixo, estava cansada de passar o dia enfurnada no quarto, fomos para a cozinha e jantamos em seguida fomos para a sala assistir algum filme que as meninas tinham alugado para não ficarmos no tédio total.

- Então, vocês sabem para onde os meninos foram? – perguntei as olhando.

- Ryan não me falou nada. – Lilly disse.

- E muito menos o Chris, ele nem diz nada dessas coisas pra mim. – Cait respondeu.

- Estranho. – disse.

- Sim é, mas eles sabem se cuidar. Me diz você, como está? Muito dolorida? – Lilly perguntou.

- Continuo dolorida, mas não aquelas dores que não se pode suportar. Estou tomando alguns comprimidos que ajudam muito a aliviar a dor. – respondi.

- Nossa, mas aquele infeliz do Hugo bateu sem piedade. – Cait disse.

- Mas o que é dele está guardado. – respondi. – Ele que me aguarde quando eu estiver recuperada, nem que eu vá até o inferno buscá-lo mais ele me paga. – disse ciente das minhas palavras.

- Isso aí amiga, pode contar com a gente. – Cait disse.

- Nem preciso dizer nada né. Vamos arrancar a cabeça dele e pendurá-la na parede como se faz com relógios. – Lilly disse e rimos.

- Eca, não quero a cabeça dele aqui não. – disse fazendo careta.

- Foi modo de falar. – Lilly revirou os olhos e rimos.

Continuamos assistindo o filme, era uma comedia romântica porque somos muito medrosas pra assistir um filme de terror. Mesmo sendo fictícios são muito assustadores, toda vez que você fecha os olhos vê aqueles monstros vindo atrás de você, isso dá um medo da porra. Rose trouxe uma sopinha para o Jason, ele sentou-se de frente pra mim com as pernas abertas e a cabeça encostada em meus seios enquanto eu dava a sopa para ele, ele estava meio sonolento. Também né, passou o dia todo se danando, e nem tinha dormindo a tarde como ele costuma dormir sempre. Só dei mais algumas colheradas, limpei sua boca com guardanapo e comecei a fazer carinho em seus cabelos enquanto ele adormecia. As horas haviam passado rápido, no relógio marcava 1:30 da manhã, Jason dormia à muito tempo em meu colo, era bom ficar com meu bebê assim. Estávamos no segundo filme, e o sono tinha me abandonado.

- Ai que fome. – Lilly disse. – O que tem pra comer aqui?

- Ah eu não sei, vai lá na cozinha. – disse. – Aproveita e trás um comprimido para febre.

- Quem está com febre? – Cait perguntou.

- Estou me sentindo um pouco febril. – disse colocando a mão em minha testa.

Lilly levantou-se e veio até a mim fazendo a mesma coisa.

- Tenho que concordar com você. Espera aí já volto.

Ela disse e caminhou para a cozinha.

- Mel, não vai ter mais casamento? – Cait perguntou.

Estávamos conversando baixinho para não acordar o Jason.

- Eu não sei Cait, depois disso tudo fiquei até com um pouco de trauma. – dei um risinho, Cait também.

- Ah amiga, mas não é porque aconteceu uma vez que irão acontecer outras.

- Se acontecer outras como essa eu prefiro a morte.

- Eu em, bate na madeira três vezes. – ela disse batendo na mesinha do centro, dei risada.

- Ok ok, eu realmente não sei te dizer agora. Deixa eu me recuperar, e resolvemos isso.

- Ótimo. – ela sorriu.

- Sabe que agora que eu vim me tocar que não vi ninguém da família Bieber pela casa.

- Quando cheguei com a Lilly eles estavam saindo, ouvi algo tipo “voltaremos só na madrugada”.

- Por isso que a casa está tão tranqüila. Obrigada senhor. – brinquei e rimos.

Lilly voltou com uma xícara e um saquinho pendurado nela, ela me entregou o comprimido e a xícara, peguei e analisei.

- Chá? – perguntei e ela concordou. – Eca, eu odeio chá vadia. – resmunguei.

- Eu também não sou muito fã, mas vai baixar sua febre. Toma isso aí tudo que eu vou buscar minha comida.

- Só tomando o comprimido não adianta? – perguntei tentando convencê-la.

- Toma logo essa porra porque não sou o Justin pra ficar te adulando, vai logo. – Lilly disse e Cait riu.

- Tomar no cú tu não quer né. – disse e coloquei o comprimido na boca tomando um golinho daquele chá.

Fiz careta, nunca vi chá com um gosto agradável. Acho que nem tem. Odeio chá.

- Eu não sei, nunca tentei. – Lilly disse dando de ombros. Gargalhei alto com a Cait, mas me arrependi quando senti Jason se mexer, ele apenas virou o rosto pro outro lado.

Lilly foi para a cozinha e voltamos a prestar atenção no filme, ou não. Porque Lilly voltou com uma tigela de pipoca e continuamos a conversa sobre coisas sem nexo. Nem quis tocar na pipoca, aquela porcaria do chá fazia meu estomago revirar. Eram duas horas da madrugada, e Justin não havia chegado.

- Só eu que estou preocupada? – perguntei.

- Estou ficando também. – Cait disse. – Estranho ninguém ter chegado.

Ouvimos o barulho de carros estacionando, e suspirei. Eram eles, com certeza. A porta foi aberta, eles vinham conversando. Aparentemente sóbrios, e normais. Que bom.

- Pensamos que iríamos encontrá-las dormindo. – Justin disse chegando à sala com os garotos.

Chris, Ryan e Chaz se jogaram nos sofás.

- Estou morto! – Ryan disse. – Lilly pega uma cerveja pra mim.

- Querido, eu não sou sua empregada. – Lilly disse e Chris riu.

- Eu sei gostosa, vá lá que mais tarde eu te recompenso. – ele piscou pra Lilly que sorriu safada.

- Gente olha a pornografia na minha sala, meu filho está aqui. – disse e eles riram.

- Ele está dormindo Mel. – Ryan disse.

- Mesmo assim. – disse.

- Eu vou tomar um banho e levar esse dorminhoco pro quarto, já volto. – Justin disse pegando Jason nos braços.

Jason se aninhou logo nos braços do pai. Parecia que ninguém tinha o pegado, e que ele estava em sua caminha por causa da forma que ele estava agarrado a Justin. Justin subiu as escadas e os garotos foram atacar a cozinha, ninguém estava prestando mais atenção no filme porque eles não paravam de tagarelar, obriguei Chris a buscar um copo d’água na cozinha para mim, estava morta de preguiça. Cait mexia no seu celular, Lilly estava no maior love com o Ryan, Chris e Chaz brigavam por comida e eu encolhida no sofá sentindo os malditos calafrios da febre. Legal. Justin desceu e foi direto para a cozinha voltando com uma lata de cerveja, onde ele deu um bom gole e sentou-se do meu lado passando o braço em volta do meu ombro, me encostei em seu peito. Ele estava sem camisa. Tentação.

- Tá melhor? – ele sussurrou acariciando meu braço.

- Não sei me veio uma febre agora. – sussurrei de volta.

Justin me olhou preocupado e colocou a mão em minha testa verificando.

- Já tomou alguma coisa?

- Já sim.

- Não quer subir? – ele perguntou me olhando.

- Não, estou bem aqui. Daqui a pouco passa. – sorri fraco.

- Você está me saindo mais cara do que a encomenda. – ele disse rindo fraco.

- Dá tempo de devolver. – cruzei meus braços.

- Nem que me pagassem o sêxtuplo. – ele disse e sorri.

Justin sorriu de volta e selou nossos lábios. Senti uma almofada colidir com nós, qual é, era só um selinho.

- Hey, estamos conversando dá pra pararem de se pegar na nossa frente? – Chris disse.

- Oh palhaço foi só um beijo. – disse.

- Chris está com raiva porque ninguém no mundo em sã consciência o pegaria. – Justin zoou, Ryan e Chaz riram.

- Tenho que concordar contigo cara. – Ryan disse.

- Verdade! – Chaz disse morrendo de rir.

- Hahahá muito engraçados. Cala a boca Chaz porque tu também está alone. – Chris disse e Chaz fechou o riso.

Rimos dele.

- Claro que não idiota, não falta gatinha pro papai aqui. – Chaz gabou-se.

- Também não falta pro papaizão aqui. – foi a vez de Chris.

- Sabem o que eu acho? Que vocês precisam urgentemente transar. Sei lá caras, escutem o amigo aqui. – Justin disse rindo fraco.

- Falou o que fode todo dia... – Ryan zombou.

Nem acredito que eles vão começar essa conversa ridícula.

- Só não fodi ontem e hoje porque a Mel está machucada oh vacilão. – Justin se gabou.

- Puta que pariu como agüenta o Justin todo dia? – foi a vez de Cait perguntar.

- Gente, nem acredito que vocês estão discutindo sobre minha vida sexual com o Justin. Eu estou bem aqui, parem com isso filhos da puta. – disse e Justin gargalhou.

- Foi seu noivinho que começou. – Chaz se defendeu.

- Justin!!! – dei um tapa nele.

- Que foi? – ele riu sínico.

- Fica calado. E quanto a vocês dois... – apontei para Chris e Chaz. – Como eu sou uma boa amiga, no aniversario de vocês irei dar uma boneca inflável e vocês poderão fazer o que quiser com ela. Caso resolvido.

Justin, Ryan, Cait e Lilly gargalharam enquanto Chris e Chaz me fuzilavam com o olhar. Todos sabem que estávamos só brincando, pelo o que eu sei e pelo o que Justin me conta Chris e Chaz não conseguem passar um dia sem comer uma vadia das boates. Dois putões, e cá entre nós eles não são de se jogar fora. Os assuntos comentados na nossa conversa eram os mais baixos possíveis, ainda mais vindos dos garotos, preferi ficar só rindo deles enquanto estava agarrada ao corpo de Justin que ria sem parar das palhaçadas do Chris.

- Justin, eu vou subir. – sussurrei para ele.

- Não está se sentindo bem?

- Não, estou com frio.

- Eu vou com você.

Demos boa noite, apesar de ser madrugada e Justin me ajudou subir as escadas. Finalmente chegamos no nosso quarto e fui logo para a cama, pegando o edredom e me enrolando, Justin aumentou o ar porque estava meio frio no quarto, depois tirou o short que vestia e veio deitar comigo, me aninhei em seus braços onde ele me abraçou forte, me confortando e me deixando aquecida.

- Estou te dando muito trabalho né? – disse baixinho.

- Digamos que mais ou menos. – ele riu fraco.

- A Cait estava me perguntando se ainda iria ter casamento.

- Claro que sim, só depois que eu estiver com a cabeça do Hugo nas mãos.

- Vai demorar...

- Não acho, ele está quase mordendo a isca.

- O que você está aprontando Justin? – ergui a cabeça para olhá-lo.

- Nada Mel, agora durma que você precisa descansar. – ele beijou minha testa e começou a fazer carinho em meu braço.

Não engoli essa história de “Nada Mel”, quem não conhece o Justin que o compre. Eu o conheço muito bem, e sei que ele está tramando alguma coisa. Decidi não prolongar a conversa, porque do jeito que sou esquentada iríamos começar uma discussão e o que eu menos quero agora é brigar com o Justin. Eu confio nele, e sei que o que ele está fazendo é para o nosso bem.  

(...)

Eu mal conseguia me manter em pé em frente aquele espelho enquanto me maquiava, tentando disfarçar os cortes em meu rosto. Não era dor ou qualquer outra coisa, era somente preguiça. Justin estava se vestindo, e Jason assistia um desenho qualquer na TV. Terminei com a maquiagem e penteei meus cabelos, os colocando de lado. Estava vestida com um vestidinho simples, porém bonito. Não sou muito de usar vestidinhos folgados, mas não sou tão otária de me socar em uma dessas roupas apertadas e fuder de vez com meus machucados, seria muita idiotice da minha parte.

A febre já havia passado, graças a Deus. Até que aquele chá ruim resolveu alguma coisa. Esperei Justin terminar de se arrumar e descemos para tomar café, Justin levava Jason nos braços o fazendo de aviãozinho, estou indecisa em saber qual dos dois é a criança. Ao chegarmos à cozinha, dei de cara com a maravilhosa família Bieber que até então não tinha os visto, apenas escutado comentários sobre eles. O pior é que eles encarnam aqui e parece que não sentem mais vontade de ir embora, Ryan, Chaz, Chris, Lilly e Cait também estavam presentes ali, pelo menos eles pra descontrair, Justin sentou perto do Jeremy e eu sentei ao seu lado. Jason estava sentado em sua cadeira mega alta para alcançar a mesa.

- Bom dia filho. – Pattie sorriu. Super falsa.

- Bom dia. – Justin respondeu rapidamente. – Não vão mais embora?

- Está nos expulsando Justin? – Jazmyn perguntou indignada.

- Entenda como quiser. – Justin deu de ombros.

Adoro as cortadas do Justin.

- Como você está cunhadinha? – Jazmyn perguntou. Super falsa igual a Pattie, eu quero vomitar.

- Ótima. – respondi curta.

- Vaso ruim não se quebra. – Jaxon disse sarcástico.

- Exatamente. Vão ter que me aturar por muito tempo ainda. – sorri falsa.

- Que pena... – ele murmurou.

- Dá pra calar a boca? Quero tomar meu café em silêncio. – Justin disse irritado.

- É só você se retirar e ir tomar em outro lugar. – Jaxon enfrentou Justin.

- O que você disse moleque? – Justin perguntou fuzilando Jaxon. – Repete que eu faço você engolir essa faca.  – ele mostrou a faca que estava cortando o queijo.

- Cale a droga da boca Jaxon. Não irei interferir se Justin resolver te dar uns tabefes. – Jeremy disse rude.

- Ele está merecendo isso há muito tempo. Você errou na educação desse moleque. – Justin disse encarando Jeremy.

- Até parece que na sua também não. – Jazmyn ironizou.

- Fica na sua vadiazinha. – Justin disse arrogante, segurei o riso. – O próximo que abrir a boca vai tomar café no meio da rua, que saco!

Justin bateu na mesa e finalmente reinou o silêncio. Jason pegou algumas uvas do prato do Justin e colocou de uma vez só na boca, Justin riu do menino e me empurrou um copo enorme com suco de laranja.

- Não vi você por nada na boca. – ele sussurrou para mim.

- Não estou com fome.

- Não quero saber, só quero que coma. – ele disse rude, como sempre.

Bufei e fui tomar um pouco do suco. Terminamos nosso café, Justin iria sair novamente com os garotos, então fui para o jardim com as garotas e o Jason. Não sei o que Justin está aprontando, mas coisa boa não é. Ou talvez seja. 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários.


Amo muito vocês ♥ 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Dangerous Life - Capítulo 55 - Almost wedding

151 comentários | |



Não sei exatamente qual o horário, mas sei que duas putas gritavam sem parar para que eu acordasse. Eram Lilly e Caitlin. Eu queria socá-las, porém estava sem coragem para isso, e o que eu queria mesmo era dormir bastante.

- Levanta vagabunda. Você vai casar hoje e ainda está dormindo, nós temos que ir pro salão querida. – Cait falava igual aquelas piruas metidas a riquinhas com uma voz enjoada. Estou fugindo de salão como Justin foge do FBI.

- Porque vocês não vão dar na esquina e me deixam dormir em? Pelo amor de Deus. – murmurei colocando o travesseiro no meu rosto, além delas estarem me chacoalhando sem parar a luz da janela me cegava completamente.

- Nós já fizemos isso, agora você tem que levantar, tomar um banho e ficar de boquinha calada, só abra pra dizer sim para o Bieber. – Lilly disse rindo com a Cait.

- Vocês são umas filhas da puta! – resmunguei me levantando e empurrando as duas da minha frente. – Cadê o Justin?

- Está trabalhando, ao contrário de você que só dorme. – Cait disse cruzando os braços.

- Justamente, ele tem que trabalhar e eu dormir. Todo mundo fica feliz. – disse irônica.

- Cala a boca e vai logo tomar banho. – Lilly disse me empurrando para o banheiro.

- Cadê o Jason? – perguntei já no banheiro me encarando no espelho.

- Está com a Rose tomando café. – Cait respondeu.

Parei de perguntar, me despi e fui tomar meu banho pra despertar. Sai enrolada do banheiro e as duas estavam sentadas na cama conversando animadamente, quem fica animada em plena segunda feira? Nem eu que vou casar estou nessa animação toda. Fui até o closet e procurei algo legal pra vestir, já que passaria o dia no salão, como elas disseram. Coloquei minha lingerie e um vestidinho meio folgado, um salto, deixei meus cabelos soltos, não fiz maquiagem e só passei perfume, peguei minha bolsa com minha arma, celular e chaves dentro.

- Podemos ir vadiazinhas? – perguntei.

- Claro. – elas sorriram.

Descemos e fomos até a cozinha. Jason estava sentado tomando Toddynho, me aproximei dele dando um beijo estalado em sua bochecha.

- Oi neném. – disse me sentando ao seu lado.

- Oi mamãe. – ele respondeu. – Ter? – me ofereceu seu toddynho.  Dei risada e neguei com a cabeça.

- Quer sair com a mamãe hoje? – perguntei colocando suco de laranja para mim.

- Quelo fitar com o papai. – ele respondeu naturalmente.

- Está me trocando pelo seu pai? Nossa obrigada pela consideração. – me fingi estar magoada, mas o mesmo apenas deu um sorrisinho de poucos amigos.

Cait e Lilly riram. Revirei os olhos e fui tomar meu café da manhã. Justin havia saído mais cedo, segundo as garotas, ele foi tratar de alguns negócios na zona leste com Chaz, Chris e Ryan. Os mosqueteiros, só andam juntos. Me despedi do Jason e saí com as garotas, fomos na minha Ferrari, liguei o som na maior altura e era apenas 8:00 da manhã. Quem nos olhava da rua, pensavam que tínhamos sérios problemas mentais. Fomos até um shopping onde havia um salão de beleza que era apenas freqüentado por quem tinha realmente o dólar. Quer dizer, caro pra cacete. Entramos e já estavam nos esperando, quem iria casar era eu, mas Cait e Lilly tiraram o dia de noiva também. Fizemos nossas unhas, fofocamos sobre os novos magnatas, sobre as piruazinhas deles, porque vizinho não tenho de quem iremos falar? 

Fizemos todo tipo de massagem, depilação e essas coisas todas demoradas. Ser noiva nunca foi tão difícil para mim, deveria pular essa parte dessas frescuras todas e ir só dizer sim e pronto, casados.

(...)

O meu vestido de noiva já tinha escolhido com as garotas há séculos. E estava guardado na casa da Cait porque segundo ela, eu não agüentaria e mostraria para o Justin e se caso eu fizesse isso iria dar azar e essas baboseiras todas, nem sei como acreditam nessas suposições. Era exatamente 7:00 da noite, passamos o dia todo batendo perna, almoçamos no shopping, nem falei com Jason muito menos com o Jason, queria ir para a casa, mas a cerimônia seria realizada no jardim da mansão do Justin, nada de igrejas. Cait e Lilly querem que eu pise lá somente para casar, enquanto isso vão começar a arrumar meu cabelo e fazer a maquiagem, Cait foi até sua casa buscar meu vestido para que eu vista aqui mesmo no salão.

- Mel, você não sabe da nova. – Lilly disse mexendo em seu celular enquanto eu mal podia me mexer com tanta gente em cima de mim.

- Que nova? – perguntei a olhando pelo espelho.

- Adivinha quem vai para o seu casamento. – ela disse como se eu tivesse uma bola de cristal.

- Deixa de enrolar e diz logo.

- A família Bieber. – ela sorriu.

- Quê?

- Isso mesmo. Ryan acabou de me dizer, e parece que já chegaram à mansão.

- Filhos da puta. Justin disse que eles nem pisariam lá, já que me odeiam. – resmunguei.

- É, mas parece que mudaram de opinião.

- Isso é só pra tirar onda com a minha cara. Oh merda, cadê o Justin?

- Está lá com o Ryan e os garotos. Ryan disse que algumas pessoas já começaram a chegar.

- Espero que não vá muita gente, odeio gente babona. – fiz careta e Lilly riu.

- Minha filha, em que mundo você vive? Quem vai querer perder o casamento de Justin Bieber e Mellanie Fox? Acorda pra vida.

Tive realmente que concordar com ela, hoje vão aparecer tanto magnata e vadia que vai poluir o ar.

- Depois me perguntam por que não gosto de casamento. – resmunguei.

- Olha pelo lado bom, é só uma vez na vida.

- Graças a Deus. – disse aliviada, ela riu.

- Então, você está em boas mãos, tenho que ir me arrumar, volto com a Cait e então vamos para a mansão, ok?

- Você não vai me deixar aqui sozinha né pirua?

- Já estou deixando. – ela levantou-se guardando o celular. – Meninas, cuidem dela.

- VOLTA AQUI SUA PUTA! – gritei, ela apenas riu e deu as costas.

Mil vezes vadia! O jeito era aceitar, quero casar logo e nunca mais passar por isso. Deus me livre.

(...)

Às 8:00 Cait e Lilly apareceram, as duas estavam lindas com vestidos formais porque minhas madrinhas de casamento não podem aparecer feito vadias. As meninas do salão as maquiaram enquanto algumas me ajudavam a colocar o vestido sem borrar a maquiagem ou estragar o cabelo. Tenho duas madrinhas e três padrinhos de casamento, isso não é demais? Presentes quintuplicados. Depois de vestida, nem me deixaram sentar pra não amassar a calda do vestido, eu só queria chorar, chorar de raiva com tanta frescura. Nem sentar eu posso, não quero nunca mais casar.

- Nem acredito que você vai casar. – Lilly disse me olhando. – Você está tão linda que dá vontade de chorar.

- Você é idiota ou o quê? Quero logo chegar em casa e tirar esse vestido,essa calda coça pra porra. – resmunguei e elas riram.

- Você não tem jeito Mellanie. – Cait disse.

Já estávamos prontas, colocaram um sobretudo enorme em mim para que os curiosos que passavam no shopping não ficassem me olhando. Nem sabia de nada, mas lá fora havia uma limousine enorme e chique, quem alugou isso? Fiquei de boca aberta, era linda demais.

- Então gata, o negócio é o seguinte: Você vai nessa limousine que irá parar lá na mansão óbvio e nós vamos no seu carro, chegaremos primeiro e ficamos te esperando. Entendeu? – Lilly disse.

- Você acha que eu tenho algum problema mental Lilly? Claro que entendi. – disse fazendo careta.

- Ótimo então, entra logo aí porque quero ter a certeza de que você não vai fugir.

Mandei um dedo do meio para ela, e um chofer do nada apareceu abrindo a porta. Ele estava engraçadinho, todo arrumadinho parecendo um pingüim. Segurei o riso e dei tchauzinho para as meninas entrando na limousine, me livre do sobretudo lá dentro, tinha champanhe e outras coisas que nem me importei em mexer. Já pensou, chegar morta de bêbada no meu casamento? Justin me bateria tanto que no dia seguinte nem iria sentar. Ri sozinha e fiquei pensando na reviravolta da minha vida, ontem estava jurando ódio eterno por Justin e hoje estou a ponto de me casar com ele. Isso não é assustador?

Na limousine tocava uma musica ambiente que chegava a dar sono, peguei minha bolsa e fui mexer no meu celular, queria muito poder ligar pro Justin e saber como estão as coisas lá em casa, mas prometi as meninas que não faria isso. Tenho que conter minha vontade de falar com meu homem, mas estou com saudades poxa. Meu celular vibrou, era uma mensagem, cruzei os dedos para que fosse de Justin, mas era de um numero desconhecido.

Estou ansioso para encontrá-la querida. Você deve estar linda nesse vestido de noiva.

Formou-se um ponto de interrogação enorme na minha testa. Justin mudou de número por acaso? Mas nunca na vida Justin me chamaria de querida, ele não usa essa palavra em seu vocabulário e nem quero, que coisa mais falsa.

Quem é?

Mandei a mensagem pensando em mil e uma pessoas que poderia me mandar uma mensagem desse gênero.

Logo irá saber.

Li e subiu um arrepio, que porra é essa? Senti o carro parar, olhei pela janela do vidro e estava parando em um posto de gasolina, suspirei aliviada. Fiquei batucando na perna esperando entrarmos em movimento de novo, alguma coisa me dizia que aconteceria algo de ruim. Ouvi um disparo e me assustei, coloquei meu celular dentro dos meus seios e procurei por minha bolsa, peguei minha arma rapidamente e logo abriram a porta, mal tive tempo de apontar minha arma e deram um chute em minha mão me fazendo largar a arma, fui puxada bruscamente para fora da limousine e me deparei com homens mascarados e armados até os dentes.

- Que porra é essa? Me solta desgraçado, me solta. – disse me debatendo nos braços de dois homens. Eles riram de mim.

- Levem ela. – algum disse e foram me arrastando até um carro totalmente preto. Onde estão as drogas de policiais quando se precisa em posto de gasolinas? Estão enchendo o cu de rosquinhas, é pra isso que eles servem.

- Quem são vocês? Me deixem em paz. Vocês não sabem com quem estão se metendo seus viados.

- É melhor você calar a boca bonequinha, não quero estragar o rostinho da filha do patrão. – um deles disse rindo e me jogaram dentro do carro.

Tentei abrir a porta, mas dois entraram impossibilitando isso. Filha do patrão? Ah mais eu mato o desgraçado do Hugo. Dessa vez ele vai dar um salve para o capeta. Tentei ficar calma, mas não tem como. Abaixei minha cabeça e lembrei que meu celular estava em meus seios, ainda bem que os tapados não me revistaram, só espero que essa merda não resolva tocar agora porque aí sim eu estaria fodida. Não sei exatamente por quantos minutos andamos, mas paramos em frente a um galpão médio, havia muitos carros na frente, me tiraram do carro e com nenhum pingo de delicadeza me arrastaram para dentro.

- As mães de vocês não ensinaram como deve tratar uma mulher filhos do capeta. – gritei tentando me soltar, mas acabei levando um tapa em meu rosto que fez formigar. Ri daquilo e o cara me olhou raivoso. – Bate que nem homem seu viadinho.

Cuspi em seu rosto, ele bateu em meu rosto novamente, mordi meus lábios sentindo a dor, mas não iria demonstrar dor diante desses arrombados.

- Cara, não fica dando bola pra essa vadia, firmeza. – um deles disse.

Entramos dentro do galpão, tinha muitas coisas lá dentro, mas nem me importei em prestar atenção, me sentaram em uma cadeira onde havia dois apontando armas para minha cabeça, qualquer movimento que eu fizesse ficaria sem a mesma.

- APARECE HUGO, SEU DESGRAÇADO. APARECE! – gritei e ouvi uma risada ecoar.

- Estou bem aqui querida. – ouvi sua voz atrás de mim, e logo se pôs em minha frente. – Sentiu saudades?

- O que você pretende com isso seu merda? – disse e recebi um tapa no rosto.

- Vê como fala comigo sua vagabunda, eu sou seu pai. – ele disse e riu diabólico. – Seu pai, você querendo ou não. Não sei se você sabe, mas temos uma conversa antiga para tratar. – disse e puxou uma cadeira sentando-se na minha frente.

Meu estômago embrulhou só de encarar aquele ser nojento em minha frente.

- Não tenho nada para tratar com você. – murmurei.

- Claro que tem. Esqueceu que mandou a cabeça do Luc de bandeja pra mim? Isso foi tão indelicado da sua parte. Agora estou indeciso se mando a sua para o Justin. O que acha?

- Eu acho que você vai tomar no cú quando Justin descobrir o que você fez. – sorri irônica.

- Ele não deu conta do seu sumiço querida, aliás, noivas demoram não é mesmo? Faz parte dessas porcarias de casamentos, falando nisso fiquei bastante magoado por não ter me convidado. Que filha mal agradecida você é, fiz o favor de te vender pra aquele perdedor, e ainda não me convida para o casamento? – ele disse fingindo estar magoado, ele é um péssimo ator, senti um tapa em meu rosto. – ISSO NÃO SE FAZ!

Hugo segurou em meu maxilar com força e me fez olhá-lo.

- VOCÊ ACHA QUE EU TE CRIE PRA CASAR COM AQUELE DESGRAÇADO? ACHA MESMO? – ele gritou e me deu mais outro tapa. Meu rosto já estava formigando com os tapas. – PREFIRO VOCÊ SENDO VADIA DE TODOS ESSES CAPANGAS DO QUE CASADA COM AQUELE PERDEDOR FILHO DA PUTA. – ele deu mais dois tapas.

Tentei avançar em cima dele, mas fui impedida pelos dois brutamontes que estavam do meu lado.

- EU VOU CASAR COM ELE VOCÊ QUERENDO OU NÃO, VOCÊ NUNCA MANDOU EM MIM E NÃO VAI SER AGORA QUE ISSO VAI ACONTECER. SEU INVEJOSO DESGRAÇADO, VOCÊ TEM INVEJA DE TUDO QUE É DO JUSTIN, MERECE MORRER COMO O LUC. EU VOU TE MATAR HUGO.

Hugo riu alto e acertou mais tapas em meu rosto. Estava doendo pra caralho, tenho certeza que a marca das suas mãos estavam em meu rosto.

- QUEM VOCÊ VAI MATAR SUA VADIAZINHA, QUEM? – ele perguntou e levou suas mãos até meu pescoço apertando com força. – EU MATO O PIRRALHO ANTES DISSO.

Eu estava ficando sem ar, ele apertava ainda mais e eu me debatia. Procurava de todas as formas puxar mais ar para meus pulmões, mas com aquelas mãos em meu pescoço dificultava as coisas. Hugo soltou e eu tossi recuperando o ar.

- NÃO OUSE ENCOSTAR NO MEU FILHO , SE VOCÊ FIZER ISSO EU VOLTO DO INFERNO PRA TE BUSCAR. – me levantei e acabei levando um soco no estômago.

Gemi de dor e sentei com a força do soco.

- Você só me deu desgosto na droga dessa vida, se envolveu com o Bieber e ainda teve aquele bastardo.

- Não fale do Justin e do Jason, eles não tem nada a ver com isso. Se o seu problema é comigo, pega a porcaria de uma arma e acaba com isso de vez, seu covarde.

- Claro que não farei isso, você acha mesmo que a sua morte vai ser tão rápida assim? Filhas vadias que dão desgosto aos pais merecem sofrer muito antes do ultimo suspiro.

Iria abrir a boca pra mandar ele se fuder, mas meu celular começou a tocar. Puta que pariu, Hugo riu sínico.

- Deve ser seu noivinho preocupado com a demora. – ele riu. – Atende essa merda, e se você disser que está aqui eu arranco a cabeça do seu precioso filho e dou para cachorros comerem. Ouviu?

- Você não teria coragem de encostar no Jason...

- Se eu fosse você não duvidaria muito. – ele riu. – Atende logo!

Respirei fundo, sentia vontade de chorar, chorar de ódio e medo por Jason. Sei que ele está seguro com o Justin, que Justin sabe se cuidar, mas da mesma forma que eu estava segura e que sei me cuidar me pegaram, pode acontecer com eles também. E eu não me perdoaria se Hugo fizesse algum mal para eles. Podem fazer o que quiser comigo, mas mexer com meu filho e Justin nem pensar. Peguei o celular e atendi, Hugo me olhava atentamente com uma arma na minha testa.

- Mellanie, onde você está? – Justin perguntou aflito do outro lado da linha.

Um nó se formou em minha garganta e senti uma vontade enorme de chorar só de ouvir sua voz. Uma lágrima quente e solitária escorreu em meu rosto enquanto olhava com ódio para Hugo que sorria.

- Mel, está me ouvindo? – Justin insistiu, respirei fundo e funguei.

- Sim, estou te ouvindo. – disse com a voz embargada.

- Porque está chorando? Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou preocupado.

- Justin, onde está o Jason? – perguntei sentindo mais lágrimas deslizarem em meu rosto.

- Está aqui comigo, por quê?

- Me deixa falar com ele.

- Mellanie, o que está acontecendo?

- Passa pra ele, por favor.

- Eu não vou passar até você me dizer que palhaçada é essa.

- Caralho Justin, me deixa falar com ele, eu estou pedindo. – funguei novamente.

- Mamãe. – Jason disse e senti meu coração se partir em mil pedaços.

Não suportaria vendo meu filho sofrer na mão do Hugo. Meu pequeno anjinho é tão indefeso.

- Oi meu amor, escuta a mamãe ok? Não sai de perto do seu pai, tá bom? – disse, eu tinha que ser cautelosa com as palavras, se eu abrisse a boca Hugo acertaria em cheio na minha testa.

- Tá bom mamãe. – ele disse por fim.

- Mellanie por que você disse isso? – Justin perguntou. – Fala caralho, estou ficando preocupado.

- Desliga agora. – Hugo sussurrou.

- Justin, eu vou ter que desligar agora. Não deixa o Jason sozinho, por favor. – derramei mais algumas lágrimas.

- Justin, rastreamos o celular da Mellanie, está numa área que tem um galpão do Luc. – ouvi Chris dizer do outro lado da linha.

- Droga. – Justin gritou. – Mellanie presta atenção, eu vou te perguntar algo, responda sim ou não ok? – podia imaginar o quão nervoso Justin estava só por sua respiração  descompassada na linha. – Tem alguém perto de você? 

- Sim. – murmurei.

- É o Hugo?

- Sim.

- DESGRAÇADO. – ele gritou. – Fica calma, eu vou te tirar daí amor.

- Justin, meu Jason...

- Já disse pra desligar vadia. – Hugo disse arremessando meu celular longe, levei mais dois tapas. – O que você falou com ele em?

- Você não ouviu seu estúpido?

Foi tudo tão rápido e logo Hugo estava descontando todo seu ódio em mim, acertando tapas, murros e chutes em meu corpo. Não podia se quer revidar, ele é tão covarde que até para bater em uma mulher ele precisa de capangas. Eu apenas ria, ria sentindo dor, mas não queria que ele visse isso, ele não merece meu sofrimento, apenas meu riso por ser tão patético e otário. Meu cabelo que estava preso em um penteado bonito e demorado, acabara de se desfazer, fazendo que algumas mechas caíssem em meu rosto, no último segundo levei um tapa tão forte que fui de encontro com o chão.

- Você tem que aprender a falar direito com o SEU pai, vadiazinha. – Hugo disse rindo.

Minha boca sangrava, meu rosto formigava e meu corpo doía com nunca. Senti algo deslizar em meu rosto, era sangue. Meu supercílio estava cortado e eu sentia arder muito.

- Você nunca vai ter meu respeito. Você não merece respeito nenhum, merece queimar no quinto dos infernos. Tenho dó de você quando Justin te pegar, eu estar assistindo de camarote sua morte lenta e dolorosa. – disse tentando sorrir, o sangue estava em minha boca me causando um gosto nada agradável.

Estava esperando mais outros chutes, mas ao invés disso Hugo começou a rir feito um psicopata que ele é. E pra completar os lixos armados que ele chama de capangas o acompanharam na risada, e assim que ele parou de rir, todos pararam. Extremamente ridículo.

- Estão ouvindo isso? – Hugo disse em alto e bom tom. – Ela está realmente esperando o viadinho do Bieber vir buscá-la. Ele deve me agradecer por tirar uma vadia da sua vida.

- Porque está chamando de viado? Você quis dar e ele não quis comer? Justin gosta de MULHERES e não de viados encubados como você. – o provoquei rindo.

Posso até morrer de tanto apanhar, mas não iria perder o vendo morrer de ódio. Hugo me puxou pelos cabelos me fazendo levantar, ele me fuzilava pelos olhos, mas em momento algum eu desfiz meu sorriso, que até para mantê-lo estava sendo doloroso.

- Retire o que disse vadia. – ele disse puxando meus cabelos com força. – Retire agora. – ele falou pausadamente.

- Retirar o quê? Que você queima a rosca, dá o cú dos para os seus capangas ou que faz fio terra? Aceite a verdade. – disse rindo.

Naquele momento se eu fosse analisar seu ódio na escala de zero a dez, chegaria até mil. Hugo fechou o punho e acertou meu olho em cheio, fui em contato com o chão mordendo os lábios ao sentir tamanha dor, sem perceber algumas lágrimas começavam a surgir mesmo eu não querendo, tentei ao máximo escondê-las, mas a dor era tamanha que elas não agüentaram ficar guardadinhas. Depois disso só senti mais seções de chutes ou algo parecido, acabei ficando inconsciente.

Justin’s POV

Ninguém na face da terra gostaria de estar na minha pele agora. Eu estava formigando de ódio por dentro, minha cabeça latejava de tanta raiva que eu sentia. Se o arrombado do Hugo aparece na minha frente agora, eu o trituraria com meus próprios dedos. Não que eu não vá fazer isso quando eu pegá-lo, porque irei fazer coisa pior. Acalmei Jason que já estava impaciente com a ausência de Mellanie, se ele estava imagine eu? Era a minha mulher que estava em risco e até então Ryan bolava um plano com os garotos e toda uma tropa para ir buscar minha mulher. Expulsei todos da minha casa, não iria mais ter porra de casamento mesmo, só ficaram Pattie, Jeremy, Jazmyn e Jaxon infernizando por lá. Caitlin e Lilly estavam arrancando os cabelos de tão desesperadas que estavam, então eu repito, IMAGINE EU?
Logo Ryan chegou com as informações que precisávamos para ir ao tal galpão, foda-se que isso seja totalmente suicida por irmos para aquela área que contem em um acordo que não posso se quer por os pés lá, mas não deixaria a Mel nas mãos do Hugo, e além do mais ele não iria seqüestrá-la apenas para afetar o seu emocional, nem consigo imaginar ela apanhando. Argh!

- Lilly e Caitlin, não deixem Jason sozinho nem que Deus desça e peça isso, ouviram? Mandem reforçar a segurança dentro de casa. – expliquei para elas carregando minhas armas.

Sei que aqui é bastante seguro, mas durante a ligação Mellanie pedia muito que eu não deixasse Jason sozinho. E o que eu não posso arriscar é a segurança do meu filho.

- Justin, precisa de ajuda? Se quiser posso ir com você, sabe que não estou tão enferrujado assim... – meu pai disse se metendo na conversa.

O olhei no mesmo momento, eu estava surtando com tamanha raiva ou eu tinha escutado aquilo mesmo?

- Pai não se faça de falso pra cima de mim nesse exato momento. Se for por você o Hugo poderia acabar com a Mel que você mandaria uma carta agradecendo por isso, então por favor, não comece... – disse raivoso o encarando, terminei de prender as armas em minha cintura.

- Vamos Justin! – Chris disse.

- Justin, a Mellanie pode ter feito o que fez, mas ela é mãe do meu neto, pensei que pudesse ajudar.

- Como se você se importasse, só pra lembrar a algumas semanas atrás você disse que Jason não era meu filho. Arranje uma desculpa melhor...

- Precisamos ir Bieber. – Ryan me chamou.

- Caralho. – Jeremy esbravejou. – Eu só queria ajudar, pelo menos eu tentei.

- Você não o ouviu Jeremy? Ele não precisa da sua ajuda. Ajudaria bastante se não resolvesse meter o nariz onde não deve. – Pattie disse irritada.

- Pelo menos você falou algo produtivo hoje. – disse a olhando. Ela odeia a Mel e quer mais que ela se ferre, todos sabem.

Meu pai e minha mãe começaram a discutir, dei as costas porque perdi tempo demais os ouvindo. Saí em disparada com Chaz, Ryan e Chris, entramos em um carro esportivo e turbinado, Chris ia me dando as orientações do caminho, Chaz ia se comunicando com os outros carros a nossa frente, e Ryan tentava me manter calmo, já que eu dirigia feito um louco. A estrada não ajudava, estava escuro e agora pegaríamos um caminho de terra, os carros foram cobertos por muita poeira, além dos buracos enormes que tinham naquela bosta. Meu celular começou a tocar, isso é hora de ligar?

- Número desconhecido Justin. – Ryan disse.

- Atende, pode ser o Hugo. – Chaz disse.

- Coloca no viva voz. – disse.

Ponto para o Chaz. Era realmente o filho da puta do Hugo. Acho que ele só pode ter dois paus pra me afrontar desse jeito, porque fiquem cientes de que um ele irá perder. Ouvia sua risada ao fundo, apertei o volante em minhas mãos me segurando para não mandá-lo se fuder.

- Já está vindo para cá, Bieber? – ele perguntou o mais irônico possível.

- Cadê a Mellanie? Eu vou perguntar somente uma vez. – disse.

- Opa, acho que você esqueceu de que quem manda aqui sou eu. Mas como eu sou educado, irei responder sua pergunta. A sua Mellanie está bem... Bem mal se quer saber. – ele disse e riu.

Bati no volante com força.

- Você vai se arrepender do que está fazendo. Você sabe com quem está se metendo? Sabe a gravidade disso? Eu vou te destruir seu otário, e não vai sobrar nenhum pedacinho se quer de você. Qualquer coisa que você tenha feito à Mel será multiplicado por mil e farei em você, ouviu bem? Grave isso nessa sua cabeça de vento.

- Estarei aqui esperando você vir me pegar, Bieber. Só pra ressaltar, Mellanie está linda como noiva, bom agora nem tanto com esses lembretes que deixei em seu corpo. – ele ria e eu sentia meu sangue ferver mais do que nunca.

- Não encoste nela filho da puta, nem chegue perto. – murmurei.

Aquele caminho dos infernos até o galpão parecia ter aumentado, não chegava nunca. Quanto mais eu pisava fundo no acelerador, parecia que nem saia do lugar.

- Eu não vou fazer nada com ela, ainda... Isso será apenas um aviso do que posso fazer, não perca tempo vindo até aqui, quer dizer, até o galpão. Eu não sou burro o suficiente pra te esperar lá, a sua Mel não está aqui e muito menos lá. Mas creio que ela deve estar morrendo de frio nessa mata sombria, se eu fosse você se apressaria antes que lobos famintos a devorassem... Passar bem Bieber perdedor. – ele riu e desligou.

Esmurrei tanto o volante que foi necessário que Ryan me impedisse de continuar.

- Ele pode estar blefando Justin. – Chris disse.

- E pode também não estar. – falei pisando no freio e parando no meio do nada.

- O que faremos agora? – Chris perguntou. – Vocês têm noção de como essa porra de mata é grande?

- Sim eu sei disso Chris, estou pensando caralho. Deveriam fazer isso também! – disse estressado.

- Temos que chamar mais homens, os que estão aqui são poucos. – Ryan disse pegando o celular e ligando para todos.

- Quero que alguns carros vão até o galpão e certifiquem-se de que realmente não tem ninguém lá, se a Mellanie estiver lá quero que me falem o mais rápido possível e toquem foco naquela merda. E quero mais capangas, vou encontrar a Mel nem que eu arranque cada arvore existente aqui. – disse colocando o único plano em mente, em ação.

- Isso vai demorar muito cara... – Chaz disse.

- VOCÊ TEM ALGO MELHOR? PORQUE EU REALMENTE NÃO TENHO. A MINHA MULHER DEVE ESTAR POR AÍ SÓ DEUS SABE COMO E NADA QUE PRESTE SAI DAS SUAS CABEÇAS!

- Calma cara, você desse jeito só vai complicar as coisas. – Ryan disse. – Vamos nos separar, já avisei todos para levar lanternas e todo o material necessário, nós vamos encontrar a Mellanie e ela vai estar bem.

- Só espero que esteja mesmo... – murmurei.

- Esse será o lugar onde ficaremos de nos encontrar, daqui a pouco aparecerá o reforço e cada um vai para um lado dessa mata, isso aqui é cheio de trilhas e não é fácil se perder, é só prestar atenção onde passa pra não andar em círculos. – Chaz disse.

Descemos do carro e deixamos os faróis acesos, hoje podia pelo menos estar uma noite clara, mas não, até a lua estava contra mim. Em questão de minutos, aquele local estava rodeado de carros com o meu pessoal, logo em seguida recebi a ligação de que realmente não tinha ninguém no galpão e Hugo não estava blefando. Começamos a nos separar, me separei dos garotos e fui com cinco homens por trilhas diferentes, estava com uma lanterna na mão, nossos passos eram apressados em busca de alguma pista onde Mellanie poderia estar. Em minutos toda aquela área estava iluminada pelas lanternas, havia muita gente e nada de encontrar a Mellanie, me sentia cansado de tanto andar e correr, mas não poderia fraquejar agora, é a vida da minha mulher que está em jogo.

- Justin! Achamos algo. – Chris gritou.

Corri até ele, e me senti destruído por dentro. Era um vestido de noiva, supostamente e obviamente da Mellanie, peguei e apertei com força em minhas mãos, estava completamente ensangüentado e rasgado, e eu começava a pensar no pior.

- Ela deve estar próximo daqui, calma cara. – Chaz disse.

Chegamos até uma pequena cachoeira, havia só algumas árvores, direcionei o foco da lanterna para todas na esperança de encontrar Mellanie encostada ou sei lá, perto delas. Olhei para uma e vi uma corda amarrada em volta da mesma, corri até lá e foi como se tivessem acertado mil facadas em meu peito. Mellanie estava lá amarrada ao tronco da arvore, apenas de calcinha e sutiã, com alguma coisa tampando sua boca, e completamente machucada.

- Ryan, Chris, Chaz. Aqui! – gritei.

Eles vieram rapidamente e ficaram tanto assustados como eu. Tirei aquela porcaria de sua boca, Ryan deu um tiro no tronco da arvore para desatar as cordas, tirei meu casaco e envolvi rapidamente no corpo da Mellanie, apenas a abracei e foi o bastante para que ela desmaiasse em meus braços.

- Vamos Justin, tem um carro próximo daqui. – Chris disse.

Peguei Mellanie em meus braços e tentei ser o mais rápido possível. Ela estava tão machucada que me doía só de vê-la daquele jeito. Eu juro que o Hugo vai me pagar por isso, vai pagar o dobro. Chegamos rapidamente até o carro, Ryan iria dirigir, Chaz e Chris trataram de dispensar todos que estavam na mata. Fui no banco traseiro com Mellanie em meus braços, ela estava fria e com cortes feios pelo corpo, de certa forma me sentia culpado dela estar desse jeito.

- Ryan, dá pra ir mais rápido! – disse impaciente.

- Estou indo o mais rápido que posso cara. – ele disse.

Chega em casa nunca foi tão demorado como agora. Ao chegarmos, Ryan estacionou em frente da porta principal, saí do carro pegando Mel em meus braços, Ryan abriu a porta e entramos. Estavam todos na sala – Lilly, Caitlin, Pattie, Jeremy, Jaxon e Jazmyn- sentados nos sofás, Lilly e Caitlin levantaram-se vindo até a mim.

- Ai meu Deus, o que fizeram com ela? – Lilly disse chorosa.

- Eu não sei ainda, subam comigo. Preciso da ajuda de vocês. – disse e elas assentiram.

Chegamos até o quarto onde a coloquei com cuidado na cama.

- Nós damos banho nela. – Lilly disse.

- Eu ajudo! – disse.

- Não Justin, nós faremos isso. Toma um banho e relaxa que é o melhor que você faz. Quando terminarmos aqui, te chamamos. – Cait disse.

- Ok. – respondi e olhei novamente para Mel.

Fui até  o closet e peguei uma roupa qualquer, saí do quarto e me direcionei até o quarto do Jason. Precisava ver como ele estava, abri a porta devagar e Jason dormia calmamente agarrado com um urso de pelúcia, sorri fraco e saí do quarto. Entrei em um quarto de hóspedes qualquer e fui tomar um banho, demorei poucos minutos debaixo do chuveiro, precisava voltar e cuidar da Mel. Saí do quarto e encontrei com o Ryan no corredor.

- Eai cara, como ela está? – ele perguntou preocupado.

- Aparentemente bem machucada Ryan. – suspirei. – As meninas ficaram de dar banho nela, vou ver se elas estão precisando de algo.

- Ela vai ficar bem cara, sabe que a Mellanie é forte. – ele disse me encorajando.

- Eu não sei até quando ela será forte. Homem apanhar de homem é normal, mas ela é mulher Ryan, não é forte o bastante para isso.

- Sei disso. Fica tranqüilo, nós vamos pegar eles. – ele disse e deu tapas em minhas costas.

Assenti com a cabeça, ele caminhou em direção as escadas e fui até meu quarto. Entrei, Mel já estava na cama vestida com um top e um shortinho pra não irritar seus machucados, Lilly e Cait estavam sentadas passando remédios nos ferimentos. Me aproximei delas, e Mel me olhou com esforço.

- Justin... – ela murmurou.

- Podem ir meninas, eu cuido do resto. – disse para elas que assentiram se despedindo da Mel.

Vi as duas sumirem na porta e me sentei na cama olhando para ela, peguei em suas mãos fazendo um carinho nas mesmas.

- Como você está? – perguntei mesmo já sabendo da resposta.

- Eu nunca apanhei tanto na minha vida... – ela disse baixinho e algumas lágrimas começaram a surgir.

Preferia naquele momento que me matassem ao vê-la daquele jeito. De forma cuidadosa a puxei para o meu colo, a abraçando enquanto ela soluçava baixinho.

- Não chora meu amor, está tudo bem agora. Estou aqui com você. – sussurrei fazendo carinho em seus cabelos.

- Onde está o Jason?

- Dormindo, ele está bem, não se preocupe com isso. – segurei em seu queixo fazendo ela olhar pra mim. – Vou cuidar de você agora.

A coloquei de volta na cama, peguei a caixa de primeiros socorros e comecei a cuidar de seus machucados enquanto ela chorava silenciosamente.

- Mel fizeram alguma coisa com você além de bater? – perguntei meio receoso com a resposta.

- Não, Hugo só me bateu. Apanhei porque não deixei que me tocassem. – ela disse secando algumas lágrimas. – Pensei que você não fosse aparecer.

- Eu nunca te deixaria na mão daquele filho da puta. – disse terminando de passar pomada em seus ferimentos. – Vou buscar alguma coisa pra você comer.

- Eu não sinto fome, só dor. – ela murmurou com os olhos marejando.

Suspirei pesado. Existe algo mais doloroso do quê ver sua mulher sofrendo e não poder fazer nada? Não existe!

- Queria poder aliviar sua dor. – disse fazendo carinho em seus braços.

- Você pode.

- Como?

- Fica aqui comigo...

Foi quase uma suplica saindo de seus lábios, me deitei ao seu lado e ficamos de frente para o outro. Passei meus dedos em seus lábios que estavam machucados, enquanto uma lágrima escorria em seu rosto, e vieram mais outras e mais outras. Levei minha mão até suas costas fazendo leves carinhos, Mel suspirou pesado e fechou os olhos. A puxei para meus braços, enquanto ainda ouvia seus suspiros do choro. Deus, porque dói tanto em vê-la assim?! A Mellanie que eu conheço é forte, e resiste a qualquer coisa. Pelo menos era essa imagem que ela me passava, mas estou vendo que ela é apenas a minha Mel que precisava dos meus cuidados, precisa de mim como eu preciso dela.

Mellanie’s POV

Preferia estar morta do que está sentindo toda essa dor. Não tinha nada no meu corpo que não doesse, começava do primeiro fio de cabelo até o último dedo do pé. Não conseguia me mexer porque fatalmente tudo doeria em mim – mas do que estava doendo. – Até pra abrir os olhos foi doloroso por causa do murro que o infeliz do Hugo me deu. Demorou um pouco pra me cair na real de quê ainda estava nos braços do Justin como na noite anterior, ele já estava acordado e me olhou com um meio sorriso nos lábios.

- Como se sente? – ele perguntou.

- Me sentiria melhor se não me perguntasse isso. A cada vez que você pergunta dói mais.

- Tudo bem. Vou pedir alguma coisa pra você comer. – ele disse pegando seu celular.

- Não quero.

- Desde ontem que você não come, e vai comer agora querendo ou não.

Não disse nada, ele pediu alguma coisa como “um café reforçado” para a Rose e uns comprimidos para dor. Justin ficou fazendo cafuné em mim – sim, cafuné. – enquanto o café não chegava. Tomei logo os comprimidos e fui tentar ingerir algo, Justin quase enfiava comida a força em mim, obriguei ele comer também. Depois ele me ajudou a ir ao banheiro e voltamos para a cama, já que eu não tinha opção e nem vontade de ir para lugar nenhum toda quebrada. Justin ligou a TV e ficamos assistindo algum programa bobo na TV, bateram na porta, Justin me cobriu e pediu para entrar. Eram Caitlin, Lilly, Ryan, Chaz e Chris. Eles ficaram me mimando por alguns minutos, Jason ainda dormia. Quero muito ver meu bebê, mas eles não deixaram.

- Bieber, tem uma reunião pra você hoje. – Chaz disse.

- Ah droga, nem lembrava dessa porcaria. – Justin disse. – Adiem.

- Não Justin, pode ir. Vou ficar bem. – disse tentando convencê-lo.

- Não, podem adiar e marquem outro dia. – Justin disse e os garotos assentiram saindo do quarto e levando as garotas junto.

- Você poderia ir... – disse.

- Não vou te deixar aqui por causa de uma reunião idiota. Eu disse que iria cuidar de você, estou comprimindo minha promessa, você deveria calar a boca e aceitar.

- Nossa! – disse e fiz biquinho.

Justin soltou uma risada e selou levemente meus lábios.

- Você é minha prioridade agora. – Justin disse me fazendo sorrir, pela primeira vez no dia.


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Continua?
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