Mellanie’s
POV
Fui atrás do meu celular com um sorriso nos lábios. Vai
ser bom ver Adam de novo. Liguei para a Cait para confirmar nossa presença. No
segundo toque ela atendeu.
- Diga lá bitch. – Cait disse rindo fraco.
- Então, liguei só pra dizer que nós vamos sair sim com o
Adam! – disse e Cait soltou um gritinho histérico. Retardada.
- Como conseguiu convencer o Justin? – ela perguntou
curiosa.
- Tenho meu jeitinho. – disse e rimos.
- Íamos sair mais tarde, só que o Adam teve que viajar.
Só amanhã então.
- Tudo bem. Amanhã nos vemos no galpão, vou comer alguma
coisa.
- Tá certo, beijos amiga linda do meu coração.
- Nossa que melosa. – rimos.
- Eu te amoooooo. – Cait cantarolou.
- O que aconteceu? Deu pro Adam? – perguntei e ela riu
alto.
- Quem dera sua idiota. Não posso mais demonstrar meu
amor?
- Ui, pode ficar a vontade delícia. Até amanhã vadia,
beijos.
- Beijos gostosa.
Desliguei rindo. Desci as escadas de dois em dois
degraus, chegando rapidamente na sala, Justin estava esparramado no sofá assim
como Jason, assistindo um jogo de hockey, fui direto para a cozinha, a fome
apertou. Rose me disse o que havia preparado para o jantar, mas assim que vi o
delicioso bolo de chocolate na geladeira feito pelo anjo da Rose não resisti e
comi dois pedaços com suco de laranja. Enchi o copo de novo e fui para a sala,
bati nas pernas de Justin para que ele se sentasse e me deixasse sentar, mas
ele nem se mexeu, então sentei no tapete importado não sei lá de onde e caro
pra caralho, se eu derrubar suco aqui em cima Justin me mata. Coloquei meu copo
em cima da mesa de centro, que era de vidro e peguei meu Iphone e fui ver
minhas redes sociais. O time que Justin e Jason estavam torcendo estava
ganhando, e os dois não paravam de vibrar. Era engraçado, ri demais dos dois. E
belisquei o Justin quando ele ficava xingando os jogadores, assim fazendo Jason
chamar também. Peguei meu copo e tomei um longo gole, vi uma mensagem da Lilly
no Whats, abri nossa conversa e me engasguei com o suco. Voltei a colocar o
copo em cima da mesa e tossi.
Terminei
com o Ryan. – Lilly
- O que? – disse alto atraindo a atenção de Justin para
mim.
- O que foi? – ele perguntou.
- Olha! – disse e mostrei o celular para Justin.
- Isso é verdade? – ele me perguntou.
- É o que parece né! Pega logo teu Iphone e descobre o
que o filho da puta do Ryan andou aprontando. – disse com raiva. Lilly com
certeza está triste.
- Eu não. – ele deu de ombros. O fuzilei.
- Homens, nunca prestam pra nada. – disse.
Digitei rapidamente uma mensagem e mandei pra Lilly.
Como
isso aconteceu? Você tá bem? – Mel
- Mel, deixa eles se resolverem. Daqui a pouco tão juntos
de novo, to é vendo. – Justin disse olhando pra TV.
- Cala a boca. Se Ryan tiver machucado a minha amiga,
arranco aquilo que ele chama de pau.
Justin arregalou os olhos.
- Tá falando sério? – ele perguntou.
- Muito sério. – bufei.
Amanhã
no galpão eu te falo. Minha cabeça tá quase explodindo, vou dormir. Beijos. –
Lilly.
Ok.
Beijos. – Mel
- Olha isso aqui Justin, alguma coisa aquele inútil fez.
– mostrei o celular de novo pra ele.
- Já entendi Mel. Faz silencio que eu quero continuar
assistindo o jogo.
- Idiota. – bufei, peguei meu copo e fui deixar na
cozinha.
Justin ficou com meu Iphone. Opa, se ele ver minhas
conversas com as meninas vou me fuder legal. Voltei rapidinho pra sala, como
esperado, ele estava mexendo no meu celular, levantei suas pernas e me sentei,
colocando-as em cima das minhas.
- O que está fazendo? – perguntei.
- Vendo suas fotos. Aliás, tem mais minha e do Jason do
que sua. – ele disse sorrindo.
E era puro fato. Não gosto muito de tirar fotos.
- Nem fale nada, porque no seu Iphone tem milhares de
fotos minhas, que a propósito sem minha autorização. – cruzei os braços.
Ele nem ligou para o que eu disse e continuou passando
minhas fotos. Jason que estava no outro sofá, desceu com dificuldade e veio
pedir colo ao Justin. Ele o pegou só com o braço, o colocando em cima de sua
barriga.
- Tá fazenu o que papai? – ele perguntou curioso.
- Vendo as fotos da sua mãe. – Justin respondeu.
Jason deu de ombros.
- Olha só Jason, você na barriga da mamãe. – Justin disse
sorrindo, nunca tinha visto ele sorrindo daquele jeito.
Me estiquei pra ver a foto. Na imagem eu estava com um
barrigão enorme de calcinha e sutiã, já nos nove meses de gestação, lembro que
Lilly que tirou a foto.
- Onde papai? – Jason perguntou olhando no celular.
- Aí dentro. – Justin respondeu o mostrando.
- Não to vendo papai. Só to vendo a mamãe gorda. – ele
riu achando aquilo divertido.
- Por isso mesmo, ela estava gorda por causa de você.
- De mim? – Jason perguntou sem entender nada.
- Justin, ele não vai entender. Deixa de confundir o
menino. – respondi e Justin riu fraco.
Ele manteve sua atenção na mesma foto.
- Caramba, parecia que era gêmeos, que barriga enorme. –
Justin disse me olhando.
- O que foi? Seu filho deu um trabalho enorme pra nascer.
– disse me lembrando.
- Imagino. – ele riu. – Você fica sexy de barrigão. – ele
mordeu os lábios.
- Justin! – o repreendi rindo.
- Seci. – Jason tentou repetir rindo, achando a palavra
engraçada.
- Estou falando sério. – Justin disse. – Não tem fotos de
você nua? – ele perguntou, gargalhei alto.
- Você é idiota? Pra quê eu teria foto nua sendo que me
olho todos os dias no espelho?
- Ah sei lá. – ele parou um pouco e voltou seu olhar para
mim. – Caralho! Queria ter te visto grávida do Jason.
- Eu fiquei parecendo uma orca.
- Uma orca gostosa pra caralho.
Ele disse me fazendo rir.
(...)
Acordei cedo porque primeiro, tinha que repassar as rotas
para meus capangas antes que Renan vendesse suas cargas, segundo, estava
preocupada com a Lilly e terceiro, os cachorros do Jason não paravam de latir.
Justin acordou mais cedo que eu, e provavelmente já está em seu escritório.
Tomei um banho rapidamente e me arrumei. Coloquei um vestido tomara que caia, e
soltinho. Um salto, passei pouca maquiagem, só pra disfarçar meu rosto inchado
de dormir e pronto. Saí do quarto e passei no de Jason, me surpreendi, ele não
estava dormindo e nem estava no quarto. Parei em frente ao escritório de Justin
ao ouvir as risadas dos dois. Girei a maçaneta e fui abrindo aos poucos,
pegando os dois no flagra. Justin estava ensinando Jason a manobrar seu
carrinho de controle remoto que o viado do Ryan deu, podia muito bem pegar o
carrinho e quebrar na cara dele. Mas enfim, parecia que Jason dessa vez tinha
aprendido a controlar o brinquedo, soltando risadas fazendo Justin rir também.
Olhei para os dois e ri. Rapidamente olharam para mim.
- Olha mamãe, olha! Meu carrinho anda. – Jason disse
animado fazendo o carrinho ir até a mim.
- Ah que legal meu amor. – disse e entrei fechando a
porta. – Já tomaram café?
- Já sim. Vai sair? – Justin perguntou.
- Vou, tenho que resolver algumas coisas e ver como a
Lilly está. – respondi me aproximando dele, que estava sentado em um sofá de
couro que havia no seu escritório.
- Mel, olha o que eu te disse, não se meta na relação dos
dois. Vejo que é só frescura de ambos, daqui a pouco estão juntos. – Justin
disse e me sentei ao seu lado.
- Vou ver se é frescura mesmo, se não for, já vou
pensando qual morte dolorosa Ryan terá!
- Às vezes você me dá medo mulher. – Justin disse me
fazendo rir.
- Vou indo nessa, logo mais estou em casa. Hoje a
professora de Jason vem de novo, fique de olho nele depois me conta como foi. Ah
manda ver o que aqueles cachorros querem, lá do nosso quarto dá pra ouvir os
latidos.
- Papai, vamos blincar com meus caçorrinhos? – Jason
disse largando o controle remoto no chão.
- Claro filho. Deixa sua mãe pegar o beco que nós vamos
sarrar as novinhas hoje. – Justin disse fazendo graça e Jason riu.
- Seu idiota. – disse dando um tapa de leve na perna de
Justin. – Cuidado com esses cachorros, pelo amor de Deus.
- Esqueceu que um cachorro conhece o outro? – Justin
disse mais cara de pau do que nunca, gargalhei.
- Tem razão. Tchau amores da minha vida. – disse e dei um
beijinho em Jason, que deu outro beijo molhado em minha bochecha.
- Tchau mamãe. – ele disse.
Dei um selinho demorado em Justin, quer dizer, era pra
ser um selinho. Mas a língua de Justin não consegue ficar dentro da sua boca e
logo atacou a minha. É meio impossível resistir a um beijo do Justin. Retribui
de muito bom grado e separamos nossos lábios depois de ouvir um “eca” da parte
de Jason. Demos risada.
- Tchau gostosa. – Justin respondeu. – Não vai comer
alguma coisa?
- Vou passar no Starbucks.
- Leve escolta. – ele ordenou, revirei os olhos mas não
disse nada.
Dei tchauzinho para os dois e saí do escritório. Lembrei
de buscar minha bolsa que estava com o envelope das rotas que Emily pegou de
Renan, chequei se estava tudo ok e desci. Dei um breve bom dia para Cida e as
demais empregadas que não faço questão de aprender os nomes e fui direito para
a garagem, peguei um dos meus carros, porque Justin não estava deixando eu
andar nos seus “xodós”. Até parece que queria andar nos carros luxuosos, que
chamam atenção por onde passam, lindos de morrer do Justin, até parece. Avisei
os seguranças para me escoltarem, assim como o todo poderoso Justin Bieber
disse. Peguei meu Audi R8 e corri pelas ruas de Los Angeles até chegar a um
Starbucks, desci e pedi um café. As pessoas me olhavam com certa curiosidade,
dei de ombros, e esperei pacientemente meu pedido chegar, não demorou muito,
paguei e voltei para a estrada enquanto tomava meu café.
Cheguei à estrada de
terra e pisei fundo no acelerador fazendo aquela terra dos infernos subir e
sujar todo o meu carro. Juro que tenho que lembrar pra mandarem asfaltar essa
merda. Atrás vinham minha escolta comendo poeira, ri internamente. O que eu não
queria, de jeito nenhum, na minha vida, era ser capanga. Oh pessoal pra sofrer.
Dei uma freada bruscamente em frente ao portão enorme de madeira e desci
jogando o copo do café no chão. Os carros de Lilly e Cait já estavam
estacionados ali. Alguns capangas deram bom dia e abriram o portão, entrei e
caminhei um pouco, vi alguns caminhões serem descarregados com drogas, o
negócio por aqui está muito bom. Sorri com aquilo e caminhei direto até a minha
sala, encontrei Lilly e Cait jogadas no sofá. Lilly estava encarando o nada
enquanto Cait tentava consolá-la.
- Ok, já pode me contar o que aconteceu. – disse jogando
minha bolsa em cima da mesa.
- Eu também quero saber, mas ela não abre a boca. – Cait
disse.
- Estamos esperando Lilly. Se você ficar calada, não
vamos poder te ajudar. – disse sentando do seu lado e olhando seu semblante
triste.
Desde que me tornei amiga da Lilly, nunca a vi assim,
totalmente pra baixo. Nunquinha. Ryan deve ter feito a maior merda da vida
dele.
- Ryan me traiu. – ela sussurrou.
Paralisei tentando assimilar o que ela tinha acabado de
me dizer.
- Como é? É isso mesmo que eu ouvi? – Cait perguntou
boquiaberta assim como eu.
- Vou até repetir. O Ryan me traiu com uma vagabunda que
ele disse que era amiguinha dele. Aquela que eu te disse que chegou à nossa
mesa Mel. Foi com aquela vagabunda dos infernos. – Lilly disse com ódio.
- Ainda não estou acreditando no que eu estou ouvindo! –
passei a mão entre os cabelos. – Que filho da puta, quando eu vê-lo, ele vai
ver só. Ninguém faz isso com uma amiga minha, quem ele pensa que é? Caralho que
raiva.
Ryan vai ficar sem o pau dele, certeza!
- Não precisa dizer nada Mel, tudo o que ele precisava
ouvir, eu já disse. Já joguei todas as verdades na cara dele, e no quanto ele
foi um miserável pau no cu por ter feito isso comigo. – Lilly respondeu.
- Ai amiga, eu sinto muito. – Cait disse.
- Não sinta Cait, ele que vai sentir na pele o quanto
dói. – Lilly disse.
- Isso mesmo Lilly. E hoje vamos ou não sair com o Adam?
– perguntei pra mudar de assunto.
- Claro que vamos. – Lilly forçou o sorriso. – Pera, como
convenceu o Justin?
- Foi a mesma coisa que perguntei. – Cait disse. Demos
risada.
- Vocês sabem, tenho meu jeitinho. – disse rindo.
- Aham sei, o jeito Mellanie chata pra caralho de ser.
Coitado do Justin. – Lilly disse mais animada e rimos.
- Depois ligo pro Adam pra saber o horário e pra onde
vamos. – Cait disse.
- Tudo bem, agora vamos ao que interessa. – disse pegando
minha bolsa e tirando o envelope de dentro.
Expliquei tudo para elas, como iria acontecer. Lilly e
Cait deram suas opiniões pra nada sair errado. Saímos da nossa sala e chamamos
os capangas que estavam ali presentes, fazendo uma rápida reunião. Eles ficaram
enfileirados enquanto nos olhavam atentos e calados.
- O que tenho em mãos são as rotas desses dias que os
capangas de Renan fará para vender suas drogas. – disse levantando os papeis e
os mostrando. Um deles levantou a mão. – Diga.
- E o que temos a ver, senhora? – ele perguntou.
- É nessa parte que eu quero chegar. Antes dos caminhões
com as cargas de drogas chegarem ao seu destino, quero que vocês roubem
impedindo de Renan vender e fazendo com que eu lucre. – respondi, simples e
clara. – Quero que dois cabeças façam dois pilotões, assim dividindo para o
plano ser bem executado. É bem simples, nesses papeis estão todas as rotas, por
onde vão passar, onde vão parar pra abastecer e etc. O dever de vocês é não
deixar os caminhões chegarem a seus destinos e trazer toda a droga para mim.
Entenderam?
- Sim senhora! – responderam em um uni som.
- Ótimo. Formem as equipes porque temos que agir a partir
de agora, o primeiro caminhão sairá às 09:25 da manhã. – disse e esperei os pilotões serem formados.
– Aos líderes de cada pilotão passo cópias das rotas e discutam entre si em
cada posição em que cada um deve ficar. – disse e entreguei a dois capangas.
Os conheço de rosto, já trabalham comigo há algum tempo.
São eficientes e não dormem no ponto.
- Justin precisa ver você dando ordens amiga, você fica
tão... – Cait disse e a olhei.
- Fico tão o quê louca? – perguntei.
- Tão sexy e poderosa. – ela disse e gargalhei com a
Lilly.
- Meu Deus Cait. – respondi e ela riu.
Apesar da pequena distração por causa do nosso plano, não
me esqueci da conversinha que vou ter com o Ryan. Mas é um viadinho mesmo, trocar
minha amiga por qualquer vadia barata arrombada que aparece por aí. Voltamos
para nossa sala e fui ver o orçamento da semana, tanto das boates, como das
cargas de drogas. Lilly me informou que dentro de alguns dias estava chegando
um caminhão cheio de vadias para nossas boates, vadias brasileiras. Que
significa, mais lucro. Mais dinheiro e mais poder. Nem que o Renan dê o cu dele
todas as noites nos poucos puteiros que ele tem, ele nunca teria o dinheiro que
eu tenho, nunca teria o reconhecimento que eu tenho, e vou mostrar a ele o seu
devido lugar. Que é na lama, junto com os porcos.
- Já marquei com o Adam, vamos a uma sorveteria às 4:15
da tarde. Beleza? – Cait disse animada.
- Por mim tudo bem. Faz tempo que não vou à esses tipos
de lugares. – disse.
- Pra mim tanto faz. – Lilly deu de ombros.
- Quem vai? – perguntei.
- Chris e Chaz disseram que vão. Emily acabou de me
mandar sms confirmando também. – Cait respondeu.
- Se Ryan aparecer por lá, juro que ele vai levar uns
tapas. – Lilly disse.
- Pode deixar que eu te ajudo. – pisquei e ela riu.
Ficamos no galpão até as 11:00 da manhã, minha barriga
estava reclamando de fome á séculos, mas estávamos esperando noticias sobre o
nosso plano. Estava me coçando pra ver se tinha dado certo. Ouvi baterem na porta.
- Pode entrar. – disse.
Um dos capangas entrou.
- Então? – perguntei.
- Senhora, queremos saber se colocamos o caminhão aqui
dentro ou deixamos fora do galpão? – ele perguntou e arqueei as sobrancelhas.
- Que caminhão? – Cait perguntou.
- O que era do vacilão do Renan. Conseguimos a carga. –
ele disse sorridente e convencido.
- Porra! – disse animada. – Se fudeu Renan. – gargalhei
alto com as meninas. – Ele deve está muito puto agora, ai como eu queria ser
uma abelha pra ver a reação do Renan. – disse mais sorridente do que nunca.
- Abelha? – Lilly perguntou.
- Sim, aí eu aproveitava e picava aquele desgraçado. Tudo
bem que ele não ia morrer de dor, mas nossa a picada de uma abelha dói pra
porra. – disse e elas riram.
- Como você é cruel. – Cait disse e sorri maliciosa.
- Coloca essa porra pra dentro. Vamos ver pra onde
deveremos mandar, alías meus compradores não podem esperar. – disse animada me
levantando.
- Sim senhora. – ele disse e se retirou da sala.
- Ainda bem que a Emily não pisou na bola com a gente. –
Lilly disse.
- Não entendo como vocês conseguem desconfiar da Emily,
caramba, ela fez o combinado e está se saindo muito bem.
- Não vamos falar sobre isso né, vamos despachar logo
essa mercadoria e ir comer, to quase desmaiando de fome. – Cait disse com a mão
na barriga fazendo careta, dei risada e as arrastei para fora da sala.
Meus capangas estavam descarregando o caminhão e
organizando os sacos de drogas. Peguei minha prancheta e disse quantos quilos e
o valor para cada comprador. Assim eles iam organizando e já despachando. Sou
Mellanie Bieber porra, e não durmo no ponto. Depois de terminarmos nosso
trabalho no galpão, eu, Cait e Lilly paramos em um restaurante, ninguém
agüentaria chegar a suas casas para almoçar, alías, Lilly disse que está em um
apartamento. Ofereci minha antiga mansão para ela morar, mas a mesma não quis.
Também né, é foda morar sozinha em uma enorme mansão, a pessoa deve morrer de
depressão. Quando cheguei em casa, já era mais de meio dia, precisava de um
belo banho e dormir a tarde toda. Desci do carro e subi os degraus da escada
até a entrada, fui até a cozinha e encontrei Rose retirando a mesa.
- Vai querer comer menina? – ela me perguntou.
- Não Rose, já almocei. Cadê os homens dessa casa? –
perguntei.
- Ouvi o senhor Bieber dizer sobre ir ao jardim com o
menino Jason.
- Vou lá ver o que eles estão aprontando. – disse e parei
no meio da cozinha, tirei meus saltos com os próprios pés sentindo um alívio,
Rose riu. – Eles estavam me matando.
Ri e saí dalí sentindo o piso gélido em meus pés, que
agradável. Passei pela porta larga de vidro indo para o jardim, assim que pus
meus pés na grama um jato de água veio diretamente em mim, e logo em seguida
risadas. Esses Bieber’s não valem nada, tenho certeza.
- Quem foi o engraçadinho? – perguntei tentando enxergar
alguma coisa, já que havia embaçado minha visão.
Preferia não ter visto aquela cena. Isso vai dá merda.
Justin e Jason tentavam dar banho nos cincos pitbulls, eles estavam amarrados,
mas mesmo assim faziam a maior algazarra. A cena era a seguinte: Justin sem
blusa, de boxe branca, short vermelho abaixo da bunda, cabelos molhados e
bagunçados, descalço e com um tipo de escovão na mão. Jason com sua sunga do
homem aranha, todo molhado, com espuma em todo o cabelo, de meias brancas com
uma listra preta, tentando controlar uma mangueira que molhava tudo, menos os
cachorros. Não sei se eu ria ou brigava com eles. Ria da tamanha idiotice dos
dois, ou brigava da bagunça que estavam fazendo no jardim. Os cachorros estavam
adorando aquela bagunça, eles não paravam de latir e nem de balançar o rabinho
pra lá e pra cá.
- Mamãe, quer ajudar? – Jason perguntou e inocentemente
apontou a mangueira pra mim, me molhando toda.
Justin gargalhou alto, riu tanto que ficou vermelho.
Fuzilei aquele idiota com os olhos enquanto saia da mira do Jason.
- Vocês já viram na bagunça disso aqui? – perguntei me
aproximando dos dois.
- Mamãe, não faz espuma nos cachorrinhos. – Jason disse
apontando.
- Isso parece ser shampoo Jason. – disse olhando para o
cabelo dele.
Olhei para os frascos no chão ao lado dos cachorros e me
perguntei onde foi que eu errei sendo mãe do Jason e mulher do Justin. Onde foi?
- Justin e Jason Bieber, não me digam que isso que vocês
usaram pra ensaboar os cachorros são meus shampoos importados de Paris! Não me
digam isso! – passei a mão entre os cabelos observando meus frascos
completamente secos.
- Foi ele! – Justin e Jason apontaram rapidamente um para
o outro.
- Seus filhos da mãe. Não se usa shampoo de gente em
cachorros. Caramba!
- Mas não tinha outra coisa, mamãe. Papai que pegou. –
Jason se defendeu.
- Essa idéia absurdamente burra só podia ter sido da
cabeça de vento do seu pai meu amor. – disse tomando a mangueira do Jason antes
que ele desse um banho em mais alguém. Por exemplo, a coitada da Rose se
passasse por aquela porta.
- Ué, pensei que seu shampoo servisse para cachorros
também. – Justin disse rindo.
O olhei incrédula.
- Por acaso você tá me chamando de cachorra, seu puto? –
perguntei me aproximando dele.
- Wow, não foi isso que eu quis dizer meu amor. – ele
gargalhou mais ainda levantando as mãos em forma de redenção.
Lembrei que a mangueira estava na minha mão, e sem querer
querendo mirei em Justin, dei uma boa risada vendo ele se esquivar da água na
sua cara. Quando pensei que seria imbatível naquela guerrinha, Justin veio pra
cima de mim tentando tomar a mangueira. O resultado foi nós completamente
molhados caídos na grama, caí por cima de Justin e feito dois idiota começamos
a rir. Justin tirou uma mecha que estava molhada e grudada em meu rosto, puxou minha
nuca e atacou meus lábios. Sua língua invadia toda a minha boca, fazendo uma
sincronia deliciosa com a minha. Minha mão estava em seu maxilar, acariciando.
Sentindo cada músculo se mover. Suguei sua língua e Justin se contorceu
incomodado em baixo de mim, parei com meus truques de sedução antes que ele
ficasse duro ali. Ri entre o beijo e Justin enfiou sua mão em meus cabelos,
dando mais intensidade aquele beijo, literalmente, molhado.
- Ahhh! Mamãe, papai! – ouvimos Jason gritar e em seguida
latidos.
Separei nossos lábios e olhei para o lado. Jason vinha
correndo feito um pato e atrás os cinco cachorros. Meu Deus, se soltaram. Nem
deu tempo de nos levantarmos, Jason já estava em cima de nós e os cachorros se
aproximando com a língua pra fora e aquela carinha de “vocês não me escapam”. É
agora que levo uma boa mordida. Quando dei por mim, os cinco cachorrinhos já
estavam em cima de nós, nos lambendo dos pés a cabeça. Jason que antes estava
assustado, começou a se divertir com a situação colocando a mão na boca dos
cachorros e recebendo uma boa lambida. Achei meio nojento, mas mudei minha
concepção, quando um cachorro deu uma boa lambida em meu rosto, foi maravilhoso
e dei risada. Justin parecia um menino brincando com os cachorros. Enquanto
Jason brincava com um cachorrinho, o outro foi e segurou em sua sunga o
puxando, Jason gargalhou alto achando aquilo divertido. Ok, pitbulls não são tão
ruins assim, depende de como você os cria.
E são tão...adoráveis.
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Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Amo vocês ♥